Tanure contra-ataca? Fundo pede ação judicial e suspensão de direitos da Esh Capital na Gafisa (GFSA3)
Se levarmos em conta o histórico das últimas assembleias da Gafisa, as chances de o empresário sair vitorioso são grandes; saiba o que está em jogo na disputa

A próxima assembleia de acionistas da Gafisa (GFSA3) promete ser quente. Isso porque aparentemente o empresário Nelson Tanure, um dos principais acionistas da incorporadora, decidiu escalar a disputa societária que trava contra a Esh Capital.
Um fundo apontado como um dos veículos de investimento de Tanure na Gafisa entrou com pedido para incluir na pauta da próxima assembleia a aprovação de uma ação indenizatória por abuso de direito contra a gestora de Vladimir Timerman.
Além disso, o fundo pede a suspensão dos direitos políticos da Esh na companhia. A assembleia está marcada para o dia 28 de abril.
O pedido do fundo Estocolmo para que a Gafisa aprove uma ação judicial contra a Esh acontece semanas depois de a gestora ter feito o mesmo.
Ou seja, a pauta da assembleia também inclui um pedido da Esh para a aprovação de uma ação de responsabilidade contra Tanure e os administradores da Gafisa por supostos prejuízos na aquisição da Bait e na venda do Hotel Fasano.
- LEIA TAMBÉM: Gafisa (GFSA3) aprova o décimo aumento de capital em três anos da “era Tanure”; CVM investiga
Tanure tem levado a melhor na Gafisa
Se levarmos em conta o histórico das últimas assembleias, as chances de o empresário sair vitorioso no próximo encontro de acionistas são maiores do que as da gestora. Afinal, a Esh não conseguiu adesão suficiente para impedir o último aumento de capital da incorporadora.
Leia Também
A gestora também saiu derrotada no pedido para suspender os direitos políticos de Tanure e outros acionistas que supostamente seriam ligados ao empresário.
Por outro lado, a Esh conseguiu conseguiu uma liminar que impediu a conversão de uma emissão de debêntures em ações da companhia.
Por falar em aumento de capital, o conselho da Gafisa aprovou neste mês uma nova operação do tipo. Aliás, trata-se do décimo aumento de capital na "era Tanure", que entrou na incorporadora em 2019. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo administrativo para investigar o caso.
O que quer a Esh
As vitórias de Tanure nas assembleias de acionistas não são fruto do acaso, pelo menos na visão da Esh. A gestora entende que o empresário deveria lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) pelas ações da Gafisa na B3 porque possui uma participação direta e indireta acima de 30% na companhia.
No entendimento da gestora, Tanure possui hoje uma participação de mais de 40% na incorporadora, que estaria oculta em veículos sob gestão da Planner Corretora, Trustee DTVM e do Banco Master.
A chamada cláusula de "poison pill" (pílula de veneno) faz parte do estatuto da Gafisa e prevê a realização da uma oferta quando um acionista ultrapassa os 30% do capital.
Do seu lado, a Gafisa informou não ter identificado que qualquer acionista ou grupo de acionistas em conjunto tenha ultrapassado o patamar de 30% das ações, como argumenta a gestora.
A Planner e a Trustee negaram ter relação com Tanure. Já o Banco Master informou que a participação na Gafisa, incluindo fundos que têm o empresário como cotista, é de menos de 30%.
Gafisa tem prejuízo em 2022
Em meio à disputa societária, a Gafisa divulgou o resultado do quarto trimestre e de 2022, com um prejuízo líquido de R$ 83 milhões. Desta forma, a incorporadora reverte o lucro de R$ 81 milhões do ano anterior.
O prejuízo aconteceu mesmo com o aumento nas vendas e da receita líquida. A empresa atribui o desempenho à queda da margem e do aumento do custo financeiro.
Por fim, a Gafisa encerrou o ano com uma dívida líquida de R$ 1,266 bilhão, um aumento de 78% em relação a dezembro de 2021. Ao mesmo tempo, os recursos em caixa recuaram 25%, para R$ 461 milhões.
Compensação de prejuízos para todos: o que muda no mecanismo que antes valia só para ações e outros ativos de renda variável
Compensação de prejuízos pode passar a ser permitida para ativos de renda fixa e fundos não incentivados, além de criptoativos; veja as regras propostas pelo governo
Com o pé na pista e o olho no céu: Itaú BBA acredita que esses dois gatilhos vão impulsionar ainda mais a Embraer (EMBR3)
Após correção nas ações desde as máximas de março, a fabricante brasileira de aviões está oferecendo uma relação risco/retorno mais equilibrada, segundo o banco
Ações, ETFs e derivativos devem ficar sujeitos a alíquota única de IR de 17,5%, e pagamento será trimestral; veja todas as mudanças
Mudanças fazem parte da MP que altera a tributação de investimentos financeiros, publicada ontem pelo governo; veja como ficam as regras
Banco do Brasil (BBAS3) supera o Itaú (ITUB4) na B3 pela primeira vez em 2025 — mas não do jeito que o investidor gostaria
Em uma movimentação inédita neste ano, o BB ultrapassou o Itaú e a Vale em volume negociado na B3
Adeus, dividendos isentos? Fundos imobiliários e fiagros devem passar a ser tributados; veja novas regras
O governo divulgou Medida Provisória que tira a isenção dos dividendos de FIIs e Fiagros, e o investidor vai precisar ficar atento às regras e aos impactos no bolso
Fim da tabela regressiva: CDBs, Tesouro Direto e fundos devem passar a ser tributados por alíquota única de 17,5%; veja regras do novo imposto
Governo publicou Medida Provisória que visa a compensar a perda de arrecadação com o recuo do aumento do IOF. Texto muda premissas importantes dos impostos de investimentos e terá impacto no bolso dos investidores
Gol troca dívida por ação e muda até os tickers na B3 — entenda o plano da companhia aérea depois do Chapter 11
Mudança da companhia aérea vem na esteira da campanha de aumento de capital, aprovado no plano de saída da recuperação judicial
Petrobras (PETR4) não é a única na berlinda: BofA também corta recomendação para a bolsa brasileira — mas revela oportunidade em uma ação da B3
O BofA reduziu a recomendação para a bolsa brasileira, de “overweight” para “market weight” (neutra). E agora, o que fazer com a carteira de investimentos?
Cemig (CMIG4), Rumo (RAIL3), Allos (ALOS3) e Rede D’Or (RDOR3) pagam quase R$ 4 bilhões em dividendos e JCP; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da Cemig, cujos proventos são referentes ao exercício de 2024; confira o calendário de todos os pagamentos
Fundo Verde: Stuhlberger segue zerado em ações do Brasil e não captura ganhos com bolsa dos EUA por “subestimar governo Trump”
Em carta mensal, gestora criticou movimentação do governo sobre o IOF e afirmou ter se surpreendido com recuo rápido do governo norte-americano em relação às tarifas de importação
Santander Renda de Aluguéis (SARE11) está de saída da B3: cotistas aprovam a venda do portfólio, e cotas sobem na bolsa hoje
Os investidores aceitaram a proposta do BTG Pactual Logística (BTLG11) e, com a venda dos ativos, também aprovaram a liquidação do FII
Fundo imobiliário do segmento de shoppings vai pagar mais de R$ 23 milhões aos cotistas — e quem não tem o FII na carteira ainda tem chance de receber
A distribuição de dividendos é referente a venda de um shopping localizado no Tocantins. A operação foi feita em 2023
Meu medo de aviões: quando o problema está na bolsa, não no céu
Tenho brevê desde os 18 e já fiz pouso forçado em plena avenida — mas estou fora de investir em ações de companhias aéreas
Bank of America tem uma ação favorita no setor elétrico, com potencial de alta de 23%
A companhia elétrica ganhou um novo preço-alvo, que reflete as previsões macroeconômicas do Brasil e desempenho acima do esperado
Sem dividendos para o Banco do Brasil? Itaú BBA mantém recomendação, mas corta preço-alvo das ações BBSA3
Banco estatal tem passado por revisões de analistas depois de apresentar resultados ruins no primeiro trimestre do ano e agora paga o preço
Santander aumenta preço-alvo de ação que já subiu mais de 120% no ano, mas que ainda pode se valorizar e pagar dividendos
De acordo com analistas do banco, essa empresa do ramo da construção civil tem uma posição forte, sendo negociada com um preço barato mesmo com lucros crescendo em 24%
Dividendos e recompras: por que esta empresa do ramo dos seguros é uma potencial “vaca leiteira” atraente, na opinião do BTG
Com um fluxo de caixa forte e perspectiva de se manter assim no médio prazo, esta corretora de seguros é bem avaliada pelo BTG
“Caixa de Pandora tributária”: governo quer elevar Imposto de Renda sobre JCP para 20% e aumentar CSLL. Como isso vai pesar no bolso do investidor?
Governo propõe aumento no Imposto de Renda sobre JCP e mudanças na CSLL; saiba como essas alterações podem afetar seus investimentos
FIIs e fiagros voltam a entrar na mira do Leão: governo quer tirar a isenção de IR e tributar rendimentos em 5%; entenda
De acordo com fontes ouvidas pelo Valor Econômico, a tributação de rendimentos de FIIs e fiagros, hoje isentos, entra no pacote de medidas alternativas ao aumento do IOF
UBS BB considera que essa ação entrou nos anos dourados com tarifas de Trump como um “divisor de águas”
Importações desse segmento já estão sentindo o peso da guerra comercial — uma boa notícia para essa empresa que tem forte presença no mercado dos EUA