Magazine Luiza é a gigante do varejo que mais cresceu em vendas online; ação sobe
Levantamento considera aquisição da Netshoes; sem a companhia controlada, empresa teve avanço semelhante ao de Via Varejo; ação sobe mais de 5% no primeiro pregão pós-balanço

O Magazine Luiza foi a gigante do varejo que mais ganhou em vendas online no segundo trimestre deste ano. A companhia aparece à frente de Via Varejo e B2W. As contas foram feitas pela XP Investimentos.
A linha do balanço do Magalu correspondente ao GMV ("Gross Merchandise Volume") – vendas realizadas pela plataforma da varejista na internet – cresceu R$ 4,338 bilhões em relação ao mesmo período de 2019.
Parte desse crescimento se justifica pela incorporação da Netshoes, que foi comprada pelo Magazine Luiza no ano passado. Sem considerar o resultado da varejista online de produtos esportivos, o GMV do Magalu teria aumentado em R$ 3,721 bilhões, de acordo com estimativa feita pela XP.
O avanço do online também é creditado ao aumento da base de usuários —que foi de 21 milhões para 27 milhões em três meses —, presença em categorias de maior recorrência, como mercado, e melhoria da infraestrutura logística.
A "medalha de prata" das vendas online no segundo trimestre foi para a Via Varejo. A dona das redes Casas Bahia e Ponto Frio registrou um aumento do GMV de R$ 3,742 bilhões na comparação com o mesmo período do ano passado.
A B2W, que pertence ao Universo Americanas atuando exclusivamente na internet, ficou um pouco abaixo das concorrentes, com um avanço de R$ 2,816 bilhões nas vendas na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.
O setor do varejo tem outras representantes na bolsa, mas com bases não comparáveis porque atuam em segmentos distintos - Pão de Açúcar (alimentar) e Renner (vestuário), por exemplo.
Com atuação no Brasil, a argentina Mercado Livre também teve forte avanço nas vendas. Por aqui, o GMV aumentou em 58% na comparação anual - no entanto, a companhia tem receita em dólar.
Trimestre da pandemia
O Magazine Luiza foi uma das últimas companhias do varejo a divulgar os números do segundo trimestre, na noite desta segunda-feira (18) - ainda faltam as Lojas Renner.
No geral, a companhia divulgou resultados acima do esperado por analistas do mercado financeiro. Além de um avanço de 182% nas vendas online, o Magalu reportou um prejuízo de R$ 62 milhões - o mercado falava em R$ 127,7 milhões.
Segundo a empresa, houve queda de vendas no conceito mesmas lojas em 51% na comparação anual. A receita líquida chegou a R$ 5,6 bilhões no trimestre - avanço de 31% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Mas o desempenho das vendas online agradou o mercado, e as ações (MGLU3) fecharam em alta de 9,61%, negociadas a R$ 89,50. No ano, os papéis da companhia somam avanço superior a 80%. Via Varejo (VVAR3) e B2W (BTOW3) também terminaram o pregão em fortes altas. Leia a cobertura completa de mercados do Seu Dinheiro.
O desempenho do Magazine Luiza no segundo trimestre está em linha com outras companhias do segmento. Via Varejo e B2W também apresentaram na parte final do balanço números fracos, mas com avanço significativo do online, conforme expectativa majoritária do mercado.
Americanas (AMER3) estuda descomplicar reestruturação e ter empresa única no Novo Mercado da B3; entenda
A decisão da Americanas de ter uma única empresa listada na B3 ainda não foi tomada, mas deve ser bem recebida pelo mercado; ações têm maior queda do Ibovespa no ano
Oportunidade ou mico? Por que a ‘nova’ Americanas (AMER3) lidera as quedas do Ibovespa após fusão com a B2W
A fusão entre Lojas Americanas e B2W era muito aguardada e considerada essencial para o processo de crescimento da empresa, mas desde que o casamento se concretizou, as ações entraram em queda livre
Por um lado, reabertura. Por outro, juros mais altos. Como ficam as ações das varejistas?
Esse pano de fundo é positivo para varejistas como Marisa, Lojas Renner, Arezzo e Alpargatas. Mas não é tão bom para Via, B2W, Americanas e Magazine Luiza
Americanas (AMER3) mostra força em sua “estreia” nos balanços, e vem mais por aí – Veja os números
Resultado do segundo trimestre é o primeiro depois da fusão operacional entre B2W e Lojas Americanas, que ainda trará sinergias
Fruto do casamento entre B2W e Lojas Americanas, holding Americanas S.A estreia com queda de mais de 6% na bolsa
Além da aversão ao risco, o movimento também conta com um empurrãozinho de uma realização de lucros, após os papéis da B2W subirem forte no último dia de negociações, na sexta-feira (16).
Saiba como ficam as ações da ‘nova e velha’ Americanas após fusão com B2W
Analistas explicam como devem ficar os papéis da holding de investimentos e da empresa resultante da união, aprovada pelos acionistas ontem
B2W sobe aposta em lives de produtos com aplicativo exclusivo para transmissões
A B2W lançou, nesta sexta, sua plataforma “social commerce”, um app em que é possível acompanhar lives e comprar produtos ao mesmo tempo
B2W fecha parceria com aplicativo inglês de ‘live commerce’ e planeja acelerar o ‘Americanas ao vivo’
Acordo prevê a exclusividade do uso da tecnologia e da plataforma da OOOOO pela B2W; app tem foco em consumidores mais jovens
Por que as ações de Lojas Americanas caem e as da B2W sobem após acordo de fusão?
Mercado vê “desconto de holding” em LAME, prevê expansão das Americanas, mas diz que fusão foi feita “provavelmente” para beneficiar majoritários
Lojas Americanas e B2W fecham acordo para combinar operações e preveem listagem nos EUA
Fusão já era esperada desde fevereiro, quando empresas iniciaram estudos. Todas as operações passam a ser desenvolvidas pela B2W, que se transformará em Americanas S.A.
Leia Também
-
Saraiva vai virar ‘Amazon brasileira’? Livraria confirma decisão de demitir funcionários e migrar totalmente pro e-commerce
-
Magazine Luiza (MGLU3) puxa perdas do Ibovespa e já acumula queda de mais de 20% em 30 dias; Sabesp (SBSP3) sobe
-
Após dar calote, Sequoia (SEQL3) lança oferta para trocar dívida por debênture conversível; ações derretem 95% desde IPO
Mais lidas
-
1
A despedida de VIIA3 na bolsa é hoje: veja qual será o novo código de negociação, ou ticker, do Grupo Casas Bahia na B3
-
2
VIIA3 dá ‘adeus’ à B3 hoje: após tombo de mais de 40% em setembro e oferta de ações descontada, Grupo Casas Bahia (ex-Via) passa por nova mudança; entenda
-
3
GetNinjas (NINJ3) vai devolver dinheiro para os acionistas após fiasco das ações na B3