O Magazine Luiza registrou prejuízo líquido de R$ 64,5 milhões no segundo trimestre de 2020, revertendo o lucro de R$ 386,6 milhões visto no mesmo trimestre do ano anterior.
O balanço da varejista foi divulgado nesta segunda-feira (17). O resultado foi melhor do que o esperado pelo mercado, que antecipava uma perda de R$ 127,7 milhões no período.
A receita líquida aferida de abril a junho foi de R$ 5,5 bilhões, alta de 29,3% na comparação anual. O dado veio levemente acima das expectativas do mercado, que apostava em receita de R$ 5,16 bilhões.
Enquanto isso, o Ebitda no segundo trimestre foi de R$ 143,7 milhões, tombo de 62,2% na mesma base de comparação.
As vendas totais foram de R$ 8,56 bilhões no período, alta de 49,1% em relação ao segundo trimestre de 2019, embaladas pelo resultado histórico do e-commerce.
Crescimento acelerado
As vendas do e-commerce subiram 181,9% no período, atingindo R$ 6,7 bilhões e 78,5% das vendas totais. Foi o maior crescimento do e-commerce em um único trimestre na história do Magazine Luiza, disse a empresa.
As vendas do e-commerce representaram no segundo trimestre do ano mais do que as receitas do on-line e das lojas físicas do mesmo trimestre de 2019.
No e-commerce tradicional, as vendas evoluíram 171,5% e o marketplace contribuiu com vendas adicionais de R$ 1,8 bilhão, crescendo 214,2%, diz o Magazine Luiza.
Enquanto isso, houve queda de 45,1% nas vendas de lojas físicas, que ficaram temporariamente fechadas em função da pandemia do novo coronavírus e que foram reabertas de forma gradual durante o trimestre. Segundo o balanço, 36% das lojas ficaram abertas no trimestre.
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o mês de julho foi promissor, disse a varejista. As vendas totais cresceram 82% — o e-commerce avançou 162%, incluindo aí as vendas da Netshoes na base de comparação, e as lojas físicas, 10%.
Caixa
A geração de caixa operacional do Magalu foi de R$ 2,2 bilhões no período. A companhia fortaleceu sua posição de caixa líquido em R$ 5 bilhões em um ano, fechando junho em R$ 5,8 bilhões, comparado aos R$ 788 milhões do mesmo mês de 2019.
A geração de caixa, os investimentos e aquisições realizados e a oferta subsequente de ações concluída em novembro justificam o número.
A empresa encerrou o trimestre com uma posição total de caixa de R$ 7,5 bilhões, considerando caixa e aplicações financeiras de R$ 3,0 bilhões, mais R$ 4,5 bilhões em recebíveis de cartão de crédito.