De olho nos rendimentos: Petrobras (PETR4) é alvo de projeto que eleva taxação sobre lucro de empresas
A Petrobras é considerada um das empresas mais lucrativas do país; neste ano, a empresa deve pagar mais de R$ 14 bilhões em dividendos à União
Além dos proventos bilionários, a Petrobras (PETR4) deve entregar mais dinheiro aos cofres públicos, em breve.
O relator-geral do Orçamento de 2022, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), apresentou um projeto de lei que aumenta a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) das empresas que tiverem lucro superior a R$ 10 bilhões. A cobrança do tributo poderá chegar a 20%.
Se aprovado, a medida atingirá em cheio a Petrobras, que tem registrado lucros elevados com a alta dos preços do petróleo. O lucro da estatal é alvo das críticas do presidente Jair Bolsonaro, de Lira e de outras lideranças do Centrão.
O projeto foi protocolado na última terça-feira. Poucas semanas depois de o presidente da Câmara ter ameaçado dobrar a tributação da Petrobras, em reação à decisão do comando da companhia de anunciar o reajuste da gasolina e do óleo diesel.
Petrobras e seu lucro "gigante"
Na justificativa do projeto, Leal ressalta que a Petrobras, em 2021, teve um lucro de R$ 107 bilhões. Enquanto isso, os cinco maiores bancos do País (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander) lucraram, juntos, R$ 107,75 bilhões.
O deputado destaca também o lucro da estatal no primeiro trimestre de 2022, que alcançou o patamar de R$ 44,5 bilhões. “Tudo a demonstrar a justiça do presente projeto de lei”, diz a justificativa de Hugo Leal.
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Segundo o Estadão, a Petrobras lucrou R$ 403 bilhões e pagou ao Fisco cerca de R$ 62,7 bilhões de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e CSLL, desde 2008. Esses valores são equivalentes a 15,6% da margem registrada no período.
A alíquota somada dos dois tributos federais é de 34%.
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Quanto maior a alíquota, melhor
Pelo projeto do deputado Hugo Leal, (PSD-RJ), quanto maior o lucro, maior a tributação, independentemente do setor econômico, com uma tabela progressiva para a cobrança da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).
As empresas com lucro entre R$ 10 bilhões e R$ 29,9 bilhões pagarão 15%; e as companhias com lucro líquido acima de R$ 30 bilhões por ano, 20%.
Hoje, a alíquota da CSLL é de 9%, mas alguns setores têm taxação diferenciada. É o caso de bancos e seguradoras. Os bancos pagam 21%; já a alíquota para as instituições financeiras não bancárias está em 16%.
Para Leal, a tributação das empresas pela CSSL hoje não tem qualquer relação com o objetivo pelo qual essa contribuição foi instituída, ou seja, financiar a seguridade social. "Se o objetivo da CSSL é tributar o lucro das pessoas jurídicas, não se revela possível ou admissível estabelecer verdadeira e odiosa distinção entre os atores econômicos, sob pena de evidente violação ao artigo 5.º da Constituição."
"O que não se pode conceber é que uma tributação sobre o lucro seja diferenciada, apenas e tão somente, por se tratar de uma determinada atividade", acrescenta Leal.
Petrobras é a empresa mais lucrativa
Hoje, a Petrobras é a empresa de capital aberto mais lucrativa do País.
Nos últimos 12 meses — até o último balanço, do primeiro trimestre —, a empresa registrou um lucro líquido de R$ 150 bilhões, de acordo com a empresa de informações econômicas Economatica.
Em segundo lugar está a Vale (VALE3), com lucro de R$ 113,7 bilhões. Depois, vêm Itaú Unibanco (R$ 26,3 bilhões), JBS (R$ 23,6 bilhões) e Bradesco (R$ 22,8 bilhões).
Segundo a Economatica, entre as 398 empresas de capital aberto que apresentam histórico de demonstrativo financeiro dos últimos 12 meses, 12 tiveram lucro acima de R$ 10 bilhões — cerca de 3% — e seriam atingidas pela proposta. Sete em cada dez (71,8%) lucraram abaixo disso e 25,2% tiveram prejuízo.
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