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Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Mais volatilidade

Tesouro Direto permanece fechado nesta segunda; só negociação de Tesouro Selic está funcionando

Com forte oscilação de juros no mercado futuro, negociação de títulos prefixados e atrelados à inflação permanecem suspensas.

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
16 de março de 2020
10:24 - atualizado às 12:00
Portões fechados com cadeado
Portões fechados: Tesouro Direto não funciona em dia de volatilidade - Imagem: Shutterstock

O Tesouro Direto permanece fechado mais uma vez na manhã desta segunda-feira (16) devido à forte volatilidade das taxas de juros no mercado futuro. Só é possível negociar Tesouro Selic (LFT), que inclusive é o único que aparece disponível tanto na área logada quanto na área deslogada do site do programa.

Mais cedo, constava no site do Tesouro Direto que a plataforma de negociação de títulos públicos estava "em manutenção". Agora, consta "mercado aberto", mas apenas para títulos Tesouro Selic. Quem detém prefixados ou títulos atrelados à inflação ainda não consegue negociá-los.

Mesmo assim, a negociação de Tesouro Selic começou com atraso. Eu tentei efetuar uma compra entre 9h30 e 10h e não tive sucesso. O site do programa me retornava a mensagem "O mercado encontra-se em manutenção. Você pode realizar a sua operação a partir das 9h30", mesmo já tendo passado das 9h30.

Solicitei uma resposta à assessoria de imprensa do Tesouro Nacional e eles apenas responderam que "as negociações com Tesouro Selic estão ocorrendo. As demais operações com Tesouro Direto estão paralisadas". Depois das 10h, tentei comprar o título novamente, e funcionou.

No site do Tesouro Direto constava, até há pouco, que a plataforma de negociação de títulos públicos, que normalmente abre às 9h30, permanecia "em manutenção". Agora, consta "mercado aberto", mas apenas para Tesouro Selic.

O Tesouro Nacional ainda não emitiu nenhum aviso sobre o porquê do atraso na abertura, mas provavelmente se deve à forte volatilidade vista no mercado de juros futuros nesta segunda. Em situações como essa, é normal que as negociações no Tesouro Direto fiquem suspensas a fim de atualizar preços e taxas dos títulos.

Na semana passada, o Tesouro Direto teve momentos de suspensão tanto na quinta quanto na sexta, o que impediu, nesses períodos, que as pessoas físicas fizessem compras e vendas, até mesmo de Tesouro Selic título no qual muitas pessoas investem sua reserva de emergência.

Na sexta, porém, o Tesouro anunciou que, daquele dia em diante, a negociação de Tesouro Selic pela plataforma seria possível mesmo quando o mercado estivesse fechado.

Forte oscilação de juros

Após o Federal Reserve, o banco central americano, zerar a taxa de juros dos Estados Unidos na noite de ontem, os juros futuros amanheceram com fortes oscilações por aqui. Os juros de curto prazo despencam com a perspectiva de que o nosso Banco Central cortará juros na próxima reunião do Copom, marcada para esta semana, e o mercado aposta em um corte agressivo.

Já os juros de longo prazo disparam com o aumento do pânico global e aversão a risco. O segundo corte extraordinário de juros efetuado pelo Fed, inclusive antecipando a reunião marcada para a próxima quarta-feira, bateu mal para o mercado. Investidores interpretaram a imensa agressividade do órgão como um sinal de que as coisas estão piores do que o esperado inicialmente.

Os índices futuros de Nova York chegaram a bater limite de baixa (queda de 5%) na noite de ontem e as bolsas americanas amanheceram com queda de mais de 7%, acionando o mecanismo de circuit breaker e paralisando as negociações. No Brasil aconteceu o mesmo, após uma queda superior a 10% na abertura. O petróleo também despenca em torno de 10% com a notícia de que os sauditas produzirão em capacidade máxima.

Nesta manhã, os contratos de DI com vencimento em janeiro de 2021 recuam 5,82%, enquanto aqueles com vencimento para 2023 avançam 8,80%. Os juros para janeiro de 2025 sobem 9,35% e aqueles para janeiro de 2027 avançam 11,35%. O dólar sobe 3,00%, para R$ 4,9607, contribuindo para a alta nos juros por aqui.

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