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Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
'Número mágico'

O campeão voltou? Tesouro IPCA+ volta a pagar 6% acima da inflação pela primeira vez desde a crise de 2014-16

Retorno de 6% + IPCA em títulos públicos atrelados à inflação é historicamente elevado e considerado um bom ponto de entrada nesses papéis

Ilustração sobre investimento de longo prazo
Taxas dos títulos Tesouro IPCA+ mais longos atingiram patamares elevados nesta terça. Imagem: POMB/Seu Dinheiro

Retornos muito elevados em títulos públicos indicam preocupação do mercado com o cenário macroeconômico, a inflação e as contas do país; mas para os investidores pessoas físicas significam dinheiro no bolso.

Nesta terça-feira (28), pela primeira vez desde a crise econômica de 2014 a 2016, as pessoas físicas tiveram uma oportunidade de adquirir, no Tesouro Direto, um título público indexado à inflação - Tesouro IPCA+ ou NTN-B, como também são chamados - com o "mítico" retorno de 6% ao ano + IPCA.

Pela manhã, o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B) com vencimento em 2055 chegou a ser oferecido na plataforma de negociação de títulos públicos do Tesouro Nacional a uma taxa de 6,02% ao ano + IPCA.

Isso quer dizer que aqueles que conseguiram adquiri-lo naquele momento receberão esta remuneração até o vencimento do papel, em 15 de maio de 2055, na forma de juros pagos semestralmente e também no fim do prazo.

Durante à tarde, a rentabilidade do título reduziu um pouco, a 5,99% ao ano + IPCA.

O fenômeno ocorreu também com outros títulos Tesouro IPCA+ que não são mais oferecidos para compra no Tesouro Direto, mas que ainda podem ser adquiridos no mercado secundário, via mesa de operações das corretoras.

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É o caso das NTN-B com vencimentos em 2045 e 2055 e dos Tesouro IPCA+ com e sem Juros Semestrais (NTN-B e NTN-B Principal) com vencimento em 2024. Estes últimos, inclusive, já vinham sendo negociados na faixa dos 6% + IPCA nos últimos dias.

A rentabilidade na faixa de 6% ao ano + IPCA está entre os "números mágicos" do investidor brasileiro em renda fixa, assim como o retorno de 1% ao mês nos títulos pós ou prefixados.

Esses patamares de remuneração podem ser considerado elevados para o Brasil pós-Real e funcionam como âncoras mentais para investidores acostumados a altos retornos na renda fixa mais tradicional, dado o nosso passado inflacionário e de descontrole das contas públicas.

Inclusive, como "regra de bolso" para o investidor pessoa física, retornos acima de 6% + IPCA indicam, historicamente, bons momentos de compra para NTN-Bs.

Fiscal volta a preocupar

O retorno de 6% ao ano + IPCA nas NTN-B havia desaparecido desde que o país conseguiu controlar a alta inflação do fim do governo da ex-presidente Dilma Rousseff e reduzir o risco fiscal com medidas como o teto de gastos.

Porém, desde que os índices de preços voltaram a disparar no Brasil - com os estímulos econômicos e a quebra das cadeias internacionais de produção, durante a pandemia, e posteriormente com a reabertura econômica -, os juros futuros, que balizam as remunerações dos títulos públicos, voltaram a disparar no mercado.

Essa alta sinalizava que os investidores esperavam que o Banco Central precisaria elevar a taxa básica de juros (Selic) para um patamar bem acima da inflação oficial (IPCA) a fim de conter a disparada dos preços - ainda mais considerando-se que, desta vez, se trata de um fenômeno global, e não apenas doméstico.

O aperto monetário de fato veio, mas fatores como a guerra da Ucrânia e as restrições à circulação de pessoas devido a casos de covid-19 na China continuam pressionando os preços globalmente, dificultando um alívio maior no IPCA.

Recentemente, os juros futuros voltaram a ser pressionados por um novo aumento do risco fiscal. Agora, os investidores se mostram preocupados com a possibilidade de o governo federal elevar os gastos públicos com auxílios sociais com vistas à eleição presidencial.

Com isso, não é difícil que os juros futuros continuem subindo e que o investidor pessoa física tenha novas oportunidades de adquirir NTN-Bs com retornos superiores a 6% ao ano + IPCA.

Tesouro IPCA+ tem volatilidade

Lembre-se, no entanto, de que embora os títulos Tesouro IPCA+ tenham liquidez diária, vendê-los antes do vencimento pode resultar em retornos negativos.

Os títulos prefixados e atrelados à inflação podem ter preços bastante voláteis, principalmente os de prazos mais longos, como o 2055. Seus preços tendem a cair quando os juros futuros sobem e a subir quando as taxas caem. Nesta matéria, eu explico com mais detalhes como funciona a precificação dos títulos públicos.

Assim, quem adquiriu NTN-Bs com remunerações próximas a 5% + IPCA poderá perceber que seus títulos se desvalorizaram desde então.

No entanto, eventuais prejuízos só são realizados caso o investidor venda o papel antes do vencimento a um preço inferior ao preço da compra, uma vez que a venda antecipada é sempre feita a preço e taxas de mercado.

Quem carrega o papel até o vencimento garante a rentabilidade acordada no ato da compra. Assim, para quem tem um objetivo de longo prazo, como a aposentadoria, a aquisição de uma NTN-B 2055 com uma taxa de 6% ao ano + IPCA lhe garante uma formidável rentabilidade por mais de 30 anos.

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