Nas entrelinhas: por que a tarifa de 245% dos EUA sobre a China não assustou o mercado dessa vez
Ainda assim, as bolsas tanto em Nova York como por aqui operaram em baixa — com destaque para o Nasdaq, que recuou mais de 3% pressionado pela Nvidia

Quem olhou para Wall Street nesta quarta-feira (16) vê as bolsas operando em queda na esteira da notícia de que as tarifas dos EUA sobre a China chegaram a 245%. As perdas de hoje, no entanto, não chegam nem perto do caos das últimas semanas, quando a guerra comercial de Donald Trump levou Nova York a despencar dos dígitos.
E tem motivo para isso. A bolsa não se blindou — pelo menos não ainda — do tarifaço das duas maiores economias do mundo, mas o que impede que os mercados desmoronem hoje é que a taxa confirmada pela Casa Branca nesta manhã não é exatamente uma novidade.
O primeiro ponto é que os 245% só serão aplicados, pelo menos até o momento, a dois itens: veículos elétricos e seringas. O segundo ponto é que essa taxa é a soma de tudo o que está em vigor com relação a bens importados da China pelos EUA.
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A conta é a seguinte: no primeiro mandato, Trump adotou uma tarifa de 25% sobre veículos elétricos chineses, que foi elevada para 100% pelo ex-presidente Joe Biden no ano passado, mesma alíquota aplicada por ele às seringas importadas da China.
Agora, Trump anunciou uma tarifa de 145% sobre os produtos enviados por Pequim aos EUA, o que totaliza 245% em impostos.
Ou seja, os 245% não refletem novas medidas, é apenas a soma das tarifas máximas atualmente aplicadas, de acordo com a Casa Branca.
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Nem por isso, o efeito da guerra comercial de Trump passou batido pela bolsa de Nova York hoje.
O Nasdaq, por exemplo, recuou 3,07%, enquanto S&P 500 e Dow Jones perderam 2,24% e 1,73%, respectivamente, neste início de tarde. A razão para a queda foi a Nvidia, cujas ações recuaram 6,9%.
A gigante dos chips anunciou que vai registrar uma despesa trimestral de US$ 5,5 bilhões relacionada à exportação de suas unidades de processamento gráfico H20 para a China e outros países.
Segundo a empresa, o governo norte-americano exigiu uma licença para enviar chips dos EUA para a China. O Seu Dinheiro detalhou essa história e você pode conferir tudo aqui.
Outras fabricantes de chips seguem as perdas da Nvidia. A AMD recuou 7,4%, enquanto a Micron Technology, -2,4%.
As grandes empresas de tecnologia também sentiram pressão. A Meta caiu 3,68%, enquanto a Microsoft e a Tesla recuaram 3,66% e 4,95%, respectivamente.
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O Ibovespa não escapou dos efeitos da política tarifária de Trump depois que o presidente norte-americano impôs restrições às exportações de chips para as chamadas nações digitais, grupo que inclui a China.
O principal índice da bolsa brasileira caiu 0,72%, aos 128.316,89 pontos.
O destaque do Ibovespa foi a Brava Energia, que subiu cerca de 5,69%. A companhia informou ontem que o Yellowstone Fundo de Investimento, sob gestão do BTG WM, atingiu aproximadamente 5,29% do total de ações da companhia. O avanço do petróleo, de mais de 1%, também ajuda BRAV3.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,42%, cotado a R$ 5,8650, em um movimento alinhado à desvalorização externa em meio altas do petróleo e minério de ferro após dados de atividade positivos na China.
O país registrou crescimento de 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, acima das previsões.
*Com informações da CNBC e da Dow Jones
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