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Patrick Fuentes

Patrick Fuentes

Jornalista formado pela ECA-USP, foi repórter de Economia na Folha de S.Paulo e na CNN Brasil. Atualmente, atua na cobertura de empresas no Seu Dinheiro.

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Fim da linha para o dólar? Moeda ainda tem muito a cair, diz economista-chefe do Goldman Sachs

Desvalorização pode vir da relutância dos investidores em se exporem a investimentos dos EUA diante da guerra comercial com a China e das incertezas tarifárias, segundo Jan Hatzius

Patrick Fuentes
Patrick Fuentes
24 de abril de 2025
14:17 - atualizado às 14:18
Nota de dólar queimando
Nota de dólar queimando - Imagem: Shutterstock

O todo-poderoso dólar ainda tem espaço para desvalorizar com o aumento da aversão de investidores aos Estados Unidos — ao menos na visão do economista-chefe do Goldman Sachs, Jan Hatzius.

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Em resumo: a guerra comercial de Donald Trump, a ansiedade constante que o republicano causa ao mercado com suas tarifas e o medo de uma recessão criam um cenário no qual a exposição aos EUA ficou menos interessante em portfólios globais.

Ao Financial Times nesta quinta-feira (24), Hatzius lembra que apenas dois períodos históricos apresentaram níveis de desvalorização do dólar semelhantes: meados da década de 1980 e início dos anos 2000.

Ambos antecederam desvalorizações de 25% a 30%, segundo o economista-chefe do Goldman Sachs, com base em dados do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que investidores fora dos EUA atualmente detêm US$ 22 trilhões em ativos norte-americanos.

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Mas uma simples decisão dos investidores pode colocar o valor da moeda em xeque: a de reduzir a exposição aos EUA.

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Só isso poderia resultar em uma desvalorização significativa do dólar, já que o oposto também é verdadeiro: o valor da divisa aumentou com a participação dos EUA nos portfólios globais de investidores.

Relutância: um sentimento que pode influenciar o dólar

Hatzius destaca que mesmo uma simples relutância dos investidores estrangeiros em ampliar suas posições nos EUA provavelmente pesará sobre o dólar.

O equilíbrio é o ponto fraco da moeda norte-americana nessa situação. O déficit em conta corrente dos EUA, de US$ 1,1 trilhão, precisa ser financiado por uma entrada líquida de capital do mesmo valor por ano.

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Na prática, o economista afirma que a maioria das oscilações na balança em conta corrente dos EUA corresponde a variações nas compras estrangeiras de ativos de portfólio americanos.

Se os investidores estrangeiros não quiserem comprar mais ativos norte-americanos aos preços atuais, esses preços terão que cair, o dólar terá que enfraquecer ou — o mais provável — ambos.

Pessimista, o economista-chefe e o Goldman Sachs rebaixaram a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o quarto trimestre de 2025 na mesma proporção do que foi o quarto trimestre de 2024: de 1% para 0,5%.

  • A economia norte-americana encerrou os três últimos meses de 2024 com uma expansão de 2,4%, segundo dados do governo.  

Desvalorização não é sinônimo de fraqueza

Hatzius afirma que é preciso não confundir as bolas nesse cenário crítico em que o dólar e os EUA estão atualmente.

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Fatores que levam à fraqueza do câmbio são importantes e reduzem o apetite por ativos dos EUA, mas isso não elimina a força da moeda americana na economia global.

Para o economista, salvo choques extremos, ainda há vantagens do dólar como meio de troca global e reserva de valor, por estarem profundamente enraizadas, dificultando a substituição.

“Já houve movimentos cambiais expressivos no passado sem que o dólar perdesse sua dominância, e nossa expectativa-base é que o movimento atual não será diferente”, afirma.

Hatzius destaca ainda que o fator mais importante para determinar se os EUA entrarão em recessão não é o dólar, e sim uma troca contínua de tarifas recíprocas após a atual pausa de 90 dias, uma guerra comercial com a China ou novas tarifas agressivas específicas sobre bens.

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As três consequências econômicas do dólar mais fraco, segundo o Goldman Sachs

  1. A pressão inflacionária decorrente das tarifas vai piorar: as tarifas devem elevar a inflação nos EUA de 2,75% para 3,5% ainda este ano, e a desvalorização do dólar pode adicionar cerca de 0,25 ponto percentual. O impacto do dólar recairá sobre os consumidores americanos — e não sobre os produtores estrangeiros;
  2. A moeda norte-americana mais fraca deve reduzir os preços das exportações: no médio prazo, a mudança relativa nos preços deve ajudar a reduzir o déficit comercial dos EUA, um dos objetivos da administração Trump. Assim, os formuladores de política econômica dos EUA dificilmente tentarão impedir uma desvalorização do dólar;
  3. O dólar mais fraco poderia evitar uma recessão: em tese, a desvalorização aliviaria as condições financeiras. Mas os motivos por trás da desvalorização importam. A redução do apetite por ativos norte-americanos — incluindo títulos do Tesouro — pode anular o impacto positivo de uma moeda mais fraca sobre as condições financeiras.

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