Tensão em Hollywood: Roteiristas entram em greve por melhores salários das plataformas de streaming
Na última vez em que o sindicato entrou em greve, há 15 anos, a paralisação durou 100 dias e custou à economia da Califórnia US$ 2,1 bilhões
A volta do feriado dificilmente poderia ser mais agitada na terra do Tio Sam. Olhando para além do calendário econômico — que, por si só, já está repleto de eventos —, a semana útil se inicia com turbulências em Hollywood, com milhares de roteiristas de cinema e televisão entrando em greve a partir desta terça-feira (2).
Após 15 anos sem paralisações, o sindicato dos roteiristas (WGA, na sigla em inglês) convocou uma nova greve após não conseguir chegar a um acordo para salários mais altos com as gigantes do streaming, como Amazon, Disney, Warner e a Netflix.
Vale destacar que, da última vez em que o WGA entrou em greve, entre 2007 e 2008, a paralisação durou 100 dias e custou à economia da Califórnia aproximadamente US$ 2,1 bilhões.
Isso porque, durante a última greve do sindicato, diversas produções foram interrompidas e roteiristas, atores e produtores desempregados cortaram gastos.
Desta vez, até que os conflitos sejam resolvidos, parte da programação da televisão hollywoodiana deve ser interrompida, incluindo programas como The Tonight Show with Jimmy Fallon — que demandam equipes de roteiristas para escrever as piadas de cada episódio.
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Vale destacar que, se a paralisação do trabalho dos escritores for prolongada, as redes de televisão deverão preencher a programação com reality shows improvisados — que não precisam necessariamente de roteiristas — e reprises.
A greve dos roteiristas
A maior queixa do sindicato dos roteiristas é a desvalorização da profissão de redator pelos estúdios, que tornaram a escrita uma profissão totalmente freelancer.
“Nenhum acordo desse tipo jamais poderia ser contemplado por esta associação”, afirma a organização, em comunicado à imprensa.
Segundo o WGA, a decisão de entrar em greve foi tomada após seis semanas de negociações para chegar a “um acordo justo, mas as respostas dos estúdios foram totalmente insuficientes, dada a crise existencial que os escritores estão enfrentando”.
Já a Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP), organização que representa os grandes estúdios, disse que ofereceu "aumentos generosos na remuneração" dos roteiristas, mas que, mesmo assim, os dois lados não teriam conseguido chegar a um acordo.
Segundo o AMPTP, os produtores estavam preparados para aumentar ainda mais suas ofertas de salários mais altos, se não fosse a "magnitude de outras propostas ainda na mesa nas quais o WGA continua insistindo".
Isso porque os produtores afirmam que o sindicato dos roteiristas exigia que a empresa contratasse “um certo número de escritores para um programa por um período de tempo determinado, quer fosse necessário ou não".
Por sua vez, os roteiristas afirmam que as respostas dos estúdios "quebraram esse negócio”. “Eles tiraram muito das próprias pessoas, os escritores, que os tornaram ricos”, destaca o WGA.
Os pagamentos dos roteiristas
De acordo com as estimativas do sindicato, enquanto os estúdios de Hollywood surfaram na onda de crescimento do streaming, os escritores foram a parte prejudicada, com metade dos roteiristas de séries de TV trabalhando com salários mínimos, contra um terço do grupo em 2013.
Além disso, segundo o WGA, o pagamento médio para escritores no nível mais alto caiu 4% na última década.
Enquanto isso, a indústria do entretenimento pagou salários enormes aos executivos à medida em que registrou bilhões em lucros.
Nos cálculos do WGA, os lucros da indústria subiram de US$ 5 bilhões nos anos 2000 para ganhos anuais que variavam de US$ 28 bilhões a US$ 30 bilhões de 2017 a 2021.
Segundo a organização, em 2021, 12 dos principais executivos de mídia e entretenimento receberam cerca de US$ 1 bilhão em remuneração total.
“ChatGPT” também incomoda
Além das questões salariais, a inteligência artificial (IA) é outro ponto de discussão entre os roteiristas e produtores.
O WGA quer regulamentar o uso da nova tecnologia, proibindo os estúdios de usar a IA para gerar novos roteiros a partir de trabalhos anteriores dos escritores.
Além disso, segundo as demandas do sindicato, os escritores também seriam assegurados de não ter que reescrever rascunhos de roteiros criados por inteligência artificial.
*Com informações de Reuters e Variety
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