Como a Cielo (CIEL3) pode se aproveitar do crédito caro e escasso para avançar na guerra das maquininhas
Com menos opções de financiamento, as empresas devem recorrer mais às linhas que a Cielo oferece a quem faz vendas no cartão de crédito; entenda

A alta da taxa básica de juros (Selic) está longe de ser uma boa notícia para a economia e para as empresas na bolsa. Mas, como costuma acontecer, algumas empresas navegam melhor em tempos mais bicudos. E esse deve ser o caso da Cielo (CIEL3).
A empresa de maquininhas de cartão é uma das que deve se beneficiar do cenário de crédito mais caro e escasso, de acordo com os analistas do Santander.
Isso porque a Cielo em muitos casos pode se tornar a única opção para quem estiver em busca de dinheiro para o seu negócio.
Enquanto os bancos seguram os empréstimos corporativos para conter a alta da inadimplência, as empresas devem recorrer mais ao chamado pré-pagamento, quando antecipam o dinheiro que têm a receber das vendas nos cartões de crédito, com uma taxa de desconto. E a Cielo está justamente entre as empresas que oferecem essa linha.
“Acreditamos que os adquirentes [empresas de maquininhas] desempenharão um papel fundamental no financiamento com seus negócios de pré-pagamento, potencialmente aumentando os volumes e, portanto, aumentando seus resultados”, escreveram os analistas do Santander, em relatório.
- O Seu Dinheiro acaba de liberar um treinamento exclusivo e completamente gratuito para todos os leitores que buscam receber pagamentos recorrentes de empresas da Bolsa. [LIBERE SEU ACESSO AQUI]
"Paitrocínio" ajuda
Embora esse cenário favoreça o setor de maquininhas como um todo, as empresas que têm grandes bancos como sócios devem se dar melhor do que as independentes, de acordo com o Santander.
Leia Também
Nesse contexto, a Cielo, conta com um "paitrocínio" de peso, já que têm o Bradesco e Banco do Brasil como controladores. Ou seja, o dinheiro dos sócios em tese oferece funding ilimitado para a companhia.
Ter mais dinheiro disponível para antecipar aos clientes pode ser uma arma para a Cielo avançar na "guerra das maquininhas", ainda de acordo com os analistas.
Isso significa que as novas empresas que entraram nesse mercado nos últimos anos podem perder terreno se não tiverem recursos para atender à demanda pelas linhas de pré-pagamento.
Além da Cielo, Rede (Itaú) e Getnet (Santander) são ligadas a grandes bancos. Já Stone e PagSeguro estão entre as empresas independentes e que, portanto, precisam captar recursos no mercado para oferecer suas linhas de crédito.
Cielo: ações CIEL3 são destaque de alta
A entrada dos novos concorrentes no mercado de maquininhas de cartão nos últimos anos deixou cicatrizes profundas na Cielo. As ações da empresa (CIEL3), que chegaram a valer mais de R$ 30, chegaram a valer pouco mais de R$ 2 nas mínimas.
Mas quem acreditou na companhia no pior momento tem motivos para comemorar. Nos últimos 12 meses, os papéis da Cielo acumulam valorização de quase 120%. Em 2022, a empresa registrou a maior alta entre as que fazem parte do Ibovespa, o principal índice da B3.
Por fim, no pregão desta segunda-feira, CIEL3 operava em alta de 1,42% por volta das 12h, a R$ 5,00.
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Crédito do Trabalhador: BB anuncia mais de R$ 2,1 bilhões em desembolsos no empréstimo consignado
Programa de crédito consignado do BB prevê uso da rescisão e do FGTS para quitação do empréstimo em caso de demissão.
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.
Bradesco dispara em ranking do Banco Central de reclamações contra bancos; Inter e PagSeguro fecham o pódio. Veja as principais queixas
O Bradesco saiu da sétima posição ao fim de 2024 para o primeiro colocado no começo deste ano, ao somar 7.647 reclamações procedentes. Já Inter e PagSeguro figuram no pódio há muitos trimestres
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
O que está derrubando Wall Street não é a fuga de investidores estrangeiros — o JP Morgan identifica os responsáveis
Queda de Wall Street teria sido motivada pela redução da exposição dos fundos de hedge às ações disponíveis no mercado dos EUA
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
OPA do Carrefour (CRFB3): com saída de Península e GIC do negócio, o que fazer com as ações?
Analistas ouvidos pelo Seu Dinheiro indicam qual a melhor estratégia para os pequenos acionistas — e até uma ação alternativa para comprar com os recursos
‘Momento de garimpar oportunidades na bolsa’: 10 ações baratas e de qualidade para comprar em meio às incertezas do mercado
CIO da Empiricus vê possibilidade do Brasil se beneficiar da guerra comercial entre EUA e China e cenário oportuno para aproveitar oportunidades na bolsa; veja recomendações
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam