Vai um descontão aí? IRB (IRBR3) lança ações a R$ 1,00 para sair do fundo do poço – e poderia ter sido pior; papéis desabam na B3
O valor foi pressionado pelo desenho da oferta: o IRB (IRBR3) pretendia emitir 597.014.925 ações, mas o montante acabou acrescido em 101%
Desde que o IRB (IRBR3) anunciou, na semana passada, que faria uma oferta primária de ações, o mercado está em polvorosa. Mesmo sendo uma operação com esforços restritos - ou seja, limitada a investidores profissionais -, a possibilidade de um desconto generoso mexeu com a cotação dos papéis nos últimos dias.
E o tamanho do desconto que movimentou o mercado foi enfim revelado no fim da noite de quinta-feira (1), com a definição do preço por papel da oferta. Cada nova ação IRBR3 saiu por R$ 1,00, um desconto de 50,25% em relação ao fechamento da sessão anterior ao anúncio (R$ 2,01). Já na comparação com a cotação de ontem, o desconto foi de 28,6%.
- Enquanto IRB (IRBR3) desaba, essa seguradora consolidada com forte crescimento de lucro está barata e pode pagar bons dividendos daqui em diante. Acesse o relatório completo
As ações do IRB (IRBR3) reagiram ao desfecho da oferta logo na abertura do pregão desta sexta-feira na B3. Por volta das 10h30, os papéis desabavam 21%, cotados a R$ 1,10. Leia também nossa cobertura completa de mercados.
Como foi a oferta do IRB
O valor por ação do IRB na oferta foi pressionado pelo desenho da operação: para captar o volume de R$ 1,2 bilhão pretendido, o IRB se dispôs a aumentar em até 200% o número de ações emitidas. Ou seja, no limite a empresa estava disposta a vender suas ações por R$ 0,67, um deságio de 70% em relação às cotações da bolsa na ocasião do anúncio da operação.
No final, o IRB emitiu 1,2 bilhão de ações na oferta fechada nesta quinta-feira, o equivalente ao lote principal de 597.014.925 papéis do lote principal e mais 602.985.075 dos lotes extras. Um acréscimo de 101%.
Com o dinheiro novo da oferta de ações, o IRB pretende ganhar fôlego por alguns meses. Uma sucessão de prejuízos desencadeada após o escândalo de fraude em seus balanços contábeis fez com que a resseguradora ficasse abaixo do limite de enquadramento da cobertura de provisões técnicas e de liquidez regulatória para operar.
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O que o IRB vai fazer com o dinheiro?
A intenção do IRB é utilizar os recursos levantados com a oferta para adequar os indicadores regulatórios às normas da Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Cumprido o reenquadramento, caso sobre algum dinheiro, a resseguradora pretende empregar recursos excedentes da operação no “crescimento orgânico da companhia frente a oportunidades de negócios existentes”. Outra possível destinação é a quitação de passivos.
Vale lembrar que nos últimos dias o IRB literalmente passou o chapéu. Além da oferta de ações a um preço bastante descontado, a companhia vendeu a própria sede - um prédio tombado pelo patrimônio histórico no centro do Rio de Janeiro.
Também chamou a atenção o acordo que pôs fim a 20 anos de disputas judiciais com as empresas controladoras do empreendimento Casashopping.
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IRB Brasil (IRBR3): com mais perdas, dinheiro se torna mais necessário
Vale lembrar que o IRB Brasil enfrenta uma montanha-russa em seus resultados ao longo deste ano: foi lucro em janeiro, prejuízo em fevereiro, lucro em março e depois prejuízo por todo o segundo trimestre.
Entre abril e junho, o IRB registrou prejuízo líquido de R$ 373,3 milhões, o que representa um aumento de 80,4% em relação às perdas de R$ 206,9 milhões do mesmo período do ano anterior.
Nos primeiros seis meses de 2022, o prejuízo líquido somou R$ 292,9 milhões ante perda de R$ 156,1 milhões nos primeiros seis meses de 2021.
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Olhando esses números, fica mais fácil entender as razões que levaram a empresa a fazer uma oferta subsequente de ações.
IRBR3 passa por sérias dificuldades desde fevereiro de 2020. Na época, a gestora Squadra denunciou inconsistências contábeis nos balanços da empresa de resseguros, que foi obrigada a trocar todo o alto escalão ao ficar com sua saúde financeira exposta.
No mesmo ano, o IRB — que era uma das empresas queridinhas da bolsa brasileira — se viu obrigada a fazer um aumento de capital de R$ 2,3 bilhões para cumprir as regras da Susep.
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