IRB (IRBR3) confirma as piores expectativas e reporta prejuízo de R$ 373 milhões no segundo trimestre
Com o novo prejuízo, IRB fica abaixo do limite regulatório para operar e tem até o fim de outubro para regularizar a situação; emissão de ações está entre os planos

Os resultados do IRB Brasil (IRBR3) no segundo trimestre confirmaram o que muitos já imaginavam: a companhia passa por um período delicado.
Os papéis da empresa de resseguros lideraram as baixas do Ibovespa no pregão de segunda-feira, e o movimento na bolsa foi um prenúncio do balanço da companhia no segundo trimestre, divulgado quando restavam apenas nove minutos para a meia-noite de ontem.
Entre abril e junho, o IRB registrou prejuízo líquido de R$ 373,3 milhões, o que representa um aumento de 80,4% em relação às perdas de R$ 206,9 milhões do mesmo período do ano anterior.
Nos primeiros seis meses de 2022, o prejuízo líquido somou R$ 292,9 milhões ante perda de R$ 156,1 milhões nos primeiros seis meses de 2021.
O resultado já vinha sendo antecipado pelos relatórios mensais divulgados pelo IRB.
IRB precisa de capital
Com os prejuízos sucessivos, o IRB voltou a ficar abaixo do limite de enquadramento da cobertura de provisões técnicas e liquidez regulatória necessário para operar. A resseguradora encerrou o segundo trimestre precisando de R$ 729,7 milhões para fechar essa conta.
Em outras palavras, a empresa terá de buscar esse dinheiro para regularizar o balanço e tem até o fim de outubro para se adequar aos limites regulatórios.
Para isso, o IRB encaminhou um plano à Susep, o órgão regulador do mercado de seguros. Entre as providências que a companhia pretende tomar está a emissão de novas ações, a venda de ativos e participações societárias, além de operações estruturadas de retrocessão.
Plano de oferta derruba ações
Antes da confirmação dos números do balanço, a notícia de que o IRB (IRBR3) faria uma oferta de ações para levantar recursos derrubou as ações da resseguradora na bolsa ontem.
De acordo com reportagens publicadas no Brazil Journal e na Bloomberg, a oferta pode movimentar cerca de R$ 1 bilhão. As conversas com bancos de investimento inclusive já estariam avançadas.
A expectativa é que o valor da ação seja fixado em R$ 1 — desconto de 56,5% se considerado o fechamento de sexta-feira. Em comunicado, o IRB Brasil confirmou que essa é uma possibilidade para financiar as operações da empresa.
IRB (IRBR3): prêmios e sinistros
De volta ao resultado, o IRB emitiu R$ 1,685 bilhão em prêmios no segundo trimestre. Trata-se de uma queda de 22% em relação ao mesmo período de 2021.
Já no acumulado dos seis primeiros meses de 2022, o prêmio emitido caiu 9,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 3,7 bilhões.
Por sua vez, as despesas com sinistro ficaram em R$ 1,66 bilhão no segundo trimestre de 2022. Esse número ficou 0,3% acima do registrado no mesmo período do ano passado.
Ao mesmo tempo, o índice de sinistralidade passou de 95,7% no segundo trimestre de 2021 para 124,2% um ano depois. Segundo o IRB, o principal impacto veio do segmento agro.
"O efeito das questões climáticas no agronegócio causou quebras de safra importantes, que resultaram em sinistros vultosos para os produtores rurais e, consequentemente, para as seguradoras e resseguradoras", afirma o IRB no relatório.
Veja também: Bolsonaro ou Lula — quem a Faria Lima apoia nas eleições?
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais aguardam PIB dos EUA na véspera dos números de inflação; Ibovespa acompanha coletiva de Campos Neto hoje
RESUMO DO DIA: As bolsas de valores internacionais amanheceram sem uma direção clara em um dia de agenda cheia nesta quinta-feira (28). A leitura final do PIB dos EUA no segundo trimestre e o PCE são aguardados com expectativa em Wall Street. Ainda nos Estados Unidos, o Congresso segue sem acordo para evitar a paralisação […]
Petrobras (PETR4) foi uma das melhores ações dos últimos 5 anos, mas campeã foi outra petroleira, com alta de mais de 2.000%; veja ranking
Nesses primeiros cinco anos de Seu Dinheiro, bitcoin teve o melhor desempenho, e dólar teve o pior; veja o balanço completo dos melhores e piores investimentos, ações e fundos imobiliários no período
Dólar ameaçado? Banco revela o que pode colocar um fim no domínio da moeda norte-americana
Um estudo feito pelo banco ING deu o caminho das pedras para quem quiser superar o dólar e se tornar o novo rei da selva; confira
Dólar supera os R$ 5 e petróleo volta a disparar: o que mexe com os mercados hoje
Em exceção à regra, hoje é um dos dias que invalidam o consenso de que o óleo e a moeda americana caminham em direções opostas
A briga com o Banco do Brasil (BBAS3) vai acabar? Cury (CURY3) quer comprar imóvel de fundo imobiliário envolvido em disputa com o BB
A nova proposta chega um dia após o FII comunicar que foi procurado para vender outro ativo de seu portfólio que também está locado para o banco
Já vai? Alto executivo do Grupo Casas Bahia (BHIA3) pede demissão depois de 4 meses no cargo
Renúncia de Abel Ornelas Vieira coincide com um dos piores momentos da existência do Grupo Casas Bahia; BHIA3 está nas mínimas históricas
BR Partners (BRBI11): oferta de ações movimenta R$ 214,5 milhões, mas sai com desconto e sem lotes extras
O preço por unit (certificado de ações) do BR Partners saiu a R$ 12,75, um valor 7,61% abaixo da cotação de fechamento do pregão de ontem (R$ 13,80)
Bolsa hoje: Dólar sobe mais de 1% e fecha a R$ 5,04 com cautela externa; Ibovespa tem alta impulsionada por Petrobras (PETR4)
RESUMO DO DIA: Em um dia marcado por volatilidade nos mercados internacionais, o Ibovespa operou em movimento de recuperação de perdas recentes impulsionado pela valorização da commodities. Mais cedo, a China anunciou novas rodadas de estímulos à economia. Dados locais também mostraram que o lucro industrial do país subiu, um bom sinal de retomada da […]
Fundo imobiliário que sobe mais de 30% na B3 anuncia que zerou vacância; nova locação terá impacto positivo nos dividendos
O FII assinou um contrato com a Medsystems Comércio para que a empresa utilize dois conjuntos do Edifício Torre Sul
Por que o dólar voltou a subir para perto de R$ 5? Veja três motivos que dão gás à moeda norte-americana
Durante o pregão, o dólar atingiu R$ 4,9870, na máxima intradiária; a cautela no exterior é um dos motivos para a alta
Leia Também
-
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais aguardam PIB dos EUA na véspera dos números de inflação; Ibovespa acompanha coletiva de Campos Neto hoje
-
Dólar ameaçado? Banco revela o que pode colocar um fim no domínio da moeda norte-americana
-
Dólar supera os R$ 5 e petróleo volta a disparar: o que mexe com os mercados hoje
Mais lidas
-
1
Filme ‘Som da Liberdade’ lidera bilheterias no Brasil e produtora libera ingressos gratuitos
-
2
3 sortudos faturam a Lotofácil, mas nenhum fica milionário; Quina e Mega-Sena acumulam
-
3
O que a Natura (NTCO3) está fazendo para recuperar a “beleza” perdida na bolsa após o fracasso na tentativa de virar uma holding global