Com mais um prejuízo, a estrada longa e sinuosa do IRB (IRBR3) segue longe do fim; ações caem na B3
Resultado do IRB foi mais uma vez afetado pelos negócios em que a resseguradora deixou de operar. E teria sido ainda pior não fosse um ganho de uma ação judicial tributária
Abalado por fraudes contábeis que derrubaram as ações em quase 90%, a empresa de resseguros IRB Brasil (IRBR3) vem passando por um amplo processo de reconstrução. Mas ainda não foi desta vez que os avanços da companhia se refletiram nos resultados.
O IRB registrou um prejuízo de R$ 155,7 milhões no terceiro trimestre deste ano. O resultado foi mais uma vez afetado pelos negócios em que a resseguradora deixou de operar, mas seguem no balanço. E teria sido ainda pior não fosse um ganho de uma ação judicial tributária, que rendeu R$ 129 milhões à companhia.
A resseguradora ainda têm uma longa e sinuosa estrada pela frente. Mas quem quiser enxergar o copo meio cheio, pode excluir os dois efeitos do balanço para saber para onde caminha "o novo IRB". Sob essa visão, o IRB teria apresentado lucro líquido de R$ 44,5 milhões no terceiro trimestre.
No pregão desta sexta-feira, as ações do IRB eram negociadas em queda de 2,40% por volta das 10h10, cotadas a R$ 4,89. Desde a primeira revelação, feita pela gestora Squadra, de possíveis problemas no balanço da resseguradora, os papéis IRBR3 amargam uma perda de 88%.
IRB tem piora nos índices de perda
Dentro da estratégia de reposicionamento, o IRB teve queda de 12,4% nos prêmios totais (receita), para R$ 2,6 bilhões. A redução em relação ao terceiro trimestre de 2020 aconteceu principalmente nos negócios da companhia no exterior.
O prêmio efetivamente ganho, porém, aumentou 8,1%, para R$ 1,7 bilhão, graças ao menor volume de operações cedidas. Essa deveria ser uma boa notícia. Contudo, o IRB teve um forte avanço de 33,9% nos sinistros (indenizações que a empresa precisa pagar pela cobertura dos seguros), que somaram R$ 2 bilhões no terceiro trimestre.
Leia Também
Desta forma, o índice de sinistralidade (perdas) da companhia saltou para 119,3%, o pior desde o segundo trimestre do ano passado. Mesmo se tirarmos dessa conta os negócios em que o IRB deixou de atuar, o índice seria de 99,6%.
Hora de comprar a ação do IRB? Ainda não...
Até mesmo os céticos em relação ao potencial das ações do IRB reconhecem o esforço da nova administração da empresa no processo de reestruturação.
No relatório que acompanha o balanço, a própria companhia reconhece que o processo de melhora neste ano aconteceu em uma velocidade menor do que a esperada para os próximos resultados.
O problema é que as dificuldades da companhia ainda parecem longe do fim. Em relatório, o Credit Suisse destacou que os números do terceiro trimestre não refletiram totalmente as perdas relacionadas à safra de inverno nos produtos de seguro rural do IRB.
Os analistas do banco suíço reiteraram a recomendação underperform (equivalente a venda) para IRBR3, com preço-alvo de R$ 5,00.
Leia também:
- IRB (IRBR3) volta a dar lucro com vitória na Justiça; ação chegou a ter desempenho melhor que o Ibovespa hoje
- IRB ON (IRBR3) está barata? É hora de comprar? Para o Credit Suisse, a resposta é não
- Magazine Luiza x Via: o que você precisa saber para evitar que o barato saia caro na bolsa
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
