Foi dada a largada! Weg e Hypera divulgam resultados do terceiro trimestre; saiba o que esperar
Os balanços do terceiro trimestre devem mostrar a força das empresas para a retomada pós-pandemia. Nesta semana, Weg e Hypera são os destaques
Você piscou e entramos mais uma vez na temporada de balanços. Depois dos resultados sangrentos do segundo trimestre, refletindo o pior momento da crise do coronavírus, os números do terceiro trimestre devem dar uma dimensão maior sobre a capacidade de recuperação do mercado brasileiro.
Quais serão os setores e empresas vencedoras desse período tão delicado? Isso a gente só vai descobrir no meio de novembro, quando todas as empresas já tiverem divulgado os seus resultados, mas temos um mês inteirinho que promete ser de altas emoções para o mercado.
A largada foi dada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), na última quinta-feira. Ainda estamos aquecendo os motores. Nesta semana, outras duas empresas do Ibovespa irão divulgar os seus resultados: Hypera (HYPE3) e Weg (WEGE3).
Até o fim do período de divulgação, você pode acompanhar os principais resultados e saber o que esperar dos números das empresas do Ibovespa com a equipe do Seu Dinheiro. Ninguém gosta de ser pego desprevenido, não é mesmo?
Confira o calendário completo e as expectativas do mercado para Weg e Hypera, empresas que são os destaques da semana e que divulgam os seus resultados na quarta-feira e sexta-feira, respectivamente.
- Quarta-feira (21)
- Weg (WEGE3) - antes da abertura
- Sexta-feira (23)
- Hypera (HYPE3) - após o fechamento
Weg - Sem tempo ruim
Não há como negar: a Weg (WEGE3) é uma das empresas que saem como vencedoras da crise do coronavírus. Enquanto o Ibovespa acumula queda superior a 14% no ano, a fabricante de equipamentos para indústria registra uma valorização superior a 130% desde janeiro. Nada mal para um ano marcado por uma pandemia e uma crise em escala global...
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O ganho fenomenal de valor de mercado fez da Weg uma verdadeira fábrica de bilionários. No segundo trimestre, que compreendeu o primeiro período totalmente afetado pela crise do coronavírus, a Weg foi na contramão dos balanços vermelhos do último trimestre e divulgou um resultado sólido e forte que agradou e muito o mercado.
Aliás, solidez tem sido uma das principais características da companhia nos últimos anos — o que levou a uma expansão de lucro e receita mesmo no turbulento momento em que vivemos.
Enquanto muitas empresas viram o resultado virar pó, a Weg teve um lucro líquido de R$ 514,375 milhões no 2º trimestre, crescimento de 32,2% com relação ao ano passado. A receita líquida foi a R$ 4,063 bilhões, alta de 23,7% na mesma base de comparação. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também teve uma alta expressiva de 36,3%, indo a R$ 732,2 milhões.
Para as analistas do Itaú BBA, a Weg deve continuar surpreendendo e pode ser um dos principais destaques do setor de bens de capital. Em relatório recente, a instituição projetou uma receita trimestral recorde, com alta de 33%, avanço de 42,9% no Ebitda e 37,6% superior ao valor registrado no terceiro trimestre de 2019.
As estimativas otimistas se baseiam nos resultados e justificativas apresentados no segundo trimestre — e, claro, na solidez demonstrada frente aos desafios. Na ocasião, a empresa informou que o maior impacto da pandemia nas suas operações foi na queda de demanda por equipamentos de ciclo curto — como motores comerciais e Appliance, tintas e vernizes e motores industriais.
Agora, a expectativa é de que a Weg consiga manter uma boa posição com os produtos de ciclo longo, mostrando resiliência no Brasil e também no mercado internacional. Além disso, os analistas do banco esperam que a empresa seja positivamente afetada pelo câmbio e ajustes operacionais eficazes da gestão.
A Weg divulga o seu resultado na próxima quarta-feira (20), antes da abertura do mercado. Confira as estimativas do mercado, segundo os dados da Bloomberg.
Projeções para o resultado:
- Receita líquida: R$ 3,479 bilhões (↑22%)
- Ebitda: R$ 569 milhões (↑26%)
- Lucro: R$ 386 milhões (↑32%)
Hypera - Consolidação
Mesmo com a pandemia no radar, a Hypera Pharma, maior empresa do ramo farmacêutico do país, tem tido um ano bem agitado.
Com um portfólio variado de marcas, a companhia tem investido pesado para se firmar como a maior do seu setor, protagonizando aquisições relevantes, principalmente no que diz respeito a medicamentos OTC (sem obrigatoriedade de prescrição médica).
Em 2020, a companhia anunciou a compra de marcas importantes para enriquecer o seu portfólio, incluindo produtos da família Neosaldina e Dramin.
Mais recentemente, a Hypera concluiu a aquisição das marcas Buscopan e Buscofem, da alemã Boehringer Ingelheim - e estampou os cadernos esportivos ao anunciar um acordo de R$ 300 milhões para obter os naming rights da Arena Corinthians.
Mesmo diante do cenário de incerteza trazido pela pandemia do coronavírus, a visão dos analistas é que a companhia tem conseguido navegar de forma satisfatória pela crise.
No segundo trimestre, a Hypera foi fortemente beneficiada por um movimento que antecedeu as medidas de isolamento social: a corrida para as farmácias para o abastecimento de medicamentos isentos de prescrição médica.
Do lado negativo, com menos pessoas indo ao médico, a demanda por medicamentos caiu como um todo no varejo farmacêutico brasileiro. No entanto, desde o fim de maio a empresa já observava uma melhora do quadro, que deve ter se consolidado ao longo do terceiro trimestre, encerrado em setembro.
No segundo trimestre, a Hypera Pharma registrou um crescimento de 7,9% na receita líquida, a R$ 1,05 bilhão. O lucro líquido foi de R$ 396,4 milhões (alta de 17,6% com relação ao mesmo período do ano anterior).
Já levando em conta os possíveis impactos do coronavírus, a companhia reviu as suas projeções para 2020. A expectativa agora é que a Hypera tenha uma receita líquida de R$ 4 bilhões e um lucro líquido de cerca de R$ 1,3 bilhão.
A Hypera Pharma divulga os seus resultados na próxima sexta-feira (23), após o fechamento do mercado. Confira as estimativas do mercado, segundo os dados da Bloomberg.
Projeções para o resultado:
- Receita líquida: R$ 1,075 bilhão (↑6,54%)
- Ebitda: R$ 333 milhões (↑11%)
- Lucro líquido: R$ 296 milhões (↑10,86%)
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