A Vale reportou um lucro líquido atribuído aos acionistas de US$ 2,908 bilhões no terceiro trimestre de 2020, alta de 192% ante o trimestre passado e de quase 76% em relação ao mesmo período de 2019. O resultado veio acima das estimativas dos analistas ouvidos pela Bloomberg, de US$ 1,394 bilhão.
Já a receita líquida totalizou US$ 10,762 bilhões, alta de 43% frente ao segundo trimestre e de 5,33% em relação ao mesmo período do ano passado. A expectativa do mercado era de uma receita de US$ 7,466 bilhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) proforma totalizou US$ 6,224 bilhão, o maior desde o quarto trimestre de 2013. A expectativa do mercado era de um Ebitda de US$ 3,524 bilhões.
Já o Ebitda ajustado, que inclui US$ 129 milhões de despesas relacionadas a Brumadinho e de doações relacionadas à covid-19 e iniciativas de suporte ao combate à pandemia, totalizou US$ 6,095 bilhões, alta de 80% frente ao trimestre anterior e de 32% em comparação com o terceiro trimestre de 2019.
Segundo a companhia, embora o Ebitda tenha melhorado em todos os negócios da Vale, o melhor resultado se deveu, principalmente, ao aumento de 26% dos preços do minério de ferro e à alta de 20% no volume de vendas de minério de ferro no terceiro trimestre.
O forte Ebitda levou a companhia a ter um Fluxo de Caixa Livre de US$ 3,751 bilhões no trimestre.
A dívida líquida totalizou US$ 4,474 bilhões em setembro, queda de 4,75% em relação à dívida de US$ 4,697 bilhões em junho deste ano. Em relação aos US$ 5,321 bilhões de setembro do ano passado, a queda chega a 15,92%
A produção de minério de ferro da Vale chegou a 88,676 milhões de toneladas no terceiro trimestre deste ano, alta de 2,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Ante o segundo trimestre deste ano, o avanço chegou a 31,2%.
No terceiro trimestre, o Conselho de Administração da Vale retomou a Política de Remuneração de Acionistas, e a Vale distribuiu um total de US$ 3,327 bilhões em remuneração aos acionistas em relação ao desempenho da companhia no primeiro semestre e os juros sobre capital próprios anunciados em dezembro de 2019.