Prestes a ter concorrência, B3 ensaia recuperação na bolsa após redução de taxas
Depois de sofrer uma queda de 12% desde acordo com ATS Brasil, papéis da B3 lideram altas do Ibovespa; empresa nega relação entre medida de hoje e a concorrência
Dona do monopólio da negociação de ações brasileiras, a B3 anunciou nesta quinta-feira (2) que a taxa mensal de manutenção de conta, que hoje chega a cerca de R$110 ao ano, deve ser zerada. A tarifa cobrada na negociação de ações também vai cair cerca de 10% para as pessoas físicas em geral.
A medida, cuja implantação ainda depende do aval das corretoras, é anunciada menos de duas semanas após a empresa fechar um acordo com a Americas Trading System (ATS Brasil) sobre o preço e condições para a prestação, pela B3, de serviços de transferência de ativos.
O acordo com a ATS Brasil fez as ações da B3 caírem 12% até o pregão do dia 30. Nesta quinta-feira, os papeis da empresa brasileira recuperavam parte das perdas, numa alta de 5% em relação ao último dia útil de 2019, a R$ 44,77. Acompanhe nossa cobertura de mercados.
Mas, em 2019, os papéis da B3 valorizaram 61%, impulsionados pela entrada de investidores na bolsa. O Ibovespa, principal índice do mercado de ações, registrou uma alta de 31,58%.
O presidente da empresa, Gilson Finkelsztain, negou a relação entre a mudança na tarifação e o acordo com a ATS. "A medida anunciada hoje é um movimento muito maior e de muito mais impacto", disse em teleconferência.
O executivo afirmou que a B3 já tem concorrência "em vários mercados do mundo inteiro". "As tarifas são erroneamente comparadas. Se os mercados lá fora fossem muito mais baratos, certamente os investidores profissionais negociariam fora do Brasil".
Leia Também
Para analistas do BTG Pactual, a medida é vista como positiva porque, na prática, vai ficar mais caro para alguém usar outra bolsa. "Em tese, o impacto de R$ 250 milhões nas receitas em 12 meses é pequeno dado o desempenho que o papel teve em dezembro", escrevem os especialistas.
Com a medida anunciada hoje, a B3 mira os custos para aumentar a base de clientes. Ou seja, a médio e longo prazo, a companhia espera que a perda de receita seja compensada pelo volume de ações negociadas. Mas a empresa não arrisca uma estimativa de novos investidores.
Entre as principais mudanças anunciadas pela B3 - que, segundo a própria empresa, atingem cerca de 65% da base de investidores pessoa física que hoje têm saldo em contas de renda variável - estão:
- Tarifas menores para investidores com maiores volumes;
- Criação de programa de incentivo para grandes day traders;
- Isenção da tarifa mensal de manutenção de conta de custódia para clientes que tiverem até R$ 20 mil de saldo em uma mesma corretora.
O acordo com a ATS
Em 23 de dezembro, a B3 anunciou um acordo para prestar serviços a uma bolsa concorrente que quiser operar no segmento de negociação de ações brasileiras.
As condições para o uso da infraestrutura da B3 nos serviços de pós-negociação, como a liquidação e a custódia, eram discutidas em uma arbitragem.
O procedimento foi aberto pela ATS Brasil. Com o acordo, a B3 firmou contrato que estabelece as condições para a prestação de serviços de transferência de valores mobiliários (CSD) para o mercado de renda variável.
A empresa estabeleceu uma taxa de transferência de ativos (TTA) 0,26 basis points a ser aplicada sobre cada transação que processar, mas com a aplicação de descontos de acordo com o crescimento dos volumes totais do mercado.
A cobrança vale não só para a ATS como para qualquer empresa que desejar estabelecer uma plataforma de negociação de ações concorrente no mercado brasileiro.
No início da década, as bolsas norte-americanas Bats e Direct Edge anunciaram a intenção de atuar no mercado brasileiro, concorrendo com a então BM&FBovespa, mas o projeto não foi para frente.
Em 2016, a bolsa fez uma fusão com a Cetip e ampliou a concentração na chamada infraestrutura de mercado.
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
