Só a reforma da Previdência não basta, gestores querem ver crescimento
Pesquisa do Bank of America Merrill Lynch mostra que enquanto aguardam reformas e melhora da atividade, menos gestores planejam elevar sua exposição ao Ibovespa
Os investidores consultados mensalmente pelo Bank of America Merrill Lynch seguem otimistas quanto à aprovação da reforma da Previdência, mas estimam como satisfatório um impacto de R$ 700 bilhões em dez anos, acima do R$ 500 bilhões da pesquisa anterior. No entanto, isso não é suficiente para que a visão com relação ao Brasil fique mais positiva.
Apenas 6% dos gestores acreditam que a reforma da Previdência é suficiente, contra 21% da pesquisa de abril. E quase metade deles aponta que precisam ver crescimento econômico para melhorar o sentimento com relação ao país.
No curto prazo, no entanto, esse condição não deve ser atendida. Os dados de atividade continuam decepcionando e até o Banco Central (BC) já admitiu que o PIB do primeiro trimestre deve decepcionar, culpa da elevada incerteza que freia os investimentos.

Esse modo de “espera” pela reforma e crescimento está pesando sobre as perspectivas para o Ibovespa e para o mercado de câmbio. Apenas 35% planejam elevar a exposição ao mercado de ações, resultado em linha com a média história, depois de picos de 50% no fim do ano passado.
Para 41%, o Ibovespa estará acima dos 110 mil pontos no fim do ano, contra 50% no mês passado. Dólar entre R$ 3,81 e R$ 4 é a previsão para mais de 40% dos gestores, e aumentou de 3% para 9% aqueles que tralham com câmbio acima de R$ 4.
Leia Também
Para a taxa básica de juros, a Selic, aumentou de cerca de 60% para mais de 70% o percentual de gestores que trabalham como juro entre 6% e 6,5%.
Para o BofA Merrill Lynch, depois de meses de aumento de posição, com R$ 27 bilhões entrando para os fundos locais desde as eleições, os níveis de caixa estão no menor patamar da série, sugerindo uma pausa em novas alocações.
Os investidores também se mostram mais cautelosos, com 41% dos participantes dizendo estar tomando medidas de proteção (hedge) contra uma queda acentuada no mercado. Resultado acima da média histórica de 31%.
Pesquisa global
A sondagem com gestores globais captou um elevado nível de proteção contra quedas abruptas do mercado. Cerca de 30% os investidores tomaram alguma medida de hedge visando os próximos três meses, maior patamar da série histórica.
Para esses gestores, o Federal Reserve (Fed), banco central americano, só voltaria a cortar os juros com o S&P abaixo dos 2.305 pontos (atualmente está na linha dos 2.800 pontos).
Os investidores também não esperam uma alta nas taxas de juros. Para 70% as taxas americanas devem continuar entre 2% e 3% ao ano ao longo do próximo ano.
No lado corporativo, os investidores seguem ampliando o otimismo com o resultado das empresas, apenas 1% trabalha com queda de resultados nos próximos 12 meses.
O ciclo de crédito segue como principal preocupação, com 41% dos respondentes acreditando que os balanços das empresas estão muito alavancados.
Os gestores estão com maiores posição em caixa e menos expostos aos mercados globais de ações. Os mercados emergentes seguem liderando a preferência, com 34% de “overweight” (acima da média).
Liderando a lista de riscos, está a guerra comercial, com 37% das indicações, seguida de uma desaceleração na China (16%) e pelo cenário político nos EUA (12%).
A pesquisa foi realizada entre os dias 3 e 9 de maio com 250 gestores responsáveis por US$ 687 bilhões em ativos. Na pesquisa global foram 195 entrevistados, com US$ 588 bilhões, e nas pesquisas regionais, foram 125 gestores com US$ 262 bilhões.
Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA
Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje
O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores
A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário
A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital
Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?
Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
