🔴 FERRAMENTA LIBERADA: GANHOS MÉDIOS DE R$ 538 POR DIA – VEJA COMO ACESSAR

Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Guerra comercial em foco

Trump foi ao Twitter para falar sobre a China — e fez o Ibovespa fechar em alta

O Ibovespa e as bolsas globais terminaram o dia no campo positivo, mostrando uma postura otimista após Trump confirmar uma reunião com o vice-primeiro-ministro da China

Victor Aguiar
Victor Aguiar
10 de outubro de 2019
10:32 - atualizado às 14:33
Trump no Twitter
Trump usou sua rede social favorita para confirmar um encontro com autoridades chinesas, o que deu força aos mercadosImagem: Shutterstock

Os mercados globais começaram a sessão desta quinta-feira (10) em ponto morto. Tanto o Ibovespa quanto as bolsas americanas passaram os primeiros minutos de pregão sem se afastar muito do zero a zero, com os agentes financeiros mostrando uma postura bastante cautelosa.

Não era para menos: afinal, começou hoje a rodada de negociações entre autoridades dos Estados Unidos e da China, no âmbito da guerra comercial. E o noticiário referente aos diálogos entre as potências era desencontrado, para dizer o mínimo.

Informações quanto a supostos desentendimentos entre americanos e chineses, matérias a respeito de eventuais acordos que estariam prestes a serem fechados, textos alertando para a possibilidade de as conversas terminarem mais cedo que o previsto, boatos sobre concessões por parte da Casa Branca... a confusão aumentava a cada novo elemento.

Nesse cenário de incertezas, os mercados preferiram não se expor a riscos desnecessários na abertura da sessão : as bolsas do mundo mantinham-se ao redor da estabilidade e o dólar não exibia uma tendência clara — por aqui, a moeda americana ganhava força, chegando a tocar o nível de R$ 4,13 mais cedo.

Essa prudência, no entanto, começou a se dissipar pouco antes das 11h, quando o celular dos mercados vibrou com uma notificação do Twitter: Donald Trump estava escrevendo. E, desta vez, as manifestações do presidente americano trouxeram um alívio generalizado às negociações.

"Um grande dia de negociações com a China. Eles querem fazer um acordo, mas eu quero?", escreveu o Trump. "Eu irei me encontrar com o vice-primeiro-ministro amanhã, na Casa Branca".

O vice-primeiro ministro da China, no caso, é Liu He, o chefe da delegação do país asiático que está conduzindo as negociações comerciais com os americanos. Assim, Trump confirmou oficialmente que irá dialogar com a autoridade chinesa nesta sexta-feira, afastando os rumores quanto ao término antecipado das conversas entre as partes.

Essa sinalização provocou uma melhora imediata de humor nos mercados globais: no Brasil, o Ibovespa ganhou força e chegou a subir 1,22%, aos 102.482,98 pontos, terminando a sessão em alta de 0,56%, aos 101.817,13 pontos. Com isso, o índice praticamente zerou as perdas acumuladas nos dois primeiros pregões dessa semana.

O Ibovespa, assim, ficou em linha com as bolsas americanas: o Dow Jones (+0,57%), o S&P 500 (+0,64%) e o Nasdaq (+0,60%) fecharam em alta, após um início hesitante. Na Europa, as principais praças acionárias também terminaram o dia com ganhos firmes.

Como já foi dito, o mercado tem se mostrado bastante sensível ao noticiário referente à guerra comercial, e qualquer nova informação — oficial ou extra-oficial — tem capacidade para mexer com o rumo das negociações no mundo. E o tuíte de Trump fez exatamente isso, ao provocar uma mudança de humor nos investidores.

"Com essa confirmação do encontro, cresce a expectativa em relação ao fechamento de algum tipo de acordo", diz um analista. Ele pondera, no entanto, que esse alívio é pontual, uma vez que, até que o desfecho oficial seja conhecido, a tendência é a de que os mercados globais continuem apresentando um comportamento volátil.

E essa percepção de que a guerra comercial ainda está longe de uma conclusão fez com que o Ibovespa e as bolsas americanas perdessem parte da intensidade ao longo do dia, embora ainda tenham fechado em alta. Resta, agora, saber como será o desenrolar da conversa entre Trump e He, amanhã.

Incertezas no horizonte

No front doméstico, os agentes financeiros continuaram reagindo bem ao acordo fechado no Congresso para a distribuição dos recursos do megaleilão do pré-sal. No entanto, sem maiores novidades no cenário local, o mercado acabou ficando a mercê do noticiário externo — e, por mais que o tom lá fora tenha sido de otimismo hoje, ainda é preciso ter cuidado.

O analista lembra que o panorama internacional segue com diversos fatores de tensão, incluindo a própria guerra comercial entre Estados Unidos e China, o processo tumultuado de saída do Reino Unido da União Europeia e os riscos de desaceleração da economia global.

Tais pontos acabaram limitando o potencial de alta do Ibovespa e trouxeram pressão ao dólar à vista. A moeda americana acabou sendo usada como ativo de proteção, especialmente num cenário de Selic cada vez mais baixa no Brasil — o que diminui o diferencial de juros em relação aos EUA, reduzindo o apelo para a entrada de dólares no país.

Novo alívio nos DIs

No mercado de juros, o tom continuou sendo de baixa nesta quinta-feira, dando continuidade ao movimento visto nos últimos dias: os DIs para janeiro de 2021 caíram de 4,71% para 4,65%, os com vencimento em janeiro de 2023 recuaram de 5,83% para 5,75%, e os para janeiro de 2025 foram de 6,48% para 6,44%.

Essa onda de ajustes negativos nos DIs se deve à percepção de que o BC ainda possui bastante espaço para continuar cortando a Selic, levando-a a novos pisos históricos — e a deflação registrada em setembro apenas fortaleceu essa leitura.

Otimismo chinês

Com a expectativa quanto ao fechamento de algum acerto entre EUA e China — o que diminuiria as tensões no front comercial e poderia dar um ânimo às economias dos dois países e do mundo —, as ações de empresas que dependem diretamente do mercado chinês apareceram entre os destaques positivos do Ibovespa.

É o caso da mineradora Vale, cujas ações ON (VALE3) subiram 3,44%, e das siderúrgicas CSN ON (CSNA3), em alta de 5,31%; Gerdau PN (GGBR4), com ganho de 3,67%; e Usiminas PNA (USIM5), avançando 2,33%. Também contribuiu para o bom desempenho desses papéis a valorização de 2,88% na cotação do minério de ferro.

Ainda dentro desse grupo, destaque para as ações ON da Suzano (SUZB3), que avançaram 5,34% nesta quinta-feira — a China é um importante mercado consumidor de celulose.

Surpresa positiva

A ação de melhor desempenho do Ibovespa, contudo, foi Yduqs ON (YDUQ3), que subiu 6,74%. A antiga Estácio surpreendeu o mercado ao reportar uma captação de 132.353 novos alunos no primeiro semestre desse ano, um crescimento de 45% em relação ao mesmo período de 2018, com expansão no total de novos estudantes nos segmentos de EAD e presencial.

Dia de estreia

Fora do Ibovespa, destaque para as ações ON da Vivara (VIVA3), que começaram a ser negociadas hoje na bolsa. Os papéis chegaram a subir 3,5% logo após a abertura, mas fecharam em alta de apenas 0,46% a R$ 24,11 — o IPO foi fechado ao preço unitário de R$ 24,00.

Compartilhe

Engordando os proventos

Caixa Seguridade (CXSE3) pode pagar mais R$ 230 milhões em dividendos após venda de subsidiárias, diz BofA

14 de setembro de 2022 - 13:22

Analistas acreditam que recursos advindos do desinvestimento serão destinados aos acionistas; companhia tem pelo menos mais duas vendas de participações à vista

OPA a preço atrativo

Gradiente (IGBR3) chega a disparar 47%, mas os acionistas têm um dilema: fechar o capital ou crer na vitória contra a Apple?

12 de setembro de 2022 - 13:09

O controlador da IGB/Gradiente (IGBR3) quer fazer uma OPA para fechar o capital da empresa. Entenda o que está em jogo na operação

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Exclusivo Seu Dinheiro

Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação

10 de setembro de 2022 - 10:00

Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda

NOVO ACIONISTA

Com olhos no mercado de saúde animal, Mitsui paga R$ 344 milhões por fatias do BNDES e Opportunity na Ourofino (OFSA3)

9 de setembro de 2022 - 11:01

Após a conclusão, participação da companhia japonesa na Ourofino (OFSA3) será de 29,4%

Estreia na bolsa

Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos

6 de setembro de 2022 - 11:38

Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo

Bateu o mercado

BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês

5 de setembro de 2022 - 15:00

Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice

PEQUENAS NOTÁVEIS

Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro

1 de setembro de 2022 - 13:50

Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar

30 de agosto de 2022 - 11:14

Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico

Exclusivo Seu Dinheiro

Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal

30 de agosto de 2022 - 9:00

Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar