Depois da Fitch, S&P também corta rating da Azul (AZUL4) por risco elevado de calote
Decisão foi comunicada pela companhia aérea na noite desta terça-feira, mesmo dia em que a Gol avançou rumo ao fim do processo de recuperação judicial

Não está sendo nada fácil a vida da Azul (AZUL4). A companhia aérea anunciou, na noite desta terça-feira (20), que a agência de classificação de risco S&P Global Ratings rebaixou sua nota de crédito de “CCC+” para “CCC-”, com perspectiva negativa, citando o risco elevado de calote devido à liquidez fraca e queima de caixa.
Segundo a S&P, apesar das reestruturações de dívida anteriores, a elevada dívida e os pagamentos de leasing continuam a representar desafios significativos para a Azul, limitando o acesso a financiamentos adicionais.
- E MAIS: Com Selic a 14,75% ao ano, ‘é provável que tenhamos alcançado o fim do ciclo de alta dos juros’, defende analista – a era das vacas gordas na renda fixa vai acabar?
A perspectiva negativa do rating indica a maior probabilidade de inadimplência nos próximos seis a doze meses, a menos que haja uma melhora substancial no fluxo de caixa ou novas fontes de financiamento.
O rebaixamento pela S&P sai poucos dias após outra agência de risco, a Fitch, ter tomado uma decisão semelhante.
Também acontece no mesmo dia em que outra companhia aérea, a Gol, avançou rumo ao final de seu processo de recuperação judicial nos EUA. A empresa teve seu plano de reestruturação aprovado pela justiça de Nova York e espera deixar o chamado Chapter 11 no começo de junho.
Planos de seguir os passos da Gol
Segundo informações do portal Pipeline, a Azul está sendo assessorada pelos escritórios Davis Polk e Pinheiro Neto em sua busca por financiamento para reestruturar a dívida — e a recuperação judicial nos Estados Unidos, chamada Chapter 11, está entre as opções.
Leia Também
Rodolfo Amstalden: Aprofundando os casos de anomalia polimórfica
Em resposta aos rumores sobre uma possível recuperação judicial, a Azul afirmou que "monitora constantemente alternativas" que possam contribuir para o fortalecimento de sua estrutura de capital e preservação de liquidez, com foco na sustentabilidade de longo prazo de suas operações.
A companhia afirma que realizou progressos significativos na redução de sua dívida e alavancagem, e esclarece, em comunicado ao mercado, que permanece em discussões contínuas com parceiros para otimizar sua estrutura de capital e posição de liquidez.
Afinal, o que está acontecendo com a Azul?
Desde outubro de 2023, a Azul vem tentando estabelecer acordos e negociações com credores para resolver parte de sua dívida bilionária, que chegou ao fim de 2024 totalizando R$ 29,6 bilhões.
A empresa está inserida em um setor muito competitivo, em que as companhias têm pouco poder de precificação, as receitas estão diretamente ligadas aos ciclos econômicos e é um negócio com altos custos para se manter operando – entre eles, o custo de combustível para aviação. E foi um dos setores mais afetados pela pandemia.
- LEIA TAMBÉM: Após máxima histórica, analistas do BTG Pactual defendem que o Ibovespa ainda pode saltar até 8% – quais ações estão preparadas para aproveitar esse cenário?
Em 2024, a Azul apresentou um plano para renegociar sua dívida. Em um dos últimos passos propostos, a empresa aérea fez uma nova emissão de ações, que aumenta o total de papéis em circulação e, consequentemente, dilui as ações já existentes.
Além de diluir a participação dos acionistas, o resultado do follow-on ficou abaixo do esperado, o que levou a uma queda acentuada das ações nas últimas semanas.
No último mês, a ação AZUL4 acumula queda de 64%.
No final de abril, a companhia anunciou a captação de um financiamento adicional de R$ 600 milhões junto a credores atuais.
Mudança nos concursos públicos: Lula sanciona lei que amplia cotas; entenda como as novas regras funcionam
Novo percentual incidirá sobre total de vagas dos processos seletivos para cargos efetivos e temporários da administração pública federal
Fábrica da Coca-Cola suspende produção após suspeita de contaminação; entenda os riscos
Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) determina suspensão da produção em unidade no Ceará; 9 milhões de litros aguardam liberação após contato com álcool de grau alimentício
Pix colocou em xeque receita dos bancos com tarifas e cartões de crédito — mas Moody’s aponta novas rotas de crescimento
Agência de classificação de risco destaca o potencial do pagamento digital para impulsionar os serviços bancários, apesar da pressão sobre as receitas tradicionais
Neon lança CDB que rende até 150% do CDI, de olho em novos clientes; veja como investir
Os Certificados de Depósito Bancário tem aporte mínimo de R$ 100; promoção será válida por dois meses
Alexandre de Moraes manda prender Carla Zambelli após saída da deputada do Brasil; entenda o caso
Procuradoria-Geral da República pediu a prisão preventiva na noite de terça-feira (3)
Trump Wallet é oficial ou fake? Filhos do presidente negam envolvimento da família, mas mercado ainda desconfia
Oficial ou não, carteira de criptomoedas lançada pelo mesmo time da memecoin $TRUMP abre lista de espera
Adeus, débito automático e boletos: BC prevê revolução com o Pix Automático e espera forte adesão à novidade
Para o BC, o Pix regular representou uma primeira revolução nos meios de pagamento do Brasil. O Pix Automático foi projetado para ser a segunda revolução
O Google vai naufragar: Barclays diz que ação da Alphabet pode despencar 25% — e tudo depende de uma decisão
Mesmo assim, analista do banco britânico manteve a recomendação de compra para a ação; entenda toda essa história
Mercado Livre (MELI34) e Amazon (AMZO34) podem ser a pedra no sapato da Petz (PETZ3) e da Cobasi após fusão
O Cade aprovou a união das duas empresas sem restrições, mas as dificuldades do negócio podem vir de gigantes do comércio eletrônico; entenda os motivos
Esta varejista já subiu mais de 130% no ano, mas o BTG ainda vê espaço para mais; saiba por que o banco recomenda a compra desta ação
Foco em aumento na eficiência operacional, alta das vendas, gestão conservadora na concessão de crédito e baixo endividamento são pontos fortes desta empresa
Hora de pular fora de Braskem (BRKM5)? BTG corta preço-alvo das ações — e nem potencial troca de controle é suficiente para empolgar
A tese de investimento do banco para Braskem é que os spreads petroquímicos estão ruins e há poucos catalisadores no horizonte para as ações BRKM5 hoje
Por que o Itaú BBA diz que ainda não é hora de comprar Weg (WEGE3)
A ação está negociando abaixo da média histórica e a companhia continua sendo considerada uma boa tese de investimentos, mas, segundo analistas do banco, vale a pena esperar os gatilhos
Cade aprova compra da fatia da Paper Excellence na Eldorado pela J&F e coloca ponto final em disputa que perdura há 7 anos
A holding dos irmãos Batista e a empresa de papel indonésia chegaram a um acordo sobre a disputa pelo controle da companhia de celulose em maio
Sinal vermelho em Ibiza: governo espanhol determina restrições para carros de turistas; entenda
A ilha recebe uma quantidade massiva de turistas todos os anos, tornando-se propícia para engarrafamentos
Desaprovação ao governo Lula segue em alta: Fraudes no INSS e aumento do IOF pesam na avaliação do presidente, mostra pesquisa Genial/Quaest
Os ruídos na imagem do presidente ocorrem apesar de uma percepção de melhora da economia
Governo adia para 25 de junho cobrança de nova alíquota do IOF sobre previdência
Aportes mensais acima de R$ 50 mil em planos de previdência privada do tipo VGBL serão taxados em 5% a partir de 25 de junho
Quais são os 10 melhores hotéis do mundo em 2025 e quanto custa se hospedar neles
Seleção de guia francês considera as opiniões de profissionais do ramo hoteleiro e de turistas de diferentes países
Logotipo coloca produtor de licores português na mira da Louis Vuitton
Gigante do luxo acusa marca artesanal portuguesa de se apropriar do monograma LV
Pix Automático vem aí: Banco Central lança nova funcionalidade, que pode substituir débito automático e cartão de crédito; veja como vai funcionar
A nova função vai ao ar no próximo dia 16 e promete facilitar pagamentos de contas como academia, condomínio e assinaturas de streaming
BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) ganham aval do Cade para fusão — dividendos bilionários e o que mais vem pela frente?
A Superintendência-Geral do Cade aprovou, sem restrições, a combinação de negócios entre os dois players do mercado de proteínas