Azul (AZUL4) obtém financiamento adicional de R$ 600 milhões em meio à queda das ações
Azul enfrenta turbulências com ações em baixa, dívida elevada e nova captação de R$ 600 milhões para manter operações

A companhia aérea Azul (AZUL4) anunciou nesta quarta-feira (30) a captação de um financiamento adicional de R$ 600 milhões junto a credores atuais.
A medida tem como objetivo reforçar a liquidez da empresa — que enfrenta forte pressão do mercado após uma oferta de ações abaixo do esperado e a crescente desvalorização de seus papéis na bolsa.
- E MAIS: Calendário de resultados desta semana inclui Weg, Santander e outras empresas; acompanhe a cobertura completa de balanços
Nesta quarta-feira, por volta das 16:35 horas (horário de Brasília), as ações da companhia aérea estavam sendo negociadas a R$ 1,58 — uma queda de 9,20%.
Só neste ano, o papel já acumula desvalorização acima de 50%, após ter sido a pior ação do Ibovespa em 2024, com uma queda de 77,89%.
Captação frustra expectativas, e ações da AZUL4 recuam
O novo aporte ocorre dias após a Azul concluir uma oferta primária de ações que visava levantar até US$ 4,1 bilhões, mas arrecadou apenas US$ 1,66 bilhão. A frustração do mercado com o resultado da captação contribuiu para uma forte queda nas ações da empresa nos últimos dias.
Na B3, os papéis preferenciais da Azul (AZUL4) acumulam desvalorização significativa desde a semana passada.
Leia Também
A oferta envolveu a emissão de 464,1 milhões de ações preferenciais, elevando o capital social da companhia para R$ 7,13 bilhões. Como parte de seu plano de reestruturação, a empresa também emitiu cerca de 450,5 milhões de ações preferenciais para detentores de títulos e outras 96 milhões de ações para arrendadores de aeronaves.
A operação foi viabilizada por meio da emissão de notas garantidas em reais, com vencimento em seis meses, garantidas por recebíveis de cartões de crédito e débito que vieram das operações de transporte de passageiros da Azul.
Segundo a Azul, a transação não exigiu alterações ou renúncias em relação às suas notas garantidas e debêntures conversíveis já existentes.
Cade analisa acordo com GOL enquanto Azul negocia fusão com holding Abra
Outro fator que pressionou os ativos da Azul foi a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de investigar o acordo de codeshare com a GOL, firmado em julho de 2024. A prática de compartilhamento de voos, que envolve cerca de 40 rotas, passa a ser formalmente avaliada pelo órgão antitruste.
- VEJA MAIS: Prazo para declaração do Imposto de Renda 2025 já começou; saiba como acertar as contas com o Leão
Em paralelo, a Azul discute há meses com a holding Abra, controladora da GOL, uma possível fusão das operações. As conversas foram formalizadas por meio de um memorando de entendimento assinado em janeiro.
Caso o negócio avance, o grupo combinado poderá controlar até 60% do mercado doméstico, ultrapassando a chilena LATAM, que detém cerca de 40%.
Dívida elevada desafia liquidez
Dados do InvestingPro apontam que a Azul tem uma dívida total de US$ 6,07 bilhões, com índice de liquidez corrente de apenas 0,27, revelando dificuldades para cobrir obrigações de curto prazo.
Mesmo assim, analistas da plataforma indicam que as ações da empresa estão sendo negociadas abaixo do valor justo.
Em nota, a Azul reiterou seu compromisso de fortalecer sua estrutura financeira e de manter o mercado informado sobre os próximos passos estratégicos.
Nem toda boa notícia é favorável: entenda por que o UBS mudou sua visão sobre Itaú (ITUB4), mesmo com resultados fortes
Relatório aponta que valorização acelerada da ação e preço atual já incorporam boa parte dos ganhos futuros do banco
Azul (AZUL4) dá mais um passo na recuperação judicial e consegue aprovação de petições nos EUA
A aérea tem mais duas audiências marcadas para os dias 15 e 24 de julho que vão discutir pontos como o empréstimo DIP, que soma US$ 1,6 bilhão
A acusação séria que fez as ações da Suzano (SUZB3) fecharem em queda de quase 2% na bolsa
O Departamento do Comércio dos EUA identificou que a empresa teria exportado mercadorias com preço abaixo do normal por quase um ano
Uma brasileira figura entre as 40 maiores empresas com bitcoin (BTC) no caixa; confira a lista
A empresa brasileira tem investido pesado na criptomoeda mais valiosa do mundo desde março deste ano
Em um bom momento na bolsa, Direcional (DIRR3) propõe desdobramento de ações. Veja como vai funcionar
A proposta será votada em assembleia no dia 30 de julho, e a intenção é que o desdobramento seja na proporção de 1 para 3
Nvidia (NVDA34) é tetra: queridinha da IA alcança a marca inédita de US$ 4 trilhões em valor de mercado
A fabricante de chips já flertava com a cifra trilionária desde a semana passada, quando superou o recorde anteriormente estabelecido pela Apple
Cyrela (CYRE3) quase triplica valor de lançamentos e avança no MCMV; BTG reitera compra — veja destaques da prévia do 2T25
Na visão do banco, as ações são referência no setor, mesmo com um cenário macro adverso para as construtoras menos expostas ao Minha Casa Minha Vida
Ações da Braskem (BRKM5) saltam mais de 10% na bolsa brasileira com PL que pode engordar Ebitda em até US$ 500 milhões por ano
O que impulsiona BRKM5 nesta sessão é a aprovação da tramitação acelerada de um programa de incentivos para a indústria petroquímica; entenda
Tenda (TEND3): prévia operacional do segundo trimestre agrada BTG, que reitera construtora como favorita do setor, mas ação abre em queda
De acordo com os analistas do BTG, os resultados operacionais foram positivos e ação está sendo negociada a um preço atrativo; veja os destaques da prévia o segundo trimestre
Mais um acionista da BRF (BRFS3) pede a suspensão da assembleia de votação da fusão com a Marfrig (MRFG3). O que diz a Previ?
A Previ entrou com um agravo de instrumento na Justiça e com um pedido de arbitragem para contestar a relação de troca proposta, segundo jornal
Jeff Bezos vende mais US$ 666 milhões em ações da Amazon (AMZN34); saiba para onde está indo esse dinheiro
Fundador da Amazon já se desfez de quase 3 milhões de papéis só em julho; bilionário planeja vender cerca de 25 milhões de ações até maio de 2026
Ação do Inter (INTR) ainda tem espaço para subir bem, segundo o Citi — mas rentabilidade de 30% em 2027 ainda não convence
O Citi elevou estimativas para lucro e rentabilidade do Inter, além de aumentar o preço-alvo das ações, mas acha que plano 60-30-30 não deve se concretizar por completo
Produção pode salvar o segundo trimestre da Vale (VALE3)? Citi faz as contas e mantém cautela
Para o banco americano, os resultados do 2T25 devem apresentar melhora da produção e potencial alta no minério de ferro, que está sob pressão
BitChat: fundador do Twitter lança app que rivaliza com o WhatsApp e funciona sem internet
Aplicativo criado por Jack Dorsey permite trocar mensagens via Bluetooth ou Wi-Fi local; projeto mira privacidade, descentralização e resistência à censura
JBS (JBSS32) cai mais de 3% na B3 após previsões nada saborosas para o segundo trimestre
Goldman, XP e Itaú BBA cortam projeções e destacam a pressão nos EUA em um trimestre amargo para a gigante das carnes
Itaú BBA eleva projeção para o Ibovespa até o fim de 2025; saiba até onde o índice pode chegar
Banco destaca cenário favorável para ações brasileiras com ciclo de afrouxamento monetário e menor custo de capital
Falta de OPA na Braskem não é o que preocupa o BTG: o principal catalisador da petroquímica está em outro lugar — e não tem nada a ver com Tanure
Embora as questões de governança e mudança de controle não possam ser ignoradas, o verdadeiro motor (ou detrator) é outro; veja o que dizem os analistas
Enquanto Banco do Brasil (BBAS3) sofre o peso do agronegócio, Bradesco (BBDC4) quer aumentar carteira agrícola em até 15% na safra 2025/26
O Bradesco traçou uma meta ousada: aumentar sua carteira agrícola entre 10% e 15% para a safra 2025/2026; veja os detalhes da estratégia
XP cobra na Justiça a Grizzly Research por danos milionários após acusações de esquema de pirâmide
A corretora acusa a Grizzly Research de difamação e afirma que o relatório causou danos de mais de US$ 100 milhões, tanto em perdas financeiras quanto em danos à sua reputação
Fundador da Hypera (HYPE3) estabelece acordo para formar bloco controlador — e blindar a empresa contra a EMS; entenda
Mesmo com a rejeição da oferta pela Hypera em outubro do ano passado, a EMS segue demonstrando interesse pela aquisição da rival