A vez da renda fixa: Debêntures impulsionam mercado de capitais no 1T24 após “fim da farra” das LCIs e LCAs
A captação do mercado de capitais chegou ao recorde de R$ 130,9 bilhões entre janeiro e março deste ano, impulsionada pelas ofertas de renda fixa

O setor de renda fixa brilhou no primeiro trimestre de 2024, que registrou captação recorde para o período, de R$ 114,1 bilhões em ofertas entre janeiro e março, de acordo com dados da Anbima.
O volume de captação do segmento foi quase o dobro do montante registrado nos três primeiros meses de 2023, com um avanço de 98%.
As debêntures lideraram as captações desse segmento no período, com um aumento de 94% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, para R$ 71,9 bilhões. Aliás, esses títulos de dívida emitidos por empresas figuraram no ranking de melhores investimentos de março.
O desempenho das ofertas de renda fixa impulsionou o mercado de capitais brasileiro como um todo, que somou uma captação de R$ 130,9 bilhões entre janeiro e março deste ano — a maior cifra registrada na série histórica.
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A vez das debêntures incentivadas
Um produto de renda fixa foi destaque no primeiro trimestre de 2024: as debêntures incentivadas.
Consideradas um porto seguro de isenção de imposto de renda (IR), as debêntures incentivadas registraram o melhor primeiro trimestre da série histórica, com uma captação de R$ 19,9 bilhões.
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“Esse produto se tornou ainda mais atrativo com as restrições recentes a outros ativos isentos”, disse Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima.
Relembrando, no começo deste ano, o governo decidiu alterar as regras para títulos de renda fixa isentos de IR, restringindo a emissão ou aumentando os prazos de carência.
Entre os produtos impactados, estão as letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA), os certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e do agronegócio (CRA) e a letra imobiliária garantida (LIG).
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Outros destaques do trimestre
E por falar nos instrumentos de securitização, os CRIs fecharam o primeiro trimestre com volume de R$ 15,1 bilhões, crescimento de 162,1% na base anual, enquanto os CRAs encerraram o período com R$ 12,5 bilhões, aumento de 133,3%.
Já os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) tiveram um acréscimo de 81%, para R$ 11,1 bilhões.
Do lado dos imóveis, os fundos imobiliários (FIIs) tiveram um salto de 226,4%, a R$ 12,8 bilhões.
Enquanto isso, o mercado de ações registrou quatro ofertas subsequentes (follow-ons) no primeiro trimestre, que somaram R$ 3,8 bilhões.
Por sua vez, as emissões externas totalizaram US$ 8,9 bilhões entre janeiro e março de 2024 — equivalente a 58% de todo o volume do ano anterior. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o aumento foi de 795%.
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