A melhor ação do Ibovespa em 2024: Embraer (EMBR3) dispara 150% no ano — mas não é a única exportadora no pódio; veja o top 10 da bolsa brasileira
Mesmo com a “pernada” dos papéis neste ano, a empresa ainda vale cerca de 30% menos do que as maiores concorrentes globais em termos de múltiplos e há quem diga que o céu realmente é o limite para a companhia
O ano de 2024 foi de fortes emoções para quem investe em ações. Com uma aversão ao risco crescente e um apetite cada vez mais reduzido pela bolsa brasileira, o Ibovespa caiu mais de 10% desde janeiro — e apenas 15 empresas conseguiram escapar da derrocada generalizada e decolar na B3.
Quem lidera o ranking das melhores performances do Ibovespa neste ano é a Embraer (EMBR3). A fabricante brasileira de aeronaves mais do que dobrou de valor desde o início do ano, com uma alta acumulada de 150,96% no período.
- VEJA MAIS: Evento do Seu Dinheiro recebe especialistas do mercado para compartilhar recomendações, aprofundar teses e estratégias para 2025; veja como assistir gratuitamente
Vale lembrar que a companhia também possui ADRs (recibos de ações) negociados em Wall Street, sob o ticker ERJ, que subiram 101% em igual intervalo.
Mesmo com a “pernada” dos papéis neste ano, a empresa ainda vale cerca de 30% menos do que as suas maiores concorrentes globais em termos de múltiplos — e há quem diga que o céu realmente é o limite para a companhia, com um vasto espaço para valorização adicional.
Por trás da disparada da Embraer (EMBR3) em 2024
A performance robusta da Embraer (EMBR3) neste ano é resultado de uma combinação de fatores:
- Consecutivos resultados acima do esperado: A empresa teve um lucro líquido de R$ 1,176 bilhão no terceiro trimestre de 2024, aumento de 604,3% em base anual;
- Maior dolarização da carteira dos investidores: A Embraer é vista como uma das principais escolhas na bolsa para se defender da depreciação do real, já que é uma empresa exportadora, com a maior parte das receitas dolarizadas;
- Expectativas do mercado sobre o desempenho futuro da fabricante de aeronaves no mercado global de aviação, especialmente diante de vantagens competitivas frente a rivais, como a capacidade de entregar aviões mais rápido que Boeing e Airbus.
O desempenho da Embraer não foi de arregalar os olhos em 2024. A retrospectiva da empresa brasileira de aviação nos últimos anos mostra uma reviravolta digna dos grandes clássicos.
Leia Também
Em poucos anos, a empresa deu uma verdadeira guinada na trajetória e passou de uma companhia ameaçada antes da pandemia para se tornar um dos maiores nomes do mercado global de aviação.
Hoje, a indústria é dominada por um trio de empresas — e a Embraer é uma delas. Quem completa o pódio de principais players da aviação mundial é a norte-americana Boeing e a francesa Airbus.
Apesar de hoje se encontrar uma situação mais favorável que suas concorrentes, a Embraer ainda apresenta desconto significativo frente aos pares internacionais quando o quesito é valuation.
Você confere com detalhes a tese de investimento em Embraer e o que esperar das ações EMBR3 nesta reportagem especial do Seu Dinheiro.
As melhores ações do Ibovespa: quem mais se salvou da queda da bolsa brasileira em 2024
É verdade que a Embraer se isolou no topo do ranking de melhores ações do Ibovespa em 2024, com quase o dobro da valorização das outras colocadas na lista.
Mas apesar da liderança absoluta, a companhia não foi a única empresa exportadora que se deu bem em 2024 e conseguiu escapar da sangria do Ibovespa.
Na realidade, outras cinco companhias se destacaram na ponta positiva da bolsa brasileira neste ano: BRF (BRFS3), Marfrig (MRFG3), JBS (JBSS3), Weg (WEGE3) e Klabin (KLBN11)
O principal catalisador do avanço das ações neste ano foi a escalada do dólar.
Com valorização acumulada de 27% frente ao real em 2024, a moeda norte-americana chegou a alcançar a marca dos R$ 6,30 antes que o Banco Central realizasse uma ação histórica para esfriar a temperatura do câmbio.
- VEJA MAIS: Dólar a R$ 7 pode ser realidade “em questão de meses”, aponta analista; veja como se proteger
E o que isso tem a ver com as ações de frigoríficos brasileiros, empresas de papel e celulose e fabricantes de motores elétricos?
Basicamente, cenários de real fraco normalmente são benéficos para as empresas de exportação. Isso porque parte das vendas dessas companhias é realizada em dólar, enquanto a maior parcela de seus custos é em moeda local.
Entenda aqui como o dólar impacta JBS (JBSS3), BRF (BRFS3), Marfrig (MRFG3) e outras empresas brasileiras do agro e bebidas.
Veja as 10 ações que mais subiram no Ibovespa no acumulado do ano:
| Empresa | Código da ação | ULT | Desempenho em 2024 |
|---|---|---|---|
| Embraer ON | EMBR3 | R$ 56,19 | 150,96% |
| BRF ON | BRFS3 | R$ 25,36 | 83,64% |
| Marfrig ON | MRFG3 | R$ 17,03 | 75,57% |
| Santos Brasil ON | STBP3 | R$ 13,13 | 65,17% |
| JBS ON | JBSS3 | R$ 36,30 | 45,72% |
| Weg ON | WEGE3 | R$ 52,77 | 45,32% |
| Cemig PN | CMIG4 | R$ 11,11 | 40,49% |
| Sabesp ON | SBSP3 | R$ 88,50 | 19,51% |
| Klabin Unit | KLBN11 | R$ 23,20 | 19,16% |
| Caixa Seguridade ON | CXSE3 | R$ 14,25 | 18,39% |
O ranking do Seu Dinheiro foi elaborado com base na carteira do Ibovespa no último dia de pregão de 2024 — 30 de dezembro — e dados disponíveis pela B3 e Investing.com.
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M.Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?
Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção
Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo
A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa e Minerva (BEEF3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações
O principal índice da bolsa brasileira acumulou valorização de 3,02% nos últimos cinco pregões e encerrou a última sessão da semana no nível inédito dos 154 mil pontos
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da Cogna (COGN3) desabaram mesmo depois de um “trimestre limpo”?
As ações passaram boa parte do dia na lanterna do Ibovespa depois do balanço do terceiro trimestre, mas analistas consideraram o resultado como positivo
Fred Trajano ‘banca’ decisão que desacelerou vendas: “Magalu nunca foi de crescer dando prejuízo, não tem quem nos salve se der errado”
A companhia divulgou os resultados do segundo trimestre ontem (6), com queda nas vendas puxada pela desaceleração intencional das vendas no marketplace; entenda a estratégia do CEO do Magazine Luiza
Fome no atacado: Fundo TRXF11 compra sete imóveis do Atacadão (CAFR31) por R$ 297 milhões e mantém apetite por crescimento
Com patrimônio de R$ 3,2 bilhões, o fundo imobiliário TRXF11 saltou de 56 para 74 imóveis em apenas dois meses, e agora abocanhou mais sete
A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489
O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.
