O rali da Embraer (EMBR3) ainda não acabou: BTG eleva preço-alvo e vê gatilhos para nova escalada de até 25% nos próximos 12 meses
Com otimismo renovado depois do balanço do 3T24, o banco manteve recomendação de compra para os ADRs e elevou o preço-alvo para US$ 47 para os próximos 12 meses

Da Faria Lima a Wall Street, a Embraer (EMBR3) ganhou a atenção dos investidores nos últimos dias diante do forte desempenho positivo das ações e de mais um resultado acima das expectativas. Na avaliação do BTG Pactual, há espaço para a fabricante de aeronaves ter mais impulso — desta vez, em céus norte-americanos.
Com otimismo renovado depois do balanço do terceiro trimestre, o banco manteve recomendação de compra para os ADRs (recibos de ações) negociados na bolsa de valores de Nova York (NYSE) sob o ticker ERJ.
- Vai ter rali de fim de ano na bolsa? “Com certeza”, aponta analista da Empiricus. Veja as 10 ações mais promissoras para investir
Os analistas revisaram para cima o preço-alvo para os papéis listados em Wall Street, de US$ 39 para US$ 47 para os próximos 12 meses.
A nova cifra prevê uma valorização potencial de 25,5% em relação ao último fechamento — ampliando os ganhos acumulados dos papéis nos EUA, que mais do que dobraram de valor no acumulado do ano.
Na bolsa brasileira, as ações EMBR3 já subiram cerca de 149% desde o início de 2024. Os papéis continuaram a “pernada” dos pregões anteriores e avançam mais de 3% nesta segunda-feira (11), cotados na casa dos R$ 55.
Embraer (EMBR3) ainda está barata
Ainda que os ADRs tenham saltado mais de 108% no mercado norte-americano desde janeiro, a Embraer ainda está barata em termos de múltiplo, afirmou o BTG.
Leia Também
Nas contas dos analistas, a fabricante de jatos brasileira é negociada a um múltiplo de 9 vezes a relação entre valor de firma e Ebitda (EV/Ebitda) para 2025, um desconto de 31% em relação aos principais pares globais de aviação, de cerca de 13,4 vezes.
“Mesmo após um sólido rali neste ano, a Embraer é negociada com um desconto de valuation de 31% em relação aos pares, o que vemos como injustificado dado seu forte desempenho em todos os segmentos (historicamente incomparável)”, disse o banco.
Uma janela de oportunidade nos próximos meses?
Para o BTG, a Embraer (EMBR3) é uma boa pedida para quem quer comprar papéis com catalisadores de curto prazo e entregas de resultados — e quem investir na empresa agora poderia vivenciar uma nova janela de oportunidade já nos próximos meses.
Se o terceiro trimestre deixou a desejar do lado das entregas mais lentas da aviação comercial, os analistas apostam que o quarto trimestre será melhor — o que deve permitir que a Embraer atinja as projeções (guidance) revisadas para o ano fiscal de 2024.
“Comprar Embraer antes do quarto trimestre provou ser uma estratégia bem-sucedida no passado”, disseram os analistas.
Ainda que retornos passados não sejam garantia de ganhos futuros, o banco projeta um forte desempenho para as ações nos próximos três meses, como ocorreu nos últimos anos.
“O quarto trimestre geralmente é um gatilho positivo para as ações, já que a maioria das entregas se concentra neste período devido às companhias aéreas se preparando para a alta temporada e incentivos fiscais, dada a curva de depreciação acelerada”, afirmou o banco.
O momento da indústria é positivo para a Embraer
A perspectiva dos analistas para a Embraer também é positiva para o próximo ano, especialmente devido ao momento atual na indústria da aviação. Na avaliação do BTG, há um ambiente favorável em todos os principais segmentos de fabricação de jatos, beneficiando a fabricante brasileira.
Enquanto o setor global de aviação continua sofrendo com a capacidade de produção restrita, a Embraer está superando a concorrência e sustentando entregas sólidas.
Segundo os analistas, a divisão de aviação comercial está colhendo os benefícios da capacidade de fabricação limitada, impulsionando a posição global da Embraer, enquanto a aviação executiva conquistou uma carteira de pedidos firmes (backlog) recorde.
Já a unidade de defesa continua focada no avanço da aeronave de carga militar KC-390, que tem se saído bem nos últimos meses em meio às campanhas comerciais.
Outro ponto que sustenta a visão otimista dos analistas é a unidade de serviços e suporte, que “está pronta para um crescimento acelerado com a nova unidade de manutenção para motores Pratt & Whitney em Portugal e uma nova unidade de serviços de manutenção, reparo e revisão no Texas”.
Vale lembrar que tanto as companhias aéreas quanto as fabricantes de jatos enfrentam problemas de fornecimento e na cadeia de suprimentos desde a pandemia, além da necessidade mais frequente de reparos nos motores de nova geração.
Enquanto as rivais sofrem…
Além disso, as duas principais rivais da Embraer, Boeing e Airbus, enfrentam problemas operacionais e de imagem.
Do lado da Boeing, foi só na semana passada que os trabalhadores encerraram uma greve que se estendeu por quase dois meses.
Segundo o BTG, a norte-americana agora deve aumentar gradualmente a produção para restaurar o fluxo de caixa, colocando a Embraer em uma posição relativamente mais forte enquanto a Boeing tenta alcançá-la.
A paralisação ampliou a pressão sobre a empresa, que enfrenta uma crise reputacional desde janeiro, quando vivenciou problemas com um de seus principais jatos.
Já a francesa Airbus cortou o guidance de entregas para 2024 em meio a fortes pressões operacionais no segundo trimestre.
Em meio ao desempenho operacional forte, a Embraer ainda conseguiu quebrar a barreira dos investidores focados em mercados emergentes ou apenas no Brasil — e alcançou um grupo totalmente novo de acionistas: os globais.
- TRUMP ELEITO, E AGORA? Saiba onde investir e entenda os possíveis desdobramentos econômicos a partir de agora
Uma ação para surfar o dólar mais forte
Há um motivo final para comprar ações ou ADRs da Embraer, segundo o BTG Pactual: a proteção na carteira de investimentos.
Aos que buscam se defender da depreciação do real, a fabricante brasileira de aeronaves também é uma das principais escolhas do banco na bolsa.
Por ser uma empresa exportadora, a Embraer consegue performar bem em cenários de dólar elevado. Afinal, atualmente em torno de 93% de suas receitas são dolarizadas, enquanto apenas 83% de seus custos são atrelados ao dólar.
É por isso que a empresa é uma opção estratégica para investir em meio à vitória de Trump nas eleições nos EUA, de acordo com os analistas.
O pior está por vir? As ações que mais apanham com as tarifas de Trump ao Brasil — e as três sobreviventes no pós-mercado da B3
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5% assim que a taxa de 50% foi anunciada pelo presidente norte-americano, enquanto o dólar para agosto renovou máxima, subindo mais de 2%
A bolsa brasileira vai negociar ouro a partir deste mês; entenda como funcionará o novo contrato
A negociação começará em 21 de julho, sob o ticker GLD, e foi projetada para ser mais acessível, inspirada no modelo dos minicontratos de dólar
Ibovespa tropeça em Galípolo e na taxação de Trump ao Brasil e cai 1,31%; dólar sobe a R$ 5,5024
Além da sinalização do presidente do BC de que a Selic deve ficar alta por mais tempo do que o esperado, houve uma piora generalizada no mercado local depois que Trump mirou nos importados brasileiros
FII PATL11 dispara na bolsa e não está sozinho; saiba o que motiva o bom humor dos cotistas com fundos do Patria
Após encher o carrinho com novos ativos, o Patria está apostando na reorganização da casa e dois FIIs entram na mira
O Ibovespa está barato? Este gestor discorda e prevê um 2025 morno; conheça as 6 ações em que ele aposta na bolsa brasileira agora
Ao Seu Dinheiro, o gestor de ações da Neo Investimentos, Matheus Tarzia, revelou as perspectivas para a bolsa brasileira e abriu as principais apostas em ações
A bolsa perdeu o medo de Trump? O que explica o comportamento dos mercados na nova onda de tarifas do republicano
O presidente norte-americano vem anunciando uma série de tarifas contra uma dezena de países e setores, mas as bolsas ao redor do mundo não reagem como em abril, quando entraram em colapso; entenda por que isso está acontecendo agora
Fundo Verde, de Stuhlberger, volta a ter posição em ações do Brasil
Em carta mensal, a gestora revelou ganhos impulsionados por posições em euro, real, criptomoedas e crédito local, enquanto sofreu perdas com petróleo
Ibovespa em disparada: estrangeiros tiveram retorno de 34,5% em 2025, no melhor desempenho desde 2016
Parte relevante da valorização em dólares da bolsa brasileira no primeiro semestre está associada à desvalorização global da moeda norte-americana
Brasil, China e Rússia respondem a Trump; Ibovespa fecha em queda de 1,26% e dólar sobe a R$ 5,4778
Presidente norte-americano voltou a falar nesta segunda-feira (7) e acusou o Brasil de promover uma caça às bruxas; entenda essa história em detalhes
Em meio ao imbróglio com o FII TRBL11, Correios firmam acordo de locação com o Bresco Logística (BRCO11); entenda como fica a operação da agência
Enquanto os Correios ganham um novo endereço, a agência ainda lida com uma queda de braço com o TRBL11, que vem se arrastando desde outubro do ano passado
De volta ao trono: Fundo imobiliário de papel é o mais recomendado de julho para surfar a alta da Selic; confira o ranking
Apesar do fim da alta dos juros já estar entrando no radar do mercado, a Selic a 15% abre espaço para o retorno de um dos maiores FIIs de papel ao pódio da série do Seu Dinheiro
Ataque hacker e criptomoedas: por que boa parte do dinheiro levado no “roubo do século” pode ter se perdido para sempre
Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro alertam: há uma boa chance de que a maior parte do dinheiro roubado nunca mais seja recuperada — e tudo por causa do lado obscuro dos ativos digitais
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), lança programa de BDRs na B3; saiba como vai funcionar
Os certificados serão negociados na bolsa brasileira com o ticker EVEB31 e equivalerão a uma ação ordinária da empresa na Bolsa de Nova York
Quem tem medo da taxação? Entenda por que especialistas seguem confiantes com fundos imobiliários mesmo com fim da isenção no radar
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, especialistas da Empiricus Research, da Kinea e da TRX debateram o que esperar para o setor imobiliário se o imposto for aprovado no Congresso
FIIs na mira: as melhores oportunidades em fundos imobiliários para investir no segundo semestre
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, do Seu Dinheiro, especialistas da Empiricus Research, Kinea e TRX revelam ao que o investidor precisa estar atento no setor imobiliário com a Selic a 15% e risco fiscal no radar
Ibovespa sobe 0,24% e bate novo recorde; dólar avança e termina dia cotado em R$ 5,4248
As bolsas norte-americanas não funcionaram nesta sexta-feira (4) por conta de um feriado, mas o exterior seguiu no radar dos investidores por conta das negociações tarifárias de Trump
Smart Fit (SMFT3) falha na série: B3 questiona queda brusca das ações; papéis se recuperam com alta de 1,73%
Na quarta-feira (2), os ativos chegaram a cair 7% e a operadora da bolsa brasileira quis entender os gatilhos para a queda; descubra também o que aconteceu
Ibovespa vale a pena, mas vá com calma: por que o UBS recomenda aumento de posição gradual em ações brasileiras
Banco suíço acredita que a bolsa brasileira tem espaço para mais valorização, mas cita um risco como limitante para alta e adota cautela
Da B3 para as telinhas: Globo fecha o capital da Eletromidia (ELMD3) e companhia deixa a bolsa brasileira
Para investidores que ainda possuem ações da companhia, ainda é possível se desfazer delas antes que seja tarde; saiba como
Os gringos investiram pesado no Brasil no primeiro semestre e B3 tem a maior entrada de capital estrangeiro desde 2022
Entre janeiro e junho deste ano, os gringos aportaram cerca de R$ 26,5 bilhões na nossa bolsa — o que impulsionou o Ibovespa no período