Renascimento cripto: bitcoin (BTC) volta a brilhar, sobe mais de 30% e é disparado o melhor investimento de janeiro; títulos do Tesouro ficam na lanterna
As medalhas de prata e bronze foram para o Ibovespa e o ouro, respectivamente; veja quais foram os melhores e piores investimentos do mês

O primeiro mês de 2023 terminou e os investidores que apostaram suas fichas em criptomoedas começaram o ano com o pé direito. Com uma disparada de mais de 30% em reais, o bitcoin (BTC) voltou a brilhar e garantiu a medalha de ouro no ranking dos melhores investimentos de janeiro.
E não faltaram motivos para que o BTC repetisse o fraco desempenho do ano anterior. O cenário macroeconômico permaneceu praticamente inalterado — com juros altos e problemas na cadeia de distribuição pressionando a retomada da atividade econômica em todo o globo —, a guerra na Ucrânia segue sem resolução e surtos pontuais de covid-19 pelo mundo fecham o cardápio indigesto.
Pois é, nem tudo isso impediu a disparada da maior criptomoeda do mundo. Na outra ponta, quem perdeu espaço foram os investimentos em títulos do Tesouro — mesmo com o lançamento de uma “aposentadoria em renda fixa”, o RendA+, no fim do mês.
Confira o ranking completo:
Os melhores investimentos de janeiro
Investimento | Rentabilidade no mês/no ano |
Bitcoin | 34,41% |
Ibovespa | 3,37% |
Ouro | 2,65% |
Tesouro IPCA+ 2026 | 1,64% |
Tesouro Selic 2027 | 1,19% |
Tesouro Prefixado 2025 | 1,19% |
Tesouro Selic 2025 | 1,18% |
CDI* | 1,12% |
Poupança antiga** | 0,74% |
Poupança nova** | 0,74% |
Tesouro Prefixado 2029 | 0,74% |
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2032 | 0,40% |
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2033 | -0,39% |
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2040 | -1,48% |
Índice de Debêntures Anbima Geral (IDA - Geral)* | -1,73% |
IFIX | -1,81% |
Tesouro IPCA+ 2035 | -2,10% |
Dólar PTAX | -2,26% |
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2055 | -2,33% |
Dólar à vista | -3,85% |
Índice de Debêntures Anbima - IPCA (IDA - IPCA)* | -3,94% |
Tesouro IPCA+ 2045 | -6,49% |
(**) Poupança com aniversário no dia 27.
Todos os desempenhos estão cotados em real. A rentabilidade dos títulos públicos considera o preço de compra na manhã da data inicial e o preço de venda na manhã da data final, conforme cálculo do Tesouro Direto.
Fontes: Banco Central, Anbima, Tesouro Direto, Broadcast e Coinbase, Inc..
Bitcoin: o ouro digital volta a brilhar
A retomada dos preços do mercado cripto não tem um único motivo. Desde o final do ano passado, os analistas enxergavam uma forte atividade na rede (blockchain) das principais moedas do mundo.
A frase que estava na boca da grande maioria dos analistas é: “os preços não refletem os fundamentos”. Assim, no início de 2023, começou uma escalada das cotações.
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Pouco a pouco, o bitcoin foi ganhando terreno e chegou a tocar as máximas do mês em R$ 121.513,86 (US$ 23.970, aproximadamente).
Títulos do Tesouro: repetindo o final de 2022
As preocupações com o futuro da economia brasileira voltaram a pressionar os títulos do Tesouro, especialmente os atrelados ao IPCA e de longo prazo. E os motivos são os mesmos do ano passado.
Recapitulando: esses papéis são os mais voláteis entre os títulos públicos e sofrem quando os juros futuros longos disparam — o que ocorre quando o mercado passa a ver um risco fiscal aumentado.
E o que não faltam são motivos para preocupação
Além dos efeitos dos sucessivos furos no teto de gastos da gestão anterior de Jair Bolsonaro, o novo governo não demonstrou uma preocupação com uma redução das despesas públicas na visão do mercado.
A mudança da regra do teto de gastos para uma “nova âncora fiscal” vem sendo debatida desde o primeiro dia de governo — vale destacar aqui a série de reportagens especiais do Diário dos 100 Dias feitas pelo Seu Dinheiro —, mas pouca coisa saiu do papel até agora.
O que se sabe até o momento é que o presidente Lula tem sido um grande crítico da atual regra fiscal — o que abre margem para uma preocupação maior do mercado em relação aos gastos públicos e, consequentemente, penalização dos papéis de longo prazo.
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