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Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney. Twitter: @Renan_SanSousa
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Onde investir em 2023: Após ano difícil para o bitcoin (BTC), analistas enxergam oportunidades em DeFis e outras criptomoedas ‘não convencionais’

O cardápio de opções aumenta um pouco mais para o ano que se inicia: com a disparada do bitcoin, outros tokens (criptomoedas) devem se beneficiar também

Renan Sousa
Renan Sousa
4 de janeiro de 2023
6:40 - atualizado às 17:35
Onde investir em 2023 - Bitcoin e Criptomoedas
Imagem: Freepik / Montagem Brenda Silva

Mais um ano se passou, e os investidores recolhem os louros — ou cacos — dos seus investimentos. E, para quem estava posicionado em criptomoedas, o saldo pode não ter sido dos melhores: o mercado como um todo, afinal, sofreu praticamente por todos os últimos 12 meses.

As cotações da maior criptomoeda do mundo, o bitcoin (BTC), caíram 63% em 2022. Nas máximas do ano, a moeda digital atingiu os US$ 48.205; nas mínimas, tocou os US$ 15.521. 

Mas, como dizem: ano novo, vida nova. Analistas do mercado estão com o sentimento de que “o pior já passou” no mercado cripto e aumentam as apostas para 2023.

Quem acompanhou o último especial Onde Investir no 2º Semestre de 2022, pode ter saído um pouco decepcionado — as indicações de criptomoedas não saíram muito dos óbvios bitcoin e ethereum (ETH).

No entanto, para os próximos 365 dias, o cardápio de opções aumenta um pouco mais. Existe uma expectativa de disparada dos preços do bitcoin — o que, por consequência, também estimula a alta de outros tokens (criptomoedas). 

Confira a seguir as indicações dos especialistas para 2023:

Nome (ticker)TipoCotação atualValor de mercado
Bitcoin (BTC)MoedaUS$ 16.751,07US$ 322,24 bilhões
Ethereum (ETH)InfraestruturaUS$ 1.184US$ 142,81 bilhões
Polygon (MATIC)InfraestruturaUS$ 0,758US$ 7,16 bilhões
Solana (SOL)InfraestruturaUS$ 12,32US$ 4,52 bilhões
UniSwap (UNI)DeFiUS$ 5,33US$ 4,02 bilhões
Avalanche (AVAX)InfraestruturaUS$ 12,00US$ 3,74 bilhões
Chainlink (LINK)OráculoUS$ 6,01US$ 2,96 bilhões
Cosmos (ATOM)InfraestruturaUS$ 8,92US$ 2,61 bilhões
GMX (GMX)DeFiUS$ 45,46US$ 8,44 milhões
Fontes: CryptoRank e Coin Market Cap

Ainda existem outros setores que empolgam com cautela os analistas, como o de tokens não fungíveis (NFTs), Metaverso, Web 3.0 e sistemas de armazenamento do tipo IPFS (InterPlanetary File System, ou sistemas de armazenamento interplanetário, numa tradução livre).

Mas esses projetos não têm criptomoedas específicas no momento — e as razões para isto você confere a seguir.

Esta matéria faz parte de uma série especial do Seu Dinheiro sobre onde investir no primeiro semestre de 2023. Eis a lista completa:

O inverno das criptomoedas

Antes de dizer o que esperar de 2023, é preciso colocar na mesa o que manteve bons projetos extremamente descontados ao longo de 2022. Ainda que alguns motivos permaneçam, a ausência de outros injeta otimismo no mercado. 

O ano começou com a expectativa de aumento dos juros nos EUA. O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) tinha a difícil missão de controlar a inflação galopante e manter o desemprego baixo.

Assim, as taxas saíram da faixa de 0% a 0,75% para 4,25% a 4,50% ao ano. Ao mesmo tempo, o cenário macroeconômico não ajudou os ativos de risco. A partir daí, o Longo Inverno Cripto apenas se alongou com os eventos que se sucederam. Relembre aqui alguns:

Todos esses eventos fizeram o valor global das criptomoedas cair mais de 60% desde o início de 2022. O dreno total chegou a US$ 1,2 trilhão nos últimos 12 meses.

Preferências dos analistas

Vale ressaltar que criptomoedas alternativas ao bitcoin e ao ethereum — as chamadas altcoins — tendem a ter uma volatilidade maior. Portanto, é preciso ressaltar que o retorno é proporcional ao risco e que as perdas podem ser substanciais. 

Dito isto, para os especialistas consultados pela reportagem, o inverno cripto “limpou” o mercado de projetos pouco promissores ou que tinham uma má gestão de recursos.

Assim, boa parte dos protocolos que sobreviveram estão relacionados à infraestrutura da tecnologia blockchain, os chamados layer 2 (L2, ou de segunda camada). 

Esses são projetos criados para solucionar algum dos três problemas principais que existem em todas as blockchains: escalabilidade, segurança e descentralização. 

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“Posições de L2 mais maduras também podem ser uma boa aposta, como Polygon (MATIC). Os outros projetos, como Arbitrum, Optimism (OP) e ZkSync e Starkware, podem acabar se beneficiando também, mas mais por especulação, já que seus tokenomics [“economia do token”, termo técnico para avaliar como aquele protocolo se sustenta financeiramente] ainda não são tão atrativos assim”, define Rafael Castaneda, analista de blockchain e criptomoedas da Mercurius Research.

As criptomoedas queridinhas dos analistas

O segmento de L2 ainda conta com projetos conhecidos, como o ethereum, a segunda maior criptomoeda do mundo. Em 2023, novas atualizações devem animar as cotações com a implementação do sharding da rede. Os detalhes você confere aqui.

Já as ethereum killers Solana (SOL) e Polkadot (DOT) também empolgam. Apesar de não serem mais consideradas as moedas com potencial para substituir o ETH, os protocolos cresceram em número de usuários e criação de projetos em suas blockchains. Com uma melhora geral do mercado, os tokens têm grande potencial. 

Fechando a lista com uma cripto não tão conhecida, o protocolo Cosmos (ATOM) introduz o conceito de multichain. Em resumo, ela pretende ser a via que conecta várias blockchains e protocolos, de maneira mais rápida e segura do que as pontes (bridges)

DeFis: da queda ao topo (?)

Outro setor que também empolga é o de finanças descentralizadas (DeFi). Apesar da queda de mais de 90% no valor estocado em contratos do gênero (Total Value Locked, ou TVL), os que sobreviveram ao inverno saíram mais resilientes, e os analistas enxergam um acúmulo de recursos nesse segmento no médio prazo.

O destaque especial vai para o protocolo GMX (GMX), citado por praticamente todos os analistas. Grosso modo, o protocolo de exchange descentralizada (DEX, na sigla em inglês) serve para negociação de contratos de DeFi.

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Em um relatório publicado pela equipe de research de criptomoedas da Empiricus, Vinicius Bazan, chefe da divisão, e o analista Paulo Camargo destacam que a geração de receitas desse protocolo é extremamente consistente, dando margem para um crescimento sustentável e inclusão de novos mecanismos de fluxo de caixa, como o staking, por exemplo.

Como consequência, a valorização do token GMX também está na perspectiva dos analistas. 

Por último, o protocolo Uniswap (UNI) — tido como um dos primeiros a implementar o sistema que criou as DEX e trocas (swaps) automáticas — também foi um dos que “sobreviveram”. Para o futuro, o protocolo deve estabelecer um sistema de fee switch, que pode fazer o protocolo gerar receita líquida para sustentar a DAO que organiza o projeto

Gerenciamento e manuseio de dados

Esse é o mesmo motivo pelo qual sistemas de armazenamento de informação do tipo IPFS (InterPlanetary File System) também estão entre os destaques dos analistas.

Em linhas gerais, a tecnologia IPFS é uma maneira eficiente e descentralizada de gerenciamento e armazenamento de dados online.

O modelo foi emprestado do universo da web 2.0, mas refinado com a entrada da blockchain no mundo digital, permitindo uma maior segurança e análises de informações com maior transparência, sem a necessidade de um ente centralizador e controlador desses dados.

NFTs, Metaverso e Web 3.0 na geladeira

Assim como protocolos relacionados a IPFS, projetos em NFT ou relacionados ao metaverso e à web 3.0 ainda são deixados “de lado” pelos analistas. 

Isso porque ainda existe um número muito grande de projetos que surfaram a onda do bull market de 2021. Mas são protocolos que não desenvolveram uma tokenomics suficientemente clara ou razoável, na visão dos analistas.

Ou seja, ainda é preciso passar um “pente fino” no mercado para separar bons e maus protocolos e fazer as recomendações.

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À exceção do Metaverso e da Web 3.0, existem aqueles que defendem a tese de que os NFTs ainda têm chances de se provarem bons investimentos, como explica André Franco, chefe de research do Mercado Bitcoin (MB).

“Nós tivemos apenas o primeiro round dessa tese. Foi o mesmo que aconteceu com o boom dos ICOs [oferta inicial de tokens, o mesmo que IPO no universo das criptomoedas] em 2017 e depois muitos foram a zero. Depois de uma queda de 95% nos projetos, ainda existem aqueles 5% de NFTs que tem alguma utilidade”, diz.

Nem tudo foi tragédia

Para o CIO da gestora de ativos digitais QR Asset, Alexandre Ludolf, o período foi marcado por pressões nas cotações, mas a tecnologia em si não “falhou” durante o ano.

“O mercado conseguiu fazer o The Merge do ethereum e ainda foram criados novos projetos no último ano, então o blockchain se provou muito resiliente nesse período”, comenta.

Quem engrossa o coro a favor de um otimismo para 2023 é Vinícius Bazan, da Empiricus.

“Projetos como ethereum, polkadot e polygon foram povoados com novas tecnologias, como foi o caso dos zk rollups", diz, em referência à tecnologia que permite a escalabilidade (crescimento) com aumento de velocidade das transações em uma blockchain.

Leis de criptomoedas avançam em todo mundo

Ainda existem outros eventos que estimulam o otimismo no mercado de criptomoedas. O Brasil aprovou o primeiro marco legal dos ativos digitais no final de 2022, o que animou o setor como um todo.

Grandes grupos e países, como a União Europeia e os Estados Unidos, também avançam nos debates sobre o mercado de ativos digitais — especialmente após a falência da FTX, os legisladores se viram diante da necessidade de regular o setor.

A inclusão das criptomoedas no universo regulado dá margem para a entrada de investidores e usuários, o que tende a se refletir nas cotações à vista dos tokens.

Uma nova dinâmica das criptomoedas?

Por fim, o preço do bitcoin oscilava cada vez menos a cada nova crise. Dados on-chain da rede da maior criptomoeda do mundo mostram que a atividade da rede vem aumentando, ainda que isso não reflita ainda no preço à vista.

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Outras métricas, como criação de wallets e comportamento do usuário, também chamaram a atenção em 2022.

Em outras palavras, o BTC se recuperava ou mantinha uma estabilidade de preços com mais facilidade após cada baque do setor.

Isso sustenta a tese de que a maior criptomoeda do mundo pode ter formado um piso mais bem definido, o que permite estimativas de preço e reações mais precisas. A volatilidade dessa classe de ativos, porém, não deve sumir tão cedo — alguns analistas acreditam que o sobe e desce será permanente, já que é inerente à própria dinâmica das moedas digitais.

Como última dica para 2023, vale lembrar que o setor de criptomoedas é altamente arriscado e o investidor não deve se expor desnecessariamente aos perigos deste universo. Os especialistas recomendam alocar uma parcela de no máximo 5% do seu portfólio em ativos digitais.

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