É o fim dos calotes? Gramado Parks renegocia mais de R$ 1 bilhão em CRIs que têm HCTR11 e outros fundos imobiliários como credores
A Fortesec afirma ter realizado assembleias com os credores de seis CRIs ligados à companhia e que somam mais de R$ 1 bilhão em saldo devedor
Quem acompanha de perto o mercado de fundos imobiliários sabe a tensão que o nome Gramado Parks gerou nos investidores nos últimos meses. O grupo de turismo, hotelaria e multipropriedades é devedor de diversos títulos de crédito inadimplentes e presentes em portfólios de FIIs com milhares de investidores na B3.
Mas esse nome pode deixar de ser uma fonte de arrepios em breve: a Forte Securitizadora, emissora dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) que têm a Gramado Parks como credora, renegociou as condições de 90,8% dos títulos que apresentavam problemas no pagamento.
Segundo a companhia, as assembleias foram realizadas na semana passada com os credores de seis CRIs ligados à companhia e que somam mais de R$ 1 bilhão em saldo devedor: Brasil Parques, GPK, GPK II, Termas Resort, GVI e Gramado BV.
"Apenas a assembleia do CRI Termas Resort, representativo de 4,3% da dívida do grupo, não teve a proposta aprovada na íntegra", informou a Fortesec em comunicado ao qual o Seu Dinheiro teve acesso.
Fundos imobiliários credores da Gramado Parks
As renegociações com a Gramado Parks incluíram novos cronogramas de repasse, carência de pagamento de principal e juros e novas regras para funcionamentos e recomposição dos fundos de juros ou de reserva das operações dos CRIs.
O impacto da renegociação nos fundos imobiliários que investiram nos papéis da Gramado Parks vai depender dos papéis aos quais estão expostos. Isso porque cada CRI teve um acordo diferente com relação a prazos de pagamento e taxa de juros.
Leia Também
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Veja os valores negociados abaixo:

Entre os fundos imobiliários com exposição à dívida da Gramado Parks estão ativos que fazem parte do mesmo grupo econômico que a Fortesec: Devant Recebíveis Imobiliários (DEVA11), Hectare CE (HCTR11), Tordesilhas EI (TORD11) e Versalhes Recebíveis Imobiliários (VSLH11).
“A Fortesec acompanha de perto a saúde financeira dos ativos com os quais trabalha, sempre com o objetivo de ajudar nos momentos de maior volatilidade. É preciso resiliência e determinação para evitar a execução das garantias, porque o prazo de pagamento pela via judicial, costuma ser muito mais longo”, afirma, em nota, Juliana Mello, sócia-diretora da securitizadora.
A Gramado Parks deixou de fazer os pagamentos de juros e amortizações dos títulos em março deste ano. Além disso, três das holdings do grupo entraram em recuperação judicial no mês seguinte.
VEJA TAMBÉM: Dividendos do HCTR11: por que não devemos olhar apenas para os proventos dos fundos imobiliários?
Gestora do FII DEVA11 ameaçou acionar Justiça contra Fortesec
Vale destacar que as renegociações ocorreram pouco menos de um mês após a Fortesec virar alvo de um ultimato de uma das gestoras dos FIIs que investem nos CRIs da Gramado Parks.
A Devant, responsável pelo fundo DEVA11, informou aos cotistas em setembro que enfrentava problemas de comunicação e transparência com a securitizadora.
A gestora contou que trabalhava desde março para tentar sanar os problemas, requisitando mais informações e também por meio da concessão de waivers para os ativos, “desde que devidamente justificados”.
“Contudo, fato é que temos encontrado bastante dificuldade nesse processo, não nos tendo sido oferecidas informações minimamente adequadas e transparentes.”, declarou e empresa na época.
Já Fortesec disse, em nota enviada ao Seu Dinheiro na ocasião, que mantinha um canal de comunicação permanentemente aberto com todos os seus parceiros de negócios.
Empresa e gestora fazem parte do mesmo grupo econômico
Vale destacar que a Devant e a Forte Securitizadora também estão inseridas dentro de um mesmo grupo econômico.
Ambas fazem parte do portfólio RTSC, uma holding que investe em diversas empresas financeiras — incluindo gestoras de outros FIIs afetados pela inadimplência da Gramado Parks, como a Hectare e RCAP Asset.
Além disso, a própria empresa inadimplente também é ligada ao grupo por meio do FII Serra Verde (SRVD11), que é seu acionista e é gerido pela RCAP.
A base de investidores do SRVD11 inclui outros dois fundos imobiliários geridos por empresas da RTSC, o HCTR11 e o TORD11.
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção
No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa
Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767
Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros
Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira
Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana
Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana
JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho
Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos
A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”
Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso
A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão
Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA
Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje
O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores
A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
