A Americanas (AMER3) pode ser despejada de shoppings se não pagar o aluguel? Essa gestora de fundos imobiliários diz que sim
A Hedge informa que encontrou precedentes jurídicos para ameaçar uma desocupação forçada das lojas Americanas em seus shoppings

A Americanas (AMER3) buscou blindar-se de todas as formas enquanto arruma a casa após a descoberta de um rombo contábil bilionário. Além da recuperação judicial, que a protege contra execuções de dívida, a varejista também obteve, no início do mês, uma liminar para evitar despejos em imóveis ocupados por suas lojas.
No entanto, todas essas medidas podem não ser suficientes para garantir a permanência das lojas da companhia em shoppings que têm fundos imobiliários como proprietários. Pelo menos essa é a visão da Hedge Investments, responsável pela gestão de R$ 6 bilhões em fundos imobiliários (FIIs).
Caso a Americanas deixe de pagar o aluguel, os shoppings sob o guarda-chuva da gestora poderão "ingressar com ações de despejo e execução".
Vale destacar que a Hedge refere-se à inadimplência de obrigações financeiras apuradas após o início da recuperação judicial.
Isso porque todos os débitos anteriores ao processo serão discutidos dentro da RJ, e a Americanas já alertou que os aluguéis devidos até a data do deferimento do pedido, em 19 de janeiro, não serão depositados.
A Hedge espera receber os aluguéis, condomínio e fundo de promoção, entre outras despesas, das competências posteriores ao socorro judicial. Mas avisa que a possibilidade de desocupação forçada pode entrar em cena caso esses pagamentos não sejam honrados.
Leia Também
Precedentes favorecem despejo da Americanas (AMER3) dos shoppings
A sombra da ação de despejo não é apenas uma ameaça vazia: a gestora diz que encontrou precedentes para apoiar a declaração. De acordo com os relatórios dos FIIs, a legislação reconhece que a RJ em curso não impede a retomada de posse em alguns casos.
Os shoppings da Hedge poderiam pedir a aplicação da Lei 11.101/2005, por exemplo, que prevê que os contratos que versam sobre imóveis, direitos de propriedade, entre outros, não se sujeitam aos efeitos da recuperação judicial.
"Caso a empresa seja incapaz de sustentar as despesas correntes necessárias à sua operação, demonstrará claramente não ter condições de se sustentar operacionalmente, o que, por consequência, colocaria em xeque a expectativa de
sua recuperação", acrescenta a gestora.
- Por que estamos no momento ideal para poder ganhar dinheiro com dividendos? O Seu Dinheiro preparou 3 aulas exclusivas para te ensinar como buscar renda extra com as melhores ações pagadoras da Bolsa. [ACESSE AQUI GRATUITAMENTE]
Quanto a Americanas deve para os shoppings da Hedge?
Segundo a lista de credores oficial divulgada pela Americanas, a companhia acumula débitos de mais de R$ 11 milhões com diversos shoppings brasileiros.
Alguns desses estabelecimentos comerciais fazem parte do portfólio da Hedge. O fundo imobiliário Hedge Shopping Parque Dom Pedro (HPDP11), por exemplo, aparece na lista com uma dívida de R$ 737 mil a receber.
O FII informa, porém, que encontrou uma inconsistência em relação ao débito declarado pela companhia. De acordo com o administrador do shopping, a locatária "encontra-se adimplente com as suas obrigações".
Além do HPDP11, outros quatro fundos administrados pela Hedge explicaram ao mercado como está sua situação com a Americanas e reforçaram que poderão seguir a via do despejo em caso de inadimplencência.
Entre eles, quem forneceu mais detalhes sobre a relação comercial com a varejista foi o Hedge Brasil Shopping (HGBS11). Um dos maiores fundos imobiliários de shopping do Brasil em termos de patrimônio líquido, o FII revelou que a companhia está presente em 14 de seus 17 ativos.
Considerando os boletos inadimplentes até 19 de janeiro e a participação do HGBS11 nos empreendimentos, o impacto atual é de R$ 0,06 por cota para o fundo. Já considerando-se a análise da competência de janeiro deste ano, cujos boletos ainda não foram faturados, o montante sobe para R$ 1,20 por cota.
Vale destacar que, como parte do período de apuração das dívidas é anterior a 19 de janeiro, o FII espera que uma fatia dessa segunda leva de débitos também seja negociada dentro do processo de recuperação judicial.
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor
Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação
Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas
Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata
Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno
Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda
Bolsa ainda está barata, mas nem tanto — e gringos se animam sem pôr a ‘mão no fogo’: a visão dos gestores sobre o mercado brasileiro
Pesquisa da Empiricus mostra que o otimismo dos gestores com a bolsa brasileira segue firme, mas perdeu força — e o investidor estrangeiro ainda não vem em peso
Bitcoin (BTC) recupera os US$ 114 mil após ‘flash crash’ do mercado com Donald Trump. O que mexe com as criptomoedas hoje?
A maior criptomoeda do mundo voltou a subir nesta manhã, impulsionando a performance de outros ativos digitais; entenda a movimentação
Bolsa fecha terceira semana no vermelho, com perdas de 2,44%; veja os papéis que mais caíram e os que mais subiram
Para Bruna Sene, analista de renda variável na Rico, “a tão esperada correção do Ibovespa chegou” após uma sequência de recordes históricos
Dólar avança mais de 3% na semana e volta ao patamar de R$ 5,50, em meio a aversão ao risco
A preocupação com uma escalada populista do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez o real apresentar de longe o pior desempenho entre divisas emergentes e de países exportadores de commodities
Dólar destoa do movimento externo, sobe mais de 2% e fecha em R$ 5,50; entenda o que está por trás
Na máxima do dia, divisa chegou a encostar nos R$ 5,52, mas se desvalorizou ante outras moedas fortes
FII RBVA11 avança na diversificação e troca Santander por nova locatária; entenda a movimentação
O FII nasceu como um fundo imobiliário 100% de agências bancárias, mas vem focando na sua nova meta de diversificação
O mercado de ações dos EUA vive uma bolha especulativa? CEO do banco JP Morgan diz que sim
Jamie Dimon afirma que muitas pessoas perderão dinheiro investindo no setor de inteligência artificial
O que fez a Ambipar (AMBP3) saltar mais de 30% hoje — e por que você não deveria se animar tanto com isso
As ações AMBP3 protagonizam a lista de maiores altas da B3 desde o início do pregão, mas o motivo não é tão inspirador assim
Ação do Assaí (ASAI3) ainda está barata mesmo após pernada em 2025? BB-BI revela se é hora de comprar
Os analistas do banco decidiram elevar o preço-alvo das ações ASAI3 para R$ 14 por ação; saiba o que fazer com os papéis
O que esperar dos mercados em 2026: juros, eleições e outros pilares vão mexer com o bolso do investidor nos próximos meses, aponta economista-chefe da Lifetime
Enquanto o cenário global se estabiliza em ritmo lento, o país surge como refúgio — mas só se esses dois fatores não saírem do trilho
Tempestade à vista para a Bolsa e o dólar: entenda o risco eleitoral que o mercado ignora
Os meses finais do ano devem marcar uma virada no tempo nos mercados, segundo Ricardo Campos, CEO e CIO da Reach Capital
FII BMLC11 leva calote da Ambipar (AMBP3) — e investidores vão sentir os impactos no bolso; cotas caem na B3
A Ambipar enfrenta uma onda de desconfiança no mercado, e a crise atinge em cheio os dividendos do FII
Ouro ultrapassa o nível de US$ 4 mil pela primeira vez por causa de incertezas no cenário global; o metal vai conseguir subir mais?
Shutdown nos EUA e crise na França levam ouro a bater recorde histórico de preço
Fundos de ações e multimercados entregam 21% de retorno no ano, mas investidores ficam nos 11% da renda fixa, diz Anbima
Mesmo com rentabilidade inferior, segurança da renda fixa mantém investidores estagnados, com saídas ainda bilionárias das estratégias de risco
MXRF11 mira captação recorde com nova emissão de até R$ 1,25 bilhão
Com uma base de 1,32 milhão de cotistas e patrimônio líquido de mais de R$ 4 bilhões, o FII mira sua maior emissão
O que foi tão ruim na prévia operacional da MRV (MRVE3) para as ações estarem desabando?
Com repasses travados na Caixa e lançamentos fracos, MRV&Co (MRVE3) decepciona no terceiro trimestre