Os melhores investimentos de 2022: Perdeu, bitcoin (BTC)! Renda fixa volta a brilhar e Tesouro Selic é ativo mais rentável do ano
Ainda que o Banco Central brasileiro tenha encerrado o ciclo de alta da Selic, o patamar elevado dos juros e grande instabilidade no cenário macroeconômico favoreceram ativos mais conservadores

Investir em ano de eleição é tradicionalmente uma tarefa complicada — mas 2022 conseguiu colocar ainda mais elementos complicadores na mesa.
Ainda no início do ano, uma guerra em solo europeu, envolvendo uma das principais potências militares do mundo, estremeceu o comércio de commodities energéticas e grãos. Em resposta ao legado do coronavírus, os principais bancos centrais do mundo viram os seus indicadores de inflação superarem em muito a meta, levando os juros para patamares bem mais elevados que o projetado.
Na China, as projeções de recuperação econômica foram frustradas pelo apego local às medidas restritivas para conter o coronavírus, deixando a segunda maior economia do mundo em um constante estado de semi-lockdown.
E, por fim, claro, o fator político. Pode até ter demorado para que as eleições presidenciais refletissem na bolsa e nos demais ativos locais, mas as incertezas com relação aos gastos do novo governo pressionaram a bolsa de valores e levaram os juros futuros mais uma vez para patamares elevados.
Diante de um cenário tão turbulento, os melhores investimentos do ano acabaram sendo aqueles mais conservadores — aproveitando a taxa básica de juros estável em 13,75% ao ano.
Mas o dólar, tradicional ativo de proteção de carteiras, não foi o mais beneficiado desse movimento. Enquanto a moeda americana sofreu com os sinais de desaquecimento da economia americana, alguns títulos do Tesouro brasileiro acabaram se destacando.
Leia Também
O CDI também foi um dos destaques, o que também fez com que as debêntures tivessem um lugar no pódio de 2022, já que se tratam de papéis de renda fixa que representam títulos de dívidas de empresas — beneficiadas pela inflação e juros altos, além de terem costumeiramente a sua remuneração atrelada ao CDI.
A bolsa brasileira, penalizada pelo cenário macroeconômico desfavorável, fechou o ano com ganhos, mas acabou perdendo para a inflação e também para a poupança.
Confira a lista dos melhores investimentos de 2022. Para conferir os piores ativos do ano, você pode clicar aqui.
Investimento | Rentabilidade no ano |
Tesouro Selic 2027 | 12,95% |
Tesouro Selic 2025 | 12,76% |
CDI* | 11,49% |
Índice de Debêntures Anbima Geral (IDA - Geral)* | 10,58% |
Poupança antiga** | 7,25% |
Poupança nova** | 7,25% |
Tesouro Prefixado 2025 | 6,74% |
Tesouro IPCA+ 2026 | 6,61% |
IPCA*** | 5,62% |
Índice de Debêntures Anbima - IPCA (IDA - IPCA)* | 5,16% |
Ibovespa | 4,69% |
IFIX | 2,22% |
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2040 | 1,61% |
(*) Até dia 29/12. (**) Poupança com aniversário no dia 28. (***) Segundo projeção do Boletim Focus do Banco Central de 30/12/2022
Todos os desempenhos estão cotados em real. A rentabilidade dos títulos públicos considera o preço de compra na manhã da data inicial e o preço de venda na manhã da data final, conforme cálculo do Tesouro Direto.
Fontes: Banco Central, Anbima, Tesouro Direto, Broadcast e Coinbase, Inc..
Tesouro Selic brilhou
Com o rendimento atrelado ao comportamento da Selic, os títulos públicos Tesouro Selic foram os ativos com o melhor rendimento no ano. Com a perspectiva de que a taxa básica de juros se mantenha estável por mais algum tempo, 2023 deve continuar sendo atrativo para a renda fixa.
No Brasil, o ciclo de aperto monetário se encerrou, e o Banco Central agora espera os efeitos das medidas na inflação, ao contrário do que acontece no restante do mundo desenvolvido. Nos Estados Unidos e Europa, os investidores ainda não sabem qual será o teto do ajuste promovido pelos BCs - o que pode segurar os juros brasileiros em um patamar mais elevado por mais tempo.
Com o pé na pista e o olho no céu: Itaú BBA acredita que esses dois gatilhos vão impulsionar ainda mais a Embraer (EMBR3)
Após correção nas ações desde as máximas de março, a fabricante brasileira de aviões está oferecendo uma relação risco/retorno mais equilibrada, segundo o banco
Ações, ETFs e derivativos devem ficar sujeitos a alíquota única de IR de 17,5%, e pagamento será trimestral; veja todas as mudanças
Mudanças fazem parte da MP que altera a tributação de investimentos financeiros, publicada ontem pelo governo; veja como ficam as regras
Banco do Brasil (BBAS3) supera o Itaú (ITUB4) na B3 pela primeira vez em 2025 — mas não do jeito que o investidor gostaria
Em uma movimentação inédita neste ano, o BB ultrapassou o Itaú e a Vale em volume negociado na B3
Adeus, dividendos isentos? Fundos imobiliários e fiagros devem passar a ser tributados; veja novas regras
O governo divulgou Medida Provisória que tira a isenção dos dividendos de FIIs e Fiagros, e o investidor vai precisar ficar atento às regras e aos impactos no bolso
Fim da tabela regressiva: CDBs, Tesouro Direto e fundos devem passar a ser tributados por alíquota única de 17,5%; veja regras do novo imposto
Governo publicou Medida Provisória que visa a compensar a perda de arrecadação com o recuo do aumento do IOF. Texto muda premissas importantes dos impostos de investimentos e terá impacto no bolso dos investidores
Gol troca dívida por ação e muda até os tickers na B3 — entenda o plano da companhia aérea depois do Chapter 11
Mudança da companhia aérea vem na esteira da campanha de aumento de capital, aprovado no plano de saída da recuperação judicial
Petrobras (PETR4) não é a única na berlinda: BofA também corta recomendação para a bolsa brasileira — mas revela oportunidade em uma ação da B3
O BofA reduziu a recomendação para a bolsa brasileira, de “overweight” para “market weight” (neutra). E agora, o que fazer com a carteira de investimentos?
Cemig (CMIG4), Rumo (RAIL3), Allos (ALOS3) e Rede D’Or (RDOR3) pagam quase R$ 4 bilhões em dividendos e JCP; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da Cemig, cujos proventos são referentes ao exercício de 2024; confira o calendário de todos os pagamentos
Fundo Verde: Stuhlberger segue zerado em ações do Brasil e não captura ganhos com bolsa dos EUA por “subestimar governo Trump”
Em carta mensal, gestora criticou movimentação do governo sobre o IOF e afirmou ter se surpreendido com recuo rápido do governo norte-americano em relação às tarifas de importação
Santander Renda de Aluguéis (SARE11) está de saída da B3: cotistas aprovam a venda do portfólio, e cotas sobem na bolsa hoje
Os investidores aceitaram a proposta do BTG Pactual Logística (BTLG11) e, com a venda dos ativos, também aprovaram a liquidação do FII
Fundo imobiliário do segmento de shoppings vai pagar mais de R$ 23 milhões aos cotistas — e quem não tem o FII na carteira ainda tem chance de receber
A distribuição de dividendos é referente a venda de um shopping localizado no Tocantins. A operação foi feita em 2023
Meu medo de aviões: quando o problema está na bolsa, não no céu
Tenho brevê desde os 18 e já fiz pouso forçado em plena avenida — mas estou fora de investir em ações de companhias aéreas
Bank of America tem uma ação favorita no setor elétrico, com potencial de alta de 23%
A companhia elétrica ganhou um novo preço-alvo, que reflete as previsões macroeconômicas do Brasil e desempenho acima do esperado
Sem dividendos para o Banco do Brasil? Itaú BBA mantém recomendação, mas corta preço-alvo das ações BBSA3
Banco estatal tem passado por revisões de analistas depois de apresentar resultados ruins no primeiro trimestre do ano e agora paga o preço
Santander aumenta preço-alvo de ação que já subiu mais de 120% no ano, mas que ainda pode se valorizar e pagar dividendos
De acordo com analistas do banco, essa empresa do ramo da construção civil tem uma posição forte, sendo negociada com um preço barato mesmo com lucros crescendo em 24%
Dividendos e recompras: por que esta empresa do ramo dos seguros é uma potencial “vaca leiteira” atraente, na opinião do BTG
Com um fluxo de caixa forte e perspectiva de se manter assim no médio prazo, esta corretora de seguros é bem avaliada pelo BTG
“Caixa de Pandora tributária”: governo quer elevar Imposto de Renda sobre JCP para 20% e aumentar CSLL. Como isso vai pesar no bolso do investidor?
Governo propõe aumento no Imposto de Renda sobre JCP e mudanças na CSLL; saiba como essas alterações podem afetar seus investimentos
FIIs e fiagros voltam a entrar na mira do Leão: governo quer tirar a isenção de IR e tributar rendimentos em 5%; entenda
De acordo com fontes ouvidas pelo Valor Econômico, a tributação de rendimentos de FIIs e fiagros, hoje isentos, entra no pacote de medidas alternativas ao aumento do IOF
UBS BB considera que essa ação entrou nos anos dourados com tarifas de Trump como um “divisor de águas”
Importações desse segmento já estão sentindo o peso da guerra comercial — uma boa notícia para essa empresa que tem forte presença no mercado dos EUA
Maior fundo imobiliário de renda urbana da B3 vende imóvel locado pelo Insper por R$ 170 milhões; veja o que muda para os cotistas
O FII anunciou nesta segunda-feira (9) que firmou um acordo para a venda total do edifício localizado na Rua Quatá, em São Paulo