Piores investimentos de 2022: bitcoin (BTC) perde 66% do valor, título atrelado ao IPCA dá prejuízo e dólar perde a majestade no ano; veja ranking
Alta de juros pressionou criptomoedas e Tesouro IPCA+, mas dólar conseguiu e fortalecer ante o real. Confira o ranking completo

Os últimos 365 dias foram turbulentos para os investidores. Desde a guerra inesperada na Europa até os juros mais elevados em todo planeta, quase não houve momentos de respiro. No ranking dos que saíram mais chamuscados desse cenário terrível foram as criptomoedas que se destacaram, em especial o bitcoin (BTC).
A lista dos melhores investimentos você pode conferir aqui. Agora, se quiser saber quem ficou na lanterna do campeonato — e os motivos para isso — é só seguir até o final.
O maior token (criptomoeda) do planeta saiu dos R$ 257.366,20 (US$ 49.493,50) para R$ 87.070,26 (US$ 16.744,28) em 12 meses. Fatores nativos do universo das criptomoedas somaram-se ao cenário macro para culminar em uma queda de 66,17% das cotações, em reais.
Confira o desempenho dos demais ativos que fecharam 2022 no vermelho:
Investimento | Rentabilidade no mês | Rentabilidade no ano |
Bitcoin | -2,23% | -66,17% |
Tesouro IPCA+ 2045 | -1,64% | -11,98% |
Dólar à vista | 1,51% | -5,31% |
Dólar PTAX | -1,43% | -0,69% |
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2055 | 0,06% | -0,57% |
Tesouro IPCA+ 2035 | 1,34% | -0,55% |
- Siga o Seu Dinheiro no Instagram!
Bitcoin: tropeço atrás de tropeço
O chamado Longo Inverno Cripto apenas se alongou ainda mais com os eventos que se sucederam aos problemas macroeconômicos de 2022. Relembre aqui alguns:
- Desaparecimento repentino do protocolo Terra (LUNA), que drenou bilhões do mercado;
- A crise de liquidez fez com que projetos como Celsius, Voyager e outras plataformas travassem os saques e depósitos dos clientes;
- Um dos principais fundos com grande exposição ao protocolo Terra (LUNA), o Three Arrows Capital (3AC), também teve que encerrar suas atividades;
- Por fim, o mercado viu a queda de mais um gigante com o colapso da FTX, já perto do fim do ano, que culminou com a prisão do ex-CEO, Sam Bankman-Fried, o SBF.
Com isso, o valor global do mercado de criptomoedas caiu 63% no período, retirando mais de US$ 1,4 trilhão de circulação no ambiente de ativos criptográficos. A moeda responsável por isso foi o bitcoin — afinal, a cripto tem dominância de cerca de 40% do setor.
Leia Também
Tesouro IPCA na corda bamba
Mas nem só de criptomoedas vive o investidor, diz a corruptela do ditado.
Títulos atrelados ao IPCA de longo prazo também não tiveram um bom desempenho no ano — ainda que a queda tenha sido até um sexto da que ocorreu com o bitcoin. Esses papéis são os mais voláteis entre os títulos públicos e sofrem quando os juros futuros longos disparam, o que ocorre quando o mercado passa a ver um risco fiscal aumentado.
A longo de 2022, os investidores foram ficando cada vez mais preocupados com as contas do país. Primeiro, com os furos no teto de gastos feitos pelo governo Jair Bolsonaro, principalmente com medidas focadas na reeleição; depois, com a eleição de Lula para o seu terceiro mandato na Presidência da República, acendendo o temor de um governo mais gastador.
Dólar em queda com fraqueza do exterior
Para finalizar o campo dos investimentos que terminaram 2022 no vermelho, o dólar estadunidense teve meses de fortes oscilações — mas terminou em queda ante o real.
A moeda americana se valorizou antes outras divisas fortes, em razão da alta de juros por parte do Federal Reserve, o que leva os títulos públicos do país a pagarem taxas mais altas, atraindo capital para os EUA.
Mesmo assim, o real conseguiu se fortalecer ante o dólar, recuperando espaço depois de ter amargado um dos piores desempenhos em relação à moeda americana entre os emergentes no ano passado.
Ainda que o dólar à vista tenha atingido os R$ 5,68 na máxima de 2022, a alta nos preços das commodities e o fluxo de capital estrangeiro para o Brasil, bem como a escalada de juros bem mais forte por aqui, com consequente controle inflacionário, contribuíram para a cotação terminar o ano a R$ 5,28, recuo de 5,31% no ano.
Bitcoin e criptomoedas terão “ponto de virada” em 2023?
É verdade que os investidores e entusiastas das criptomoedas se agarram a um último fio de esperança no apagar das luzes de 2022. A volatilidade natural dos ativos criptográficos pode fazer as cotações oscilarem de dois a três dígitos em apenas algumas horas, o que pode reverter toda a perda do ano.
Mas isso vai acontecer com o bitcoin? A resposta é que muito provavelmente não.
A chance existe, mas os dados internos da rede (blockchain) do bitcoin mostram um padrão de atividade mais “morno”. Os indicadores que poderiam estimular uma disparada das cotações também não se movimentaram ao longo dos últimos dias.
Entretanto, a entrada de investidores institucionais deu maior previsibilidade ao preço do bitcoin e das criptomoedas em geral. Vale ressaltar que o preço à vista dos tokens não reflete os fundamentos, de acordo com analistas. Em outras palavras, as cotações estão descontadas e há grande expectativa de uma virada em 2023. Os detalhes você confere no nosso especial Onde Investir Em 2023, que começa a ser publicado em janeiro do ano que vem.
*Matéria atualizada em 05/01/2023, com correções de informações sobre o Tesouro IPCA+ e o dólar.
“Pix do Leão” no radar: Receita Federal libera consulta ao segundo lote de restituição do Imposto de Renda; veja se você vai ver o dinheiro pingar na conta
Os brasileiros que terão direito a receber a restituição vão ver o dinheiro cair na conta já na próxima segunda-feira
Agenda econômica: ata do Copom, Powell no Congresso e BCs em foco; saiba o que esperar nos próximos dias
Com inflação, emprego e PIB no radar, indicadores locais e globais mantêm os mercados em alerta na semana
A receita para ser um milionário, um alerta sobre o Banco do Brasil (BBSA3) e a retomada da Azul (AZUL4); confira as principais notícias da semana
Eventos capazes de mexer com o bolso dos investidores não faltaram nos últimos dias e o Seu Dinheiro preparou para você um resumo do que foi mais lido por aqui
Novo milionário no pedaço: aposta de Minas Gerais leva sozinha prêmio de R$ 127 milhões da Mega-Sena
Segundo a Caixa, o próximo sorteio acontece na terça-feira, dia 24 de junho, e quem vencer pode levar R$ 3,5 milhões para casa
Quem quer ser um milionário? Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio acumulado em R$ 130 milhões
Apostas na Mega-Sena podem ser feitas até as 19h, horário de Brasília
De passaporte novo: a estratégia para as criptomoedas que levou a Coinbase a trocar a Irlanda por Luxemburgo
Empresa deixou a Irlanda para trás e se tornou a primeira corretora cripto dos EUA a operar sob as regras do MiCA; rivais também estão se movimentando
Vazamento histórico de dados expôs 16 bilhões de senhas de Facebook, Google e Apple, diz site — veja o que fazer para se proteger
Segundo o Cybernews, trata-se de um vazamento sem precedentes que envolve dados críticos de logins que servem de acesso para múltiplos portais e aplicativos
Campos Neto alfineta governo Lula após Selic subir a 15% ao ano, mas defende a alta dos juros como “preço pela credibilidade”
Ex-diretor do Banco Central acredita que nova diretoria está fazendo um bom trabalho e defende os juros altos por mais tempo
CVM adia entrada em vigor de nova regulamentação sobre OPA; veja para quando ela está prevista agora
A prorrogação foi necessária para que o sistema de registro do mercado pudesse se adequar às novas regras.
Copom sobe os juros a 15% ao ano; agora 3 bancões dizem quando a Selic deve começar a cair
Itaú, Goldman Sachs e BofA traçam cenários um pouco diferentes para o início do ciclo de cortes de juros no Brasil — mas paciência ainda é o nome do jogo
Copom aumenta os juros em 0,25 p.p. e Selic chega a 15% ao ano — e deve parar por aí mesmo
Embora o Copom tenha sinalizado que o período de hiato será indefinido, o debate sobre o corte de juros já está na mesa, e precificado nos juros futuros
Brasil se declara livre de gripe aviária em granja comercial. Entenda o que isso significa e quais os próximos passos
O governo comunicou hoje à OMSA sobre o encerramento do foco da doença em uma granja comercial em Montenegro (RS)
Congresso cria CPMI para investigar fraude do INSS, e STF convoca governo para decidir sobre devolução dos valores desviados
Ainda não há data definida para o início da CPMI, mas a reunião do STF com o governo Lula está marcada para a próxima terça-feira (24)
Dê tempo aos juros: Bradesco Asset espera manutenção da Selic pelo Copom e “aceita” que inflação de 3% só será alcançada no futuro
Gestora avalia que o juro está suficientemente restritivo e que o BC deve acompanhar os dados, mantendo um novo aumento no radar como possibilidade futura
A inteligência artificial vai tirar o emprego de muita gente: CEO da Amazon admite que empresa precisará de menos funcionários
Em nota enviada aos funcionários, Andy Jassy deixou claro o que muitos temiam: a IA vai pegar empregos
Congresso derruba veto de Lula e livra FIIs e fiagros de novos impostos — mas conta de luz pode ficar mais cara; entenda
O governo Lula vive uma queda de braço com os parlamentares, que votaram pela derrubada de uma série de vetos do presidente
Corpus Christi pode render feriadão; veja o que abre e fecha na quinta-feira (19) e na sexta-feira (20)
Bancos, bolsa, Correios e transporte público terão mudanças no funcionamento; ponto facultativo traz folga aos mercados
Lotofácil faz mais um milionário, mas não brilha sozinha; Mega-Sena acumula e prêmio sobe a R$ 130 milhões
Ganhador ou ganhadora do concurso 3420 da Lotofácil efetuou aposta por meio dos canais eletrônicos da Caixa; além da Mega-Sena, a Quina também acumulou
Ex-BC Fábio Kanczuk vê Selic a 15% e risco de corte precoce por pressão política — mas postura do Copom com a inflação deveria ser mais dura
Diretor de macroeconomia do ASA acredita que o Brasil precisa de um choque recessivo para conseguir segurar a expectativa de inflação futura
A coisa está feia para o dólar: faz duas décadas que os gestores globais não ficam tão descrentes assim com a moeda
Investidores correm da moeda norte-americana enquanto montam posições em euro e se mostram mais otimistas com emergentes — incluindo o Brasil