Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais derretem na madrugada após inflação dos EUA; Ibovespa segue de olho na Super-Quarta
Nem as criptomoedas escaparam da maré vermelha e o bitcoin é negociado abaixo dos US$ 25 mil

Se a semana passada foi a pior registrada em Wall Street desde janeiro, a julgar pelo começo desta que se inicia hoje, os investidores precisarão ter nervos de aço. Isso porque as bolsas internacionais amanheceram no vermelho, com fortes perdas durante a madrugada.
Os mercados globais de ações globais registram forte queda nesta segunda-feira depois de os dados da inflação de maio nos Estados Unidos terem desencadeado temores de que os principais bancos centrais do mundo terão de agir agressivamente para deter a alta dos preços.
Por falar nos BCs, esta semana conta com a Super-Quarta, quando teremos a decisão de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central brasileiro no mesmo dia. Os índices de indlação, divulgados na semana passada em ambos os países, devem balizar o tom das autoridades monetárias.
Na madrugada, as bolsas de valores asiáticas fecharam forte queda com os índices recuando mais de 3% na madrugada por aqui. Em seguida, os principais mercados da Europa abriram em baixa acentuada. Do mesmo modo, em Nova York, os índices futuros de Wall Street sinalizam um mar vermelho para o restante da manhã.
O movimento dá continuidade ao mau humor que tomou conta dos mercados financeiros depois da divulgação, na semana passada, do índice de preços ao consumidor norte-americano em maio.
A inflação subiu muito acima do esperado, avançando 1% em relação a abril e 8,6% na comparação com maio de 2021. A leitura anual foi a pior registrada em mais de 40 anos.
Por aqui, o Ibovespa também encerrou a semana em queda de mais de 5%, enquanto o dólar voltou para a casa dos R$ 5.
Confira o que movimentará os próximos dias para a bolsa, o dólar e o Ibovespa:
Bancos Centrais dominam o centro do debate nas bolsas
O dado de inflação vem à tona em uma semana na qual a política monetária estará em discussão no Brasil e nos Estados Unidos.
A expectativa é de que os diretores do Federal reserve (Fed, o banco central norte-americano) elevem a taxa básica de juro nos EUA em pelo menos 50 pontos-base. Mas as atenções ficam para a coletiva de imprensa do presidente da instituição, Jerome Powell, após o anúncio.
Os últimos dados de inflação dos EUA podem fazer com que Powell mude de tom contra a inflação e um aperto monetário de maior do que os 50 pontos-base proposto pelo Fomc — o Copom americano — pode se tornar realidade.
Até o momento, os representantes da instituição descartaram uma elevação de 75 pontos-base nos juros, mas isso foi antes do CPI (o índice de preços ao consumidor, em inflês) dos EUA vir acima do esperado.
E por aqui: o nosso Banco Central
Na mesma data, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve dar continuidade ao ciclo de aperto monetário, levando a taxa Selic a 13,25% ao ano. A dúvida é se esta será a última elevação ou se o juro seguirá em alta nos próximos meses.
Semana passada, o IPCA de maio avançou 0,47%, abaixo da mediana das projeções. Isso pode significar que a política monetária do BC começa a surtir efeito na inflação. Em outras palavras, o ciclo de aperto monetário pode ser menos intenso do que o esperado pelo mercado.
O indicador de inflação brasileiro acumula alta de 11,73% em 12 meses, e 4,78% de alta em 2022.
Se você quer saber o que esperar da próxima decisão de juros do BC, não deixe de conferir o último Touros e Ursos, o podcast do Seu Dinheiro sobre os principais assuntos que mexem com a bolsa:
Pouco se compara às criptomoedas hoje
Entre as quedas, porém, nada se compara à sangria observada nas criptomoedas. O bitcoin, principal expoente do setor, recuava mais de 10% na manhã de hoje e perdia níveis de suporte que podem agravar ainda mais a situação das moedas digitais.
As criptomoedas sofrem (ainda) mais que o restante dos ativos de hoje devido à suspensão de saques e transferências pela Celsius. A plataforma cripto Celsius alega ter tomado a medida devido a “condições extremas de mercado”.
Antes do feriado
O investidor brasileiro também deve ficar de olho na liquidez reduzida ao longo da semana. Afinal, quinta-feira (16) é o feriado de Corpus Christi e não haverá pregão. Na sexta-feira (17), as negociações voltam ao normal.
Agenda da semana
Segunda-feira (13)
- Estados Unidos: Vice-presidente do Fed, Lael Brainard, faz discurso na National Community Reinvestment Coalition (NCRC) (15h)
- Suíça: Conferência Ministerial da OMC (o dia todo)
Terça-feira (14)
- França: PIB do G20 no 1º trimestre (7h)
- IBGE: Pesquisa mensal de serviços em abril (9h)
- Estados Unidos: Índice de preços ao produtor de maio (9h30)
- Argentina: CPI de maio (16h)
- Estados Unidos: Estoques de petróleo (17h30)
- China: Produção industrial e vendas no varejo em maio (23h)
Quarta-feira (15)
- FGV: IGP-10 de junho (8h)
- Estados Unidos: Vendas no varejo de maio (9h30)
- Estados Unidos: Índice de atividade industrial Empire State de junho (9h30)
- Reino Unido: Presidente do BCE, Christine Lagarde, participa de evento da London School of Economics (13h20)
- Estados Unidos: Decisão de política Monetária do Fed e coletiva de imprensa com o presidente da instituição, Jerome Powell, na sequência (15h)
- Banco CEntral: Copom anuncia decisão de política monetária
- Bruxelas: Reunião dos ministros de defesa da Otan (o dia inteiro)
Quinta-feira (16)
- Reino Unido: Decisão de política monetária do Bank of England, seguida de coletiva do presidente da instituição, Andrew Bailey (8h)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
- Bruxelas: Reunião dos ministros de defesa da Otan (o dia inteiro)
Sexta-feira (17)
- Zona do Euro: CPI e núcleo do CPI de maio (6h)
- Estados Unidos: Presidente do Fed, Jerome Powell, faz discurso na Inaugural Confedente on the Internacional Roles of the US Dollar (9h45)
- Estados Unidos: Produção industrial de maio (10h15)
*Em atualização
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