🔴 +20 IDEIAS DE ONDE INVESTIR ANTES DE 2024 ACABAR VEJA AQUI

Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Passos largos

Ampliando a casa das marcas: Arezzo (ARZZ3) quer levantar mais de R$ 800 milhões com oferta de ações para acelerar o crescimento

A Arezzo (ARZZ3) quer expandir suas operações e ter dinheiro em caixa para novas compras; a precificação da oferta de ações sai no dia 3

Victor Aguiar
Victor Aguiar
27 de janeiro de 2022
12:48 - atualizado às 14:23
Fachada de loja da Arezzo (ARZZ3). Empresa vai pagar dividendos na forma de JCP
Imagem: Divulgação

A Arezzo (ARZZ3) chegou à bolsa no longínquo 2011 e, na época, já era uma das líderes do setor de calçados femininos do Brasil: as marcas Arezzo, Anacapri, Schutz e Alexandre Birman, cada uma com um público-alvo específico, eram exemplos de sucesso no varejo brasileiro. Passados 11 anos da estreia na B3, a companhia fará uma nova oferta de ações, a primeira desde então — mas, desta vez, com objetivos bastante diferentes.

Não que a Arezzo tenha mudado radicalmente de ramo; ela continua como uma das grandes calçadistas do país. Mas, de lá para cá, o escopo da empresa se abriu — digamos que ela começou a dar passos maiores. A meta, agora, é ser uma casa de marcas, concentrando nomes fortes no varejo de moda como um todo.

As bolsas e sapatos femininos continuam com uma posição importante no portfólio da Arezzo, mas, pouco a pouco, ela vem entrando em outros ramos de vestuário. Roupas masculinas e femininas, para públicos de diferentes idades e padrões de consumo; o objetivo é ser um gigante dos pés à cabeça.

Ampliar a casa das marcas, no entanto, custa dinheiro. E, aproveitando o clima mais favorável visto na B3 nas últimas semanas, a Arezzo pretende levantar mais de R$ 800 milhões num follow on primário — em que novos papéis são emitidos e os recursos vão para o caixa da empresa.

Analisemos, portanto, os detalhes da oferta e o atual momento financeiro e operacional da companhia.

Dinheiro no bolso

A primeira questão a ser ressaltada é a natureza do follow on: estamos falando de uma oferta restrita via Instrução CVM 476. Como o próprio nome diz, essa não é uma operação aberta a qualquer um; apenas os chamados investidores profissionais — aqueles com mais de R$ 10 milhões em aplicações financeiras — poderão participar.

Leia Também

Ou seja: você, caro investidor pessoa física, não poderá entrar na oferta. Esse caminho, no entanto, faz sentido do ponto estratégico para a Arezzo, já que as operações restritas são menos demoradas que as comuns — o follow on foi anunciado hoje e deve ser fechado já na semana que vem. É uma injeção rápida de dinheiro no caixa.

Ao todo, a Arezzo vai emitir 7,5 milhões de novas ações ARZZ3; caso haja demanda, o volume pode ser elevado em até 35%, chegando a 10,123 milhões de papéis. Assim, considerando o fechamento de ontem (26), de R$ 81,91, a operação pode movimentar até R$ 830 milhões.

O preço por ação será definido no próximo dia 3, mas o fato de a oferta ter sido lançada neste momento mostra que a Arezzo está atenta ao timing do mercado: se é verdade que as ações ARZZ3 estão longe das máximas históricas, de pouco mais de R$ 100, também é verdade que, há duas semanas, os papéis eram negociados na casa dos R$ 63,00.

Portanto, o fato de a oferta ser restrita e ter um trâmite mais veloz mostra que a administração do grupo quer aproveitar a janela de bom humor que se abriu na bolsa brasileira para captar recursos. Afinal, dadas as turbulências vistas nos mercados externos, não dá para saber se o bull market será duradouro ou não.

Arezzo: crescer e aparecer

Dito isso: como a Arezzo (ARZZ3) conseguiu dar o salto operacional, passando de calçadista feminina para uma espécie de holding do varejo de moda mais amplo?

A resposta está nos balanços da companhia. Antes de chegar à bolsa, a Arezzo já era conhecida por ser uma geradora de caixa; com a captação do IPO, ela ganhou fôlego para investir nas operações e ampliar a capacidade produtiva, em paralelo à abertura de lojas e expansão dos canais de venda. Um crescimento orgânico tradicional, portanto.

A mudança veio em 2020, simbolizada pela aquisição da Reserva, a grife de roupas masculinas de Rony Meisler — que, por sua vez, também era reconhecida pelo mercado pela excelência em sua execução estratégica. Baseada na geração de caixa, a Arezzo lançou a pedra fundamental para a construção da casa das marcas.

De lá para cá, outras aquisições foram anunciadas: a Baw, marca de streetwear com enorme apelo nas redes sociais, e a Carol Bassi, nome forte na moda feminina, entraram para o portfólio do grupo em 2021; a reativação da rede Myshoes, ampliando o rol de sapatos e bolsas, também foi uma tacada elogiada pelo mercado nos últimos meses.

Dito isso, a Arezzo já elencou quatro grandes destinos para o dinheiro captado com a oferta restrita de ações:

  • Desenvolvimento das marcas e abertura de lojas;
  • Investimentos em abastecimento, distribuição e logística;
  • Investimentos em tecnologia, plataforma digital e omnicanalidade; e
  • Fusões e aquisições.

Assim, fica claro que a companhia vai trabalhar com o crescimento orgânico e inorgânico ao mesmo tempo; a preocupação com os canais digitais é particularmente importante para a estratégia da Arezzo, uma vez que as vendas online ocupam uma fatia cada vez maior do faturamento do grupo.

No entanto, o último tópico da lista é o que salta aos olhos, considerando que a empresa tem mostrado uma grande disposição para buscar novas marcas e ampliar seu portfólio. Em 2020, a Arezzo tentou comprar a Cia. Hering, mas acabou sendo superada pelo Grupo Soma (SOMA3) — e, nos últimos meses, circularam boatos de que o próprio Grupo Soma é o próximo alvo da companhia.

ARZZ3: o que esperar?

Como já foi dito acima, as ações da Arezzo (ARZZ3) estão distantes das máximas históricas, atingidas em julho do ano passado. Essa constatação, aliada à percepção positiva quanto à execução da estratégia da empresa, fazem os analistas assumirem uma postura otimista em relação aos papéis.

Segundo dados compilados pelo TradeMap, as ações ARZZ3 contam hoje com 13 recomendações de casas de análise: 12 delas são de compra e uma é neutra. Em termos de preço-alvo, o valor médio das recomendações é de R$ 105,77, o que representa um potencial implícito de valorização de 29% em relação aos níveis atuais.

Chama a atenção, no entanto, o fato de que mesmo a projeção mais conservadora — de R$ 91,00 — embute um ganho razoável aos papéis, de cerca de 11%. Portanto, a visão unânime do mercado é a de que os papéis ARZZ3 têm espaço para subir.

Em termos de valuation, as métricas também dão a entender que as ações da Arezzo estão num nível atrativo de preço. O múltiplo Preço/Lucro (P/L) de ARZZ3 está atualmente em cerca de 25 vezes, bastante abaixo da média de três anos para o ativo, de 87 vezes.

O indicador EV/Ebitda também mostra situação semelhante, rodando perto de 16 vezes no momento versus uma média de três anos de 27,8 vezes — ambos os múltiplos são inferiores aos de outras empresas do setor, como o Grupo Soma (SOMA3) ou a Lojas Renner (LREN3).

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O PAYROLL MANDOU AVISAR QUE…

Os sinais do dado de emprego sobre o caminho dos juros nos EUA. Bolsas se antecipam à próxima decisão do Fed

6 de dezembro de 2024 - 13:06

O principal relatório de emprego dos EUA mostrou a abertura de 227 mil postos no mês passado — um número bem acima dos 36 mil de outubro e da estimativa de consenso da Dow Jones de 214.000

SD Select

Mais dividendos no radar? Ação ‘turbinou’ os proventos em 339% em 2024 e não descarta novos pagamentos até o fim do ano

6 de dezembro de 2024 - 12:00

Analista destaca que a ação tem um histórico de ótimos resultados e está sendo negociada a múltiplos baixos – papel é considerado um dos melhores da bolsa

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da MRV (MRVE3) disparam 8% e lideram altas do Ibovespa após anúncio de reestruturação que deve encolher as operações da Resia

6 de dezembro de 2024 - 11:36

O principal objetivo da revisão, que inclui venda de projetos e terrenos, é simplificar a estrutura da empresa e acelerar a desalavancagem do grupo MRV

MOU PARA FUSÃO

Após criação de joint venture, Ybyrá Capital (YBRA4) assina memorando de entendimento sobre potencial fusão com empresa americana

6 de dezembro de 2024 - 10:54

A possível união dos negócios será definida após um processo de due diligence (investigação prévia para avaliar potenciais riscos da transação)

FUSÕES E AQUISIÇÕES

Equatorial (EQTL3) conclui a venda da divisão SPE 7 para a Energia Brasil por R$ 840 milhões

6 de dezembro de 2024 - 8:39

O movimento faz parte da execução da estratégia do grupo Equatorial de reciclagem de capital, que busca a desalavancagem das operações

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Papai Noel dá as caras na bolsa: Ibovespa busca fôlego em payroll nos EUA, trâmite de pacote fiscal no Congresso e anúncios de dividendos e JCP

6 de dezembro de 2024 - 7:55

Relatório mensal sobre o mercado de trabalho norte-americano e velocidade do trâmite do pacote fiscal ditarão os rumos dos juros no Brasil e nos EUA

SEXTOU COM O RUY

A possibilidade de se tornar uma boa pagadora de dividendos fez essa ação disparar

6 de dezembro de 2024 - 6:14

Não à toa, essa companhia foi eleita por nós uma das 5 melhores ações para dividendos no mês de dezembro

RESPIRO

Após dia de pressão no mercado, ação da Petrobras (PETR4) sobe com maior descoberta de gás natural da Colômbia; troca no conselho vai para escanteio

5 de dezembro de 2024 - 18:12

Depois de a estatal confirmar a possível troca na presidência do conselho, o impacto negativo nos mercados foi amenizado após o anúncio do projeto de exploração em consórcio com a Ecopetrol

DESTAQUES DA BOLSA

Acordo entre Eletrobras (ELET3) e AGU abre espaço para pagamento de dividendos de R$ 8 bilhões, diz Itaú BBA; entenda

5 de dezembro de 2024 - 14:56

Para os especialistas que cobrem a Eletrobras, o acordo, até o momento, foi bastante positivo para o mercado

SD Select

Enquanto Ibovespa despenca, dólar é o 2º melhor investimento de novembro – atrás apenas do Bitcoin; veja como buscar até R$ 12 mil por mês com a moeda

5 de dezembro de 2024 - 14:12

Dólar à vista valorizou 3,8% no mês e tem desempenho digno de “ativo de risco” em 2024, com alta de 23,6% em relação ao real

CRISE EM PARIS

Uma bomba explodiu no colo de Macron: a reação dos mercados à queda do governo na França e o que acontece agora

5 de dezembro de 2024 - 12:46

O primeiro-ministro Michel Barnier apresentou sua renúncia na manhã desta quinta-feira (5) e aumentou a pressão sob o presidente francês, que corre contra o relógio para encontrar um substituto; saiba quem são os possíveis candidatos a ocupar o cargo

RECOMPRA MAIS

Tupy amplia programa de recompra de ações e anuncia R$ 190 milhões em JCP; valor líquido equivale a R$ 1,14 por ação  

5 de dezembro de 2024 - 11:29

Programa de recompra, que já tinha sido aprovado em novembro, teve o limite de ações ampliado de 4 milhões para 14 milhões de ações

SD Select

‘Descartar um rali de fim de ano agora é pedir pra errar’: analista se mantém otimista com a bolsa brasileira e indica as 10 ações mais promissoras de dezembro

5 de dezembro de 2024 - 10:00

Para Larissa Quaresma, da Empiricus, o rali de fim de ano não pode ser completamente descartado e a bolsa brasileira ainda reserva boas oportunidades de investimento

CHEGOU COM TUDO

Novo CEO da Braskem (BRKM5) reforma diretoria executiva após poucos dias no comando; Felipe Montoro Jens assumirá como diretor financeiro

5 de dezembro de 2024 - 9:51

O presidente indicou Felipe Montoro Jens para substituir Pedro van Langendonck Teixeira de Freitas nas cadeiras de CFO e diretor de relações com investidores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As máximas do mercado: Ibovespa busca recuperação com trâmite urgente de pacote fiscal pela Câmara

5 de dezembro de 2024 - 8:30

Investidores também repercutem rumores sobre troca na Petrobras e turbulência política na França e na Coreia do Sul

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Precisamos sobre viver o “modo sobrevivência”

4 de dezembro de 2024 - 20:00

Não me parece que o modo sobrevivência seja a melhor postura a se adotar agora, já que ela pode assumir contornos excessivamente conservadores

DEBATE MACRO

“O dólar vai a R$ 4 ou menos, a bolsa sobe aos 200 mil pontos e os juros caem a 8,5% se Lula fizer isso”: CEO da AZ Quest conta o que pode levar o Brasil a ficar ‘irreconhecível’

4 de dezembro de 2024 - 18:55

Durante evento promovido pela Mirae Asset, Walter Maciel criticou medidas fiscais do governo Lula e apontou caminhos para a recuperação econômica do país

CHOQUE DE FORÇAS

Incertezas na Coreia do Sul: como o possível impeachment ou renúncia de Yoon Suk Yeol está mexendo com a economia

4 de dezembro de 2024 - 17:45

Horas após o fim da Lei Marcial, a oposição sul-coreana avança com proposta de impeachment contra o presidente, enquanto os mercados questionam a confiança no país

O GATO, O RATO E OS JUROS

Trump vem aí: Powell diz o que pode fazer com os juros nos EUA diante das ameaças do republicano — e isso tem a ver com você

4 de dezembro de 2024 - 17:21

Com o republicano batendo na porta da Casa Branca, presidente do Fed deu novas pistas sobre o que pensa para o ritmo de corte da taxa referencial na maior economia do mundo

DESTAQUES DA BOLSA

Efeito Black Friday impulsiona LWSA (LWSA3) e coloca a ação entre as maiores altas do Ibovespa. O que esperar da antiga Locaweb agora?

4 de dezembro de 2024 - 13:52

A forte alta dos papéis acontece após a divulgação do desempenho da companhia em uma das datas mais importantes para o varejo no ano

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar