🔴 [EVENTO GRATUITO] MACRO SUMMIT 2024 – FAÇA A SUA INSCRIÇÃO

Cotações por TradingView
Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Fashion casual

Arezzo compra a BAW, marca queridinha dos influencers, e manda um recado ao varejo de moda

A BAW, marca de sucesso entre jovens e com grande base no Instagram, foi comprada pela Arezzo por R$ 105 mi. Entenda o racional da operação

Victor Aguiar
Victor Aguiar
11 de junho de 2021
12:41 - atualizado às 22:47
BAW, marca comprada pela Arezzo
BAW, marca comprada pela Arezzo - Imagem: Instagram/montagem Andrei Moraes

A Arezzo tem um plano ousado: quer virar uma potência no setor de moda e vestuário, indo muito além dos calçados que lhe deram fama. A ideia é virar uma "casa de marcas" com ampla presença digital — e, sendo assim, a compra da BAW faz todo o sentido do mundo.

Você pode não conhecer a BAW (eu, particularmente, não conhecia). É uma marca voltada ao público jovem, na faixa de 20 a 30 anos, e com um faturamento relativamente modesto: cerca de R$ 40 milhões em vendas no ano passado.

Só que, nem sempre, os números frios dos balanços corporativos contam toda a história. Junto da receita ainda tímida, a BAW traz para a Arezzo uma nada desprezível base de 1,2 milhão de seguidores no Instagram — e um alto nível de engajamento junto aos influencers da rede.

A modelo e atriz Bruna Marquezine veste suas roupas e as mostra para seus mais de 40 milhões de fãs; Rafa Kalimann, ex-participante do BBB com quase 22 milhões de seguidores, faz o mesmo.

Bruna Marquezine BAW Arezzo

A lista é imensa — da atriz Carla Diaz à apresentadora Maísa; do modelo Loïc Koutana à influenciadora digital Gkay — e mostra o apelo da BAW junto à 'geração Z'. Moletons coloridos, peças listradas e roupas sem gênero definido são alguns dos destaques da marca, que diz vender um lifestyle.

Pois esse estilo de vida casa perfeitamente com a Arezzo e sua casa de marcas. O recado é claro: a ponta do lápis não captura todo o valor de uma empresa; há uma qualidade intangível que deve ser levada em conta — e a BAW tem enorme potencial nesse segundo aspecto.

A estratégia da Arezzo

O plano de expansão da Arezzo começou em 2020 com a compra da Reserva — uma marca de roupas mais despojadas, vendendo desde camisetas até shorts e calçados —, por R$ 715 milhões. Foi o primeiro passo para a construção do seu ecossistema de moda e vestuário.

Em abril desse ano, A Arezzo chegou a oferecer R$ 3,3 bilhões para a Cia Hering, mas teve sua proposta rejeitada — o grupo catarinense acabou comprado pelo Soma, por R$ 5,2 bilhões.

O fracasso nas negociações com a Hering não desanimou a Arezzo e seu fundador, Alexandre Birman, que declarou continuar analisando oportunidades de compra, especialmente entre empresas de pequeno porte — e a operação anunciada nesta manhã se encaixa como uma luva.

Em primeiro lugar, a BAW tem um público-alvo diferente da Reserva: continuamos no mundo do vestuário despojado e casual, mas com um foco num consumidor mais jovem. Em segundo, a marca já tem um posicionamento digital forte, com um sistema de vendas on-line maduro.

E, em terceiro, há um aumento da capilaridade: recentemente, a BAW fechou uma parceria com a C&A para a venda de suas peças — um passo importante para elevar o faturamento da marca.

Arezzo e BAW
Representantes da BAW e da Arezzo comemoram a fusão das marcas

BAW e os números

Mas deixemos o Instagram de lado por um momento e voltemos ao mundo financeiro. A Arezzo pagou R$ 105 milhões pela BAW, sendo R$ 35 milhões à vista, R$ 50 milhões em ações e R$ 20 milhões daqui cinco anos. Há ainda uma cifra extra de R$ 10 milhões a ser paga caso algumas condições de crescimento da marca sejam atingidas.

As projeções de vendas são animadoras: o faturamento da BAW neste ano deve ficar na casa de R$ 80 milhões — o dobro do visto no ano passado. Ainda assim, estamos falando de uma pequena fração dos R$ 1,6 bilhão de receita líquida da Arezzo em 2020.

Ou seja: a aquisição terá um impacto pequeno em termos financeiros, servindo mais como plataforma estratégica para a Arezzo chegar a um público antes inacessível — um passo que foi elogiado pelo mercado financeiro e que mostra o comprometimento da administração com seu planejamento de longo prazo.

"Por mais que a receita não faça tanta mudança no top-line da Arezzo, vemos a empresa atingindo um mercado endereçável cada vez maior", diz Pedro Serra, gerente de research da Ativa Investimentos, citando que a companhia pagou múltiplos da ordem de 1x a 1,3x a receita bruta — métricas bastante atraentes.

Acreditamos que a marca Arezzo possa ser alavancada bastante em um mundo que a presença e o engajamento nos canais digitais será extremamente importante

Pedro Serra, gerente de research da Ativa Investimentos

O BTG Pactual também segue linha semelhante, destacando que a BAW tem uma importância mais estratégica para o portfólio de marcas. Em comentário enviado a clientes, os analistas do banco ressaltam que a Arezzo é o top pick entre as ações do setor de varejo de moda.

Compartilhe

AGORA ELA É A DONA

Acordo bilionário da Vale (VALE3): por que a mineradora pagou US$ 2,7 bilhões por 45% da Cemig GT que ainda não tinha

27 de março de 2024 - 19:50

Desse montante, segundo a Cemig, serão abatidos dividendos e juros sob o capital próprio (JCP) distribuídos ou aprovados até o fechamento da operação

UM PAPEL PARA GUARDAR NA CARTEIRA

Klabin (KLBN11) ou Suzano (SUZB3)? Uma delas está barata. Itaú BBA eleva preço-alvo das duas ações e conta qual é a oportunidade do momento

27 de março de 2024 - 14:04

Tanto as units da Klabin como as ações da Suzano operam em alta na bolsa brasileira nesta quarta-feira (27), mas só uma delas é a preferida do banco de investimentos; descubra qual

CORRIDA POR TECNOLOGIA

Finalmente, um oponente à altura da Nvidia? Empresas de tecnologia se unem para combater hegemonia da gigante de IA

27 de março de 2024 - 12:15

A joia da coroa da Nvidia está muito menos exposta: é o sistema plug and play da empresa, chamado CUDA, e é com ele que o setor quer competir

A VOLTA

Sete anos após o Joesley Day, irmãos Batista retornam à JBS (JBSS3); ação reage em queda ao resultado do 4T23

27 de março de 2024 - 10:19

A volta de Joesley e Wesley, que foram delatores da Lava Jato, acontece após uma série de vitórias judiciais da JBS e dos empresários

AGOURO NEGATIVO?

Ficou para depois: Marisa (AMAR3) adia mais uma vez o balanço do 4T23; veja a nova data

27 de março de 2024 - 8:19

Os números da varejista de moda deveriam ser conhecidos hoje, após o fechamento dos negócios na B3, mas a empresa postergou outra vez a divulgação

SD ENTREVISTA

MRV (MRVE3) vê melhor momento da história para o Minha Casa Minha Vida com novas regras e FGTS Futuro 

27 de março de 2024 - 6:13

Maior construtora do programa habitacional, a MRV (MRVE3) se beneficia do momento operacional, mas ação cai com lado financeiro sob pressão, diz CFO

AINDA NÃO FOI DESSA VEZ

Oi (OIBR3): tudo o que você precisa saber sobre o avanço das negociações com credores e a nova data da votação do plano de recuperação judicial

26 de março de 2024 - 20:19

As discussões caminharam para um desfecho, mas a assembleia foi suspensa sem a votação do plano de recuperação judicial — o Seu Dinheiro listou os principais pontos alcançados até agora

“O PIOR JÁ PASSOU”

Após prejuízo bilionário, CEO da Casas Bahia está “confiante e animado” para 2024 — mas mercado não compra ideia e ação BHIA3 cai forte na B3

26 de março de 2024 - 16:26

O presidente da varejista afirma que está satisfeito com a evolução da transição, mas destaca que existem desafios de curto prazo; veja o que ele disse

O DONO DA BOLA DO E-COMMERCE

Mercado Livre (MELI34), Magazine Luiza (MGLU3) ou Casas Bahia (BHIA3): quem é o campeão de vendas no trimestre?

26 de março de 2024 - 14:15

Agora que as três empresas apresentaram os resultados do quarto trimestre, o JP Morgan fez uma avaliação do desempenho de cada uma e diz quem é o bola cheia e o bola murcha do varejo eletrônico

SELEÇÃO DE TECNOLOGIA

Novo queridinho no pedaço: Totvs (TOTS3) é rebaixada pelo JP Morgan — e uma ação gringa agora é a favorita dos analistas

26 de março de 2024 - 12:19

O banco revisou para baixo a recomendação para as ações TOTS3 para “neutro” e reduziu o preço-alvo para R$ 36

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies