Tensão política aqui e no exterior devem pressionar a bolsa esta semana, em meio a reta final da temporada de balanços
O risco fiscal e a tomada do poder pelo Taleban no Afeganistão aumentam a temperatura do xadrez político internacional
A semana começa com um sinal vermelho do exterior e deve pressionar o Ibovespa ao longo do dia. Dados da China também desagradaram as bolsas internacionais e a cautela predomina nesta segunda-feira (16).
Política nacional
O cenário local também deve seguir colocando a bolsa em compasso de espera. Durante o final de semana, o presidente Jair Bolsonaro seguiu em pé de guerra com o Supremo Tribunal Federal (STF) e chegou a pedir o afastamento de ministros.
Na agenda dos trabalhos do Congresso, estão os debates sobre a reforma do Imposto de Renda e a CPI da Covid deve ouvir o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, e o deputado federal, Luis Miranda. Confira tudo que movimenta Brasília clicando aqui.
No panorama doméstico, além da crise política, com ameaças de rompimento democrático, os investidores devem seguir de olho na agenda do Banco Central, com a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto, em uma palestra esta semana.
Política internacional
Durante o final de semana, combatentes do grupo fundamentalista do Taleban tomaram a capital do Afeganistão, Cabul. O presidente do país, Ashraf Ghani, deixou o país em meio a tomada de poder pelos radicais.
O Conselho de Segurança da ONU fará uma reunião de emergência ainda hoje para debater a situação do país. O aumento da tensão internacional na região pode influenciar no xadrez internacional e no preço da principal commodity energética do mundo, o petróleo.
Leia Também
Por volta das 7h30, os futuros do petróleo Brent caíam 1,20%, aos US$ 69,73.
Somado a isso, os investidores devem seguir de olho nos dados do emprego dos Estados Unidos, medidos pelos pedidos de auxílio-desemprego. O evento mais esperado da semana é a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve.
A ata da reunião do BC americano deve trazer novas perspectivas da instituição para sua política monetária. Alguns dirigentes do Fed já afirmaram que a atual postura da instituição não está mais refletindo no emprego, apenas aumentando a inflação e os juros.
Uma coletiva de Jerome Powell, presidente do Fed, também está marcada para esta semana (confira na agenda semanal).
Bolsas pelo mundo
Os principais índices da Ásia encerraram o pregão em baixa na manhã desta segunda-feira. Dados da China frustraram as expectativas dos investidores e pressionaram as bolsas locais.
O sentimento pessimista contaminou também as bolsas da Europa, que sentiram a queda nos índices de produção industrial e vendas do varejo do Gigante Asiático.
Por fim, os futuros de Nova York seguem o viés internacional de baixa, à espera de maiores indicadores e da ata da última reunião do Federal Reserve sobre política monetária.
Agenda semanal
Segunda-feira (16)
- Banco Central: Boletim Focus semanal (8h25)
- Estados Unidos: Índice de atividade industrial Empire State de agosto (9h30
Terça-feira (17)
- FGV: IGP-10 de agosto e IPC-S Capitais semanal (8h)
- Estados Unidos: Comércio e vendas no varejo de julho (9h30)
- Estados Unidos: Produção industrial de julho (10h15)
- Banco Central: Presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa de palestra em evento virtual do Bradesco (12h)
- Estados Unidos: Presidente do Fed, Jerome Powell, participa de evento do Town Hall com estudantes
- Estados Unidos: Estoques de petróleo
Quarta-feira (18)
- Zona do Euro: CPI e Núcleo do CPI de julho (6h)
- Estados Unidos: Fed divulga a ata da sua última reunião de política monetária (15h)
Quinta-feira (19)
- Estados Unidos: Departamento de trabalho divulga os pedidos de auxílio desemprego (9h30)
- China: Banco do Povo da China (PBoC) define taxa de juros referência (LPRs) de 1 a 5 anos (22h30)
- Brasil: CNI divulga a sondagem industrial de agosto (sem horário)
Sexta-feira (20)
- Estados Unidos: Poços de petróleo em operação (14h)
Balanços
Saiba mais sobre os balanços que devem movimentar os negócios clicando aqui.
- Brasil: Ambipar (segunda-feira, 16, antes da abertura)
- Brasil: Ânima Educação (segunda-feira, 16, antes da abertura)
- Brasil: Cruzeiro do Sul (segunda-feira, 16, após o fechamento)
- Brasil: Gafisa (segunda-feira, 16, após o fechamento)
- Brasil: IRB Brasil (segunda-feira, 16, após o fechamento)
- Brasil: Yduqs (segunda-feira, 16, após o fechamento)
- Estados Unidos: Walmart (terça-feira, 17, antes da abertura)
- Austrália: BHB Billiton (terça-feira, 17, antes da abertura)
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
