Eneva (ENEV3) compra a Focus (POWE3) por R$ 960 milhões, de olho na energia solar
A transação entre Eneva (ENEV3) e Focus (POWE3) envolve parcelas em dinheiro e em ações; parques de energia solar são o destaque da compra
O mundo das fusões e aquisições segue agitado nesta reta final do ano: a Eneva (ENEV3) anunciou há pouco um acordo para a compra da Focus Energia (POWE3), numa operação de R$ 960 milhões que envolve parcelas em dinheiro e em ações — e que também inclui toda uma arquitetura financeira para levantar os recursos necessários à continuidade dos projetos da empresa de energia solar.
A transação ainda precisa ser aprovada pelos acionistas da Focus, mas tudo indica que o caminho não tem volta: a Eneva diz já ter um acerto com 50,8% da base acionária da companhia; para que a fusão receba sinal verde, é necessário ter o aval de 'apenas' 50% mais 1 dos investidores.
E como os planos da Eneva passam pela unificação das bases acionárias das duas companhias, a Focus deve deixar a bolsa menos de um ano após seu IPO: a empresa de energia solar chegou à B3 em fevereiro de 2021 avaliada em R$ 1,6 bilhão. Sua vida no mercado de ações, no entanto, não tem sido fácil — as ações POWE3 amargam queda de 43% desde a estreia.
Com a aquisição, a Eneva coloca um pé na área de energias renováveis: hoje, o grupo é particularmente forte na geração de eletricidade a partir do gás natural, contando com um parque de 2,2 GW de capacidade — o que representa quase 10% da geração térmica do país.
A Focus, por sua vez, atua na geração e comercialização de energias renováveis, com destaque para a matriz solar; o IPO serviu para que a companhia levantasse recursos para finalizar o primeiro de três grandes parques solares em Juazeiro (PE) — o que ainda não ocorreu.
Eneva + Focus Energia: a operação
A aquisição da Focus (POWE3) inclui o pagamento de R$ 715 milhões à vista e uma parcela em ações: a Eneva vai emitir, ao todo, 17 milhões de novos papéis ENEV3 para serem entregues aos acionistas da empresa de energia solar — o que, considerando o fechamento de ontem, de R$ 14,41, totaliza quase R$ 245 milhões.
Leia Também
Ou seja: as duas componentes, somadas, chegam a R$ 960 milhões — um prêmio de somente 4,7% em relação ao valor de mercado atual da Focus, de R$ 917,2 milhões.
Os acionistas da Focus que não concordarem com a operação, caso ela seja aprovada, e desejarem se retirar terão direito a um reembolso de R$ 4,70 por papel POWE3. É um valor bem abaixo da cotação atual, de R$ 10,23, e que, segundo a Eneva, foi calculado com base no balanço patrimonial da companhia ao fim de 2020. Assim, parece pouco provável que a retirada seja exercida por um número grande de investidores.
Mas o acordo entre as partes não termina por aí. As empresas também acertaram a emissão de debêntures da Focus, no valor de R$ 1,5 bilhão, já integralmente subscrita pela Eneva — recursos que serão vitais para o primeiro grande campo de energia solar na Bahia.
E os parques solares a serem construídos pela Focus são, de fato, o grande atrativo da companhia. Os projetos Futura 1, 2 e 3 têm potencial para virarem referência nesse tipo de geração de energia no país — o primeiro deles, por exemplo, terá capacidade instalada de 670 MW, sendo o maior campo solar do Brasil.
Os outros dois projetos ainda não começaram a ser construídos, mas devem ser ainda maiores que o primeiro — e, consequentemente, devem demandar investimentos ainda mais volumosos. E, a julgar pelo desempenho da Focus no mercado de ações e o novo cenário de juros no país, obter o financiamento necessário para as obras seria uma tarefa dura para a companhia.
ENEV3 e POWE3: ano negativo
Na bolsa, tanto Eneva (ENEV3) quanto Focus Energia (POWE3) acumulam perdas desde o começo de 2021, embora a primeira tenha um desempenho bem mais resiliente que a segunda. Os papéis ENEV3 recuam pouco mais de 7% no ano — os ativos perderam força a partir de setembro, em linha com o restante do mercado.
Comportamento semelhante foi visto em POWE3: uma das estreantes da bolsa em 2021, a Focus fechou o pregão de ontem muito perto das mínimas históricas, a R$ 10,23.

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
