Petroleiras impulsionam os mercados, mas ‘onda azul’ no Senado americano traz cautela
A decisão da Opep+ de reduzir a produção de petróleo até março ajuda os mercados globais a buscarem o campo positivo, mas cautela com eleições americanas limita os ganhos

A ‘onda azul’ no segundo turno das eleições para o Senado americano e que daria o controle do Congresso e do Senado para os democratas segue trazendo cautela aos mercados. No entanto, a decisão da Opep+ de cortar a produção de petróleo impulsiona as petroleiras e ajuda os mercados globais a buscarem o campo positivo.
Na agenda, o destaque fica com os PMIs do Brasil e dos Estados Unidos, além da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve.
Virando a mesa
Depois de cair 1,8% na mínima do dia, o Ibovespa conseguiu virar o jogo e fechar a sessão de ontem no azul - com um empurrãozinho da Petrobras.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) anunciou que a Arábia Saudita deve cortar em 1 milhão de barris por dia a sua produção entre fevereiro e março, como uma forma de compensar o aumento da produção em 75 mil bpd que será realizado pela Rússia e Cazaquistão e contornar o cenário de baixa demanda pela commodity, ainda afetada pela crise do coronavírus.
Puxada pela valorização do barril, a Petrobras levou o Ibovespa na sua cola e o principal índice da bolsa brasileira encerrou o dia com leve alta de 0,4%, aos 119.380 pontos.
O dólar também subverteu as expectativas que se desenhavam ao longo do dia. Com a melhora do cenário dos mercados após a decisão da Opep, a moeda americana teve leve queda de 0,15%, aos R$ 5,2603.
Leia Também
‘Brasil está quebrado’
Pegou mal a declaração do presidente Jair Bolsonaro ontem de que o Brasil estaria ‘quebrado’ e que ele não poderia fazer nada para mudar a situação. A fala do presidente gera novos ruídos, mas o ministro Paulo Guedes disse que essa é uma prova do compromisso do governo com o ajuste fiscal.
No cenário local, os investidores também seguem monitorando as articulações para a disputa pela presidência do Senado e da Câmara.
Onda azul
Uma das razões para que o mercado tenha se mantido mais cauteloso durante a tarde de ontem foi a perspectiva de que o segundo turno das eleições para o Senado americano no estado da Geórgia acabasse entregando o controle da casa aos democratas, que já possuem a maioria no Congresso.
A Associated Press já projeta que Raphael Warnock, democrata, está matematicamente eleito. Agora, as atenções se voltam para a outra vaga que precisa de definição e cujo favorito é o também democrata Jon Ossoff.
A ‘onda azul’ - com a Casa Branca, Congresso e Senado nas mãos dos democratas - já era uma ‘ameaça’ descartada pelo mercado. Com o controle das duas casas, o temor é que o governo Biden consiga passar medidas impopulares em Wall Street, como o aumento dos impostos corporativos e uma maior regulação das empresas de tecnologia.
A projeção de uma vitória democrata ajudou a azedar o humor dos negócios na Ásia durante a madrugada, mas, por outro lado, a decisão da Opep+ de cortar a produção por mais alguns meses balanceou os mercados, com as bolsas da região fechando sem uma direção definida. No continente, outra questão que pesou foi a proibição de alguns softwares chineses por parte do governo americano.
Na cola do petróleo
Os investidores no Velho Continente, no entanto, deixam de lado a cautela nesta manhã e apresentam altas firmes com a valorização das petroleiras. Quando a Opep+ anunciou a decisão, na tarde de ontem, as bolsas europeias já estavam fechadas e, por isso, deve ser repercutida no pregão de hoje.
Outro fator positivo na região é relacionado às vacinas contra a covid-19. Há expectativa de que a União Europeia aprove o uso do imunizante desenvolvido pela Moderna para uso emergencial.
Os índices futuros em Wall Street também ficam na cola do petróleo, deixando de lado, pelo menos momentaneamente, a cautela com as eleições e inverteram o sinal agora pela manhã, passando a operar no campo positivo.
Agenda
O destaque do dia fica com a divulgação dos índices de gerentes de compras (PMI) composto e de serviços no Brasil (10h) e dos Estados Unidos (11h45).
Outra divulgação que o mercado deve monitorar é a da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (16h). Além disso, o Congresso americano deve validar nesta quarta-feira a vitória de Joe Biden (15h).
WEG (WEGE3) tem preço-alvo cortado pelo JP Morgan após queda recente; banco diz se ainda vale comprar a ‘fábrica de bilionários’
Preço-alvo para a ação da companhia no fim do ano caiu de R$ 66 para R$ 61 depois de balanço fraco no primeiro trimestre
Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta
As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA
Esta empresa mudou de nome e ticker na B3 e começa a negociar de “roupa nova” em 2 de maio: confira quem é ela
Transformação é resultado de programa de revisão de estratégia, organização e cultura da empresa, que estreia nova marca
Ficou com ações da Eletromidia (ELMD3) após a OPA? Ainda dá tempo de vendê-las para não terminar com um ‘mico’ na mão; saiba como
Quem não vendeu suas ações ELMD3 na OPA promovida pela Globo ainda consegue se desfazer dos papéis; veja como
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Fundos imobiliários: ALZR11 anuncia desdobramento de cotas e RBVA11 faz leilão de sobras; veja as regras de cada evento
Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) desdobrará cotas na proporção de 1 para 10; leilão de sobras do Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) ocorre nesta quarta (30)
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Lucro líquido da Usiminas (USIM5) sobe 9 vezes no 1T25; então por que as ações chegaram a cair 6% hoje?
Empresa entregou bons resultados, com receita maior, margens melhores e lucro alto, mas a dívida disparou 46% e não agradou investidores que veem juros altos como um detrator para os resultados futuros