Exterior positivo tenta aliviar nuvem de preocupação local com a situação fiscal
Situação em Brasília segue nos holofotes, com investidores acompanhando a instalação da Comissão Mista do Orçamento e novidades em torno do Renda Cidadã
Enquanto no exterior os investidores aproveitam a nova sinalização de estímulos monetários adicionais para irem às compras, o mercado local segue acompanhando de perto a situação fiscal brasileira e sua possível deterioração com novas medidas do governo.
Na agenda, o destaque fica com os números do varejo brasileiro de agosto. Lá fora, o mercado espera novas sinalizações de estímulos na ata da última reunião do Banco Centrla Europeu.
Clima pesado
O Ibovespa não deu vida fácil para os investidores nesta quarta-feira (08). Descolando do cenário positivo observado no exterior, a preocupação com o cenário fiscal do país pesou e o principal índice da bolsa brasileira recuou 0,09%, aos 95.526,26 pontos - o índice chegou a avançar 0,8% na máxima do dia.
O dólar também passou o dia sob pressão e ao fim da sessão avançou 0,53%, a R$ 5,62.
Os agentes financeiros locais observam com desconfiança a situação das contas públicas do país em meio ao aumento de gastos para conter a pandemia do coronavírus.
Ontem, o governo correu para desmentir uma notícia da revista Veja, que dizia que o estava em estudo estender o auxílio emergencial até metade de 2021. Mesmo com a negativa do ministro Paulo Guedes, o rumor aumentou a percepção de incerteza dos investidores, que não tiveram força para retomar a alta vista no início do dia. O mercado local espera agora uma medida mais concreta de que o governo realmente irá respeitar o teto de gastos e controlar a situação.
Leia Também
Foco segue em Brasília
O olhar dos investidores deve seguir observando as negociações em Brasília e tudo o que pode mexer com o quadro fiscal brasileiro.
Responsável por parte da cautela vista ontem, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa novamente de evento com profissionais do mercado.
O cenário doméstico também deve reagir aos atritos políticos entre membros do Centrão, que tem impedido que a instalação da Comissão Mista de Orçamento (CMO) seja realizada na Câmara. O impasse faz com que as discussões da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2021 fiquem estagnadas, piorando o cenário para o governo.
Trégua parcial
Enquanto no Brasil a preocupação com o Orçamento e a saúde fiscal do país ficam em evidência e são gatilho para a cautela dos investidores, lá fora é Donald Trump que dá as cartas
Depois de derrubar as bolsas globais na terça-feira, ao anunciar a suspensão da negociação do pacote de estímulo fiscal trilionário que era discutido no Congresso, o presidente americano reanimou os mercados ontem ao voltar atrás (pelo menos em parte) da medida.
Trump recorreu mais uma vez ao Twitter para anunciar que estava pronto para apoiar medidas de socorro ao setor aéreo. Com a sinalização de novos estímulos, considerados essenciais para a recuperação econômica da maior economia do mundo, o mercado engrenou em um novo movimento de recuperação. A ata da última reunião do Federal Reserve, que mostrou desconforto com a falta de novos estímulos, também é bem recebida.
Na Ásia, a maior parte das bolsas fecharam em alta - com exceção de Hong Kong. Na China, os negócios estão parados para a celebração do feriado do Dia Nacional e só devem ser retomados na semana que vem.
Os investidores europeus pegam carona no sinal positivo dos índices futuros em Nova York e também operam no azul nesta manhã, já que não conseguiram aproveitar o movimento de recuperação ontem. Na região, os agentes financeiros aguardam a divulgação da ata da última reunião do Banco Central Europeu (BCE), de olho na sinalização de mais estímulos econômicos e as projeções para a inflação do bloco.
Agenda
O destaque do dia fica com os números do varejo brasileiro em agosto (9h). A previsão dos analistas é que o varejo restrito tenha alta de 3,2% na margem.
Os leilões de LTN, NTN-F e LFT (11h) feitos pelo Tesouro podem mexer com a curva de juros.
Na Europa, os investidores aguardam a sinalização de novos estímulos monetários na ata da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (8h30). Nos Estados Unidos, é dia de conhecer o número de pedidos de auxílio-desemprego da semana anterior (9h30).
Fique de olho
- O Enjoei, site de venda de produtos usados, definiu a faixa indicativa do seu IPO entre R$ 10,25 e R$ 13,75. A oferta pode movimentar até R$ 1,7 bilhão.
- A Tim aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio de R$ 500 mi.
- O Federal Reserve aprovou o pedido do Bradesco para a compra do banco americano BAC Florida
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
