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Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Juros

Estímulo monetário está adequado e crescimento depende de reformas

Em ata, Banco Central (BC) reforça cautela, serenidade e perseverança e afirma que incerteza impede retomada mais acelerada da atividade

Eduardo Campos
Eduardo Campos
12 de fevereiro de 2019
9:18 - atualizado às 14:26
Reunião do Copom com Ilan Goldfajn à frente
Copom destaca cautela, serenidade e perseverança nas decisões de política monetária - Imagem: Beto Nociti/BCB

O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou a ata de sua primeira reunião de 2019, que aconteceu na semana passada e manteve a Selic em 6,5% ao ano. Do documento, o colegiado voltou a destacar que os riscos de alta para inflação ainda estão maiores que os de baixa, que a taxa de juros está estimulativa e que a incerteza com relação às reformas é que impede uma retomada mais rápida da atividade.

O Copom também reafirma sua preferência por manter um maior grau de flexibilidade, abstendo-se de fornecer indicações sobre seus próximos passos na condução da política monetária.

Mesmo sem aceno de novas reduções da Selic pela frente, o documento permite vislumbrar um longo período de estabilidade do juro básico em 6,5%, o que é sempre boa notícia para os ativos de risco como bolsa de valores,  setor imobiliário e fundos imobiliários. Na renda fixa, os prêmios já caíram bastante nos papéis do Tesouro Direto, mas ainda é possível garimpar oportunidades. Mas há outros bons negócios em outros ativos de renda fixa.

Os termos “cautela, serenidade e perseverança” voltam a aparecer quando o colegiado fala sobre a melhor forma de manter a trajetória da inflação em direção às metas, compromisso máximo na condução da política monetária.

A culpa é da incerteza

Desde o fim do ano passado assistimos a um debate se haveria ou não espaço para o BC ampliar o estímulo monetário, tendo em vista uma inflação que surpreende para baixo e um crescimento que teima e não engrenar.

Entramos nesse debate aqui e aqui, mas a ata parece informar que o BC vê o atual juro real, na casa de 2,3% ao ano, provendo o estímulo adequado para a atividade, sem colocar em risco a convergência da inflação às metas de 4,25% neste ano e 4% em 2020.

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Essa indicação transparece em alguns pontos da ata, notadamente no novo parágrafo destinado às avaliações sobre a atividade. O Copom debateu evidências de algum arrefecimento da atividade no quarto trimestre de 2018, quando comparado ao terceiro trimestre. Mas considerando os choques que incidiram ao longo de 2018, os membros do colegiado concluíram que a evolução da atividade econômica tem sido consistente com o cenário básico, de recuperação gradual da economia. O BC espera crescimento de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019.

“Os membros do Copom ressaltaram que uma aceleração de ritmo de retomada da economia dependerá da diminuição das incertezas em relação à aprovação e à implementação das reformas, notadamente as de natureza fiscal, e de ajustes na economia brasileira”, diz o documento.

Além disso, os membros do colegiado também ressaltaram a importância de outras iniciativas que visam aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios. “Esses esforços são fundamentais para a retomada da atividade econômica e da trajetória de desenvolvimento da economia brasileira.”

É como se o BC dissesse que de sua parte ele está fazendo o possível, mas que a política monetária sozinha não vai conseguir levar a economia a uma taxa de crescimento mais acelerada, reduzindo, assim, o alto nível de ociosidade dos fatores de produção.

Outra avaliação possível é que com a realização de reformas e consequente redução do juro estrutural, o BC poderia manter o juro nominal (Selic) no patamar atual por ainda mais tempo.

Em algum momento, a política monetária terá de ser normalizada. Isso pode ser feito pela elevação do juro nominal (Selic), pela redução da taxa estrutural, via reformas, ou por uma combinação das duas coisas. No entanto, esse momento ainda parece um pouco distante.

Em março, um novo Copom

Tem grande chance de essa ter sido a última reunião presidida por Ilan Goldfajn. Agora em fevereiro, deve acontecer a esperada sabatina com o indicado para o posto, Roberto Campos Neto, que dependendo dos demais trâmites estaria apto a comandar o Copom dos dias 19 e 20 de março.

Desde que foi indicado ao posto em novembro do ano passado, Campos Neto optou por não dar declarações. Então, sua ida à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado deve ser bastante concorrida, já que todos querem saber o que ele pensa, agora como banqueiro central.

Também há chance de o Copom de março ter novos membros na diretoria. Reinaldo Le Grazie já foi exonerado do cargo por razões pessoais e para o seu lugar o indicado é Bruno Serra Fernandes, economista formado pelo Ibmec, com mestrado em Economia pela USP. Fernandes fez carreira no sistema financeiro atuava com responsável no Itaú Unibanco pela mesa de renda fixa proprietária. Enquanto, Fernandes não assume, Carlos Viana responde como diretor de Política Monetária. Tiago Berriel está acumulando as diretorias de Assuntos Internacionais e Política Econômica, que é de Viana. Então, esse Copom teve de oito votos.

Outro nome indicado a ser sabatinado é João Manoel Pinho de Mello, que foi secretário do extinto Ministério da Fazenda. Ele assumira a diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, com a saída, também a pedido, de Sidnei Corrêa Marques, que estava há oito anos na função.

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