Com real digital do Banco Central, bancos poderão emitir criptomoeda para evitar “corrosão” de balanços, diz Campos Neto
O presidente da CVM, João Pedro Nascimento, ainda afirmou que a comissão será rigorosa com crimes no setor: “ fraude não se regula, se pune”

Os bancos poderão criar suas próprias “criptomoedas” com lastro em depósitos para operar com o “real digital”, a moeda digital (CDBC) que está sendo criada pelo Banco Central. A afirmação é do presidente do BC, Roberto Campos Neto.
Nitidamente um grande entusiasta da tecnologia das criptomoedas, Campos Neto afirmou que o arcabouço do real digital evitará a chamada “corrosão” do balanço dos bancos.
Isso aconteceria caso todas as pessoas resolvessem adotar o real digital, o que acabaria limitando a capacidade das instituições financeiras concederem crédito.
No modelo em estudo pelo BC brasileiro, os bancos poderão emitir “stablecoins” — criptomoedas com lastro em uma moeda fiduciária — com base em seus depósitos.
“O Banco Central vai garantir que todo stablecoin seja transformado 1 para 1 na moeda emitida pelo BC”, afirmou Campos Neto, que participou nesta sexta-feira do evento O Futuro da Regulamentação dos Criptoativos no Brasil, em Brasília.
Nas projeções do chefe da autoridade monetária, o lançamento da Central Bank Digital Currency (CBDC) deve acontecer em algum ponto de 2024.
Leia Também
Veja também: OS PRÓXIMOS PASSOS DO REAL DIGITAL
Regulação branda
O presidente do BC também deu um alívio ao mercado de criptomoedas ao defender uma legislação “branda” para o setor.
“Em grande parte, os banqueiros centrais dizem: ‘eu quero regular isso aí, pesado e 100% dentro do ambiente regulado’. Eu entendo, mas não concordo”, afirmou Campos Neto.
Para ele, a legislação deve caminhar ao lado do desenvolvimento tecnológico desse mercado e uma regulação mais pesada seria um fator limitante para isso.
As falas do chefe do BC vêm em um momento oportuno: o Congresso Nacional debate o projeto de lei (PL) nº 4.401/2021, que regula o mercado local de cripto. Segundo a proposta, o Banco Central seria o principal órgão regulador desse setor.
Do mesmo modo, João Pedro Nascimento, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ainda afirmou que irá publicar um parecer de recomendação junto ao Banco Central para organizar o mercado. “A norma já está pronta, ainda falta acertar alguns detalhes com o BC”.
“Enquanto não vier a lei, vai vir o parecer de orientação. Fraude não se regula, se pune”, concluiu o presidente da CVM em sua participação no painel.
Um aplicativo central para seus bancos
Já próximo do final de sua participação no evento, o presidente do Banco Central projetou o que seria uma “última fase” do open finance. Na visão de Campos Neto, o usuário terá um aplicativo que concentra todas as operações financeiras de uma pessoa.
Isto significa que bancos, investimentos e outras funcionalidades não ficarão mais espalhadas em diversos apps diferentes, o que dará mais liberdade ao cliente de escolher as melhores opções para o seu perfil.
O fim dos cartões de crédito
Esse sistema — que, nas palavras do banqueiro central, será um “panorama da vida financeira de cada pessoa” — ainda deve ser um golpe fatal nos cartões de crédito.
As novas funcionalidades de PIX programado e PIX crédito já são um primeiro passo para isso. “O cartão de crédito vai deixar de existir em algum momento com o sistema integrado de bancos”, diz ele. Por fim, o sistema offline também irá valer tanto para o PIX quanto para o real digital.
Ela funcionaria como uma “carteira digital” sem a necessidade de conexão com a internet ou a abertura do aplicativo de um banco, mas Campos Neto deu poucos detalhes de como isso funcionaria na prática.
Bitcoin (BTC) tem dia histórico: criptomoeda quebra novo recorde e ultrapassa US$ 109 mil
Impulsionado por adoção institucional, trégua comercial com a China e ambiente regulatório favorável, bitcoin bate máxima histórica — mas cenário ainda exige cautela dos investidores
Impacto do clima nos negócios de bancos e instituições financeiras mais que dobra, aponta pesquisa do BC
Levantamento mostra que os principais canais de transmissão dos riscos climáticos são impactos em ativos, produção e renda, o que afeta crédito e inadimplência
Méliuz (CASH3) lidera as maiores quedas da bolsa após considerar nova captação para investir em bitcoin (BTC); entenda
Queda acontece após Méliuz aprovar a mudança no estatuto social para passar a adotar a criptomoeda como principal ativo de investimento da sua tesouraria
Uma questão de contexto: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca depois de corte de juros na China
Investidores repercutem avanço da Petrobras à última etapa prevista no processo de licenciamento da Margem Equatorial
Méliuz (CASH3) avalia captar recursos via dívida e oferta de ações de R$ 150 milhões para investir em bitcoin (BTC)
Companhia aprovou, na semana passada, mudança no estatuto social para passar a adotar a criptomoeda como principal ativo de investimento da sua tesouraria
Bitcoin (BTC) à beira de novo recorde: criptomoeda flerta com US$ 107 mil em meio à reação ao rebaixamento do rating dos EUA
Semana começa agitada para o mercado de criptomoedas, com alta volatilidade. Mas, por enquanto, o saldo é positivo para o bitcoin, e especialistas já enxergam novas máximas
Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, libera compra de bitcoin para clientes, mas se mantém crítico e compara BTC a cigarro
Com um longo histórico de ceticismo, Jamie Dimon afirmou que o JP Morgan permitirá a compra de bitcoin, mas sem custodiar os ativos: “Vamos apenas colocar nos extratos dos clientes”
É igual, mas é diferente: Ibovespa começa semana perto de máxima histórica, mas rating dos EUA e gripe aviária dificultam busca por novos recordes
Investidores também repercutem dados da produção industrial da China e de atividade econômica no Brasil
Agenda econômica: IBC-Br e CMN no Brasil, ata do BCE na Europa; veja o que movimenta a semana
Semana não traz novos balanços, mas segue movimentada com decisão de juros na China e indicadores econômicos relevantes ao redor do mundo
Bitcoin (BTC) engata alta, puxa junto outras criptomoedas e se aproxima de máxima histórica neste domingo
O bitcoin encontra-se apenas 3% abaixo de sua máxima histórica de US$ 108.786, preço atingido em 20 de janeiro, logo após a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos
Bitcoin (BTC) chega ao final da semana acima de US$ 103 mil e JP Morgan vê espaço para mais
Otimismo permeia o mercado de ativos digitais, mas nem todas as criptomoedas acompanham o ritmo do bitcoin na semana
O milagre do bitcoin (BTC): ação da Méliuz (CASH3) dispara 28% e surge entre as maiores altas da bolsa; entenda o movimento
O salto dos papéis acontece depois que, na quinta-feira (15), a plataforma alterou seu estatuto, tornando-se a primeira Bitcoin Treasury Company do Brasil e da América Latina
O mapa da mina: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil e fusão entre BRF e Marfrig
Bolsas internacionais amanhecem no azul, mas noticiário local ameaça busca do Ibovespa por novos recordes
Méliuz (CASH3) consegue mudar estatuto e pode adotar bitcoin (BTC) como principal ativo estratégico da tesouraria
Os planos da plataforma para investir em criptomoedas começaram no dia 6 de março, quando anunciou que havia usado 10% de seu caixa para comprar bitcoin
O novo normal durou pouco: Ibovespa se debate com balanços, PIB da zona do euro e dados dos EUA
Investidores também monitoram a primeira fala pública do presidente do Fed depois da trégua na guerra comercial de Trump contra a China
Regulação das stablecoins trava no Senado dos EUA e Federal Reserve emite novo alerta sobre riscos
Projeto batizado de GENIUS Act travou no Senado em meio a embate entre democratas e republicanos após controvérsias envolvendo Donald Trump, sua família e o mercado cripto
Show de talentos na bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca
Ibovespa acaba de renovar sua máxima histórica em termos nominais e hoje depende do noticiário corporativo para continuar subindo
Dinheiro esquecido: R$ 9,13 bilhões ainda estão dando sopa e esperando para serem resgatados
Dados do BC revelam que 42,1 milhões de pessoas físicas ainda não reivindicaram os valores deixados nos bancos
Ibovespa dispara quase 3 mil pontos com duplo recorde; dólar cai mais de 1% e fecha no menor patamar em sete meses, a R$ 5,60
A moeda norte-americana recuou 1,32% e terminou a terça-feira (13) cotada a R$ 5,6087, enquanto o Ibovespa subiu 1,74% e encerrou o dia aos 138.963 pontos; minério de ferro avançou na China e CPI dos EUA veio em linha com projetado
FGC avalia empréstimo de ‘curtíssimo prazo’ ao Banco Master enquanto negócio com BRB não sai, segundo jornal
Segundo pessoas próximas ao Fundo Garantidor de Créditos, esses recursos seriam suficientes para ajudar no pagamento de dívidas de dois a três meses