🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR ESTE MÊS – ACESSE DE GRAÇA

Bolsonaro: O Segundo Mandato — calma, é só um bull market

Um bull market secular e estrutural, tal como eu imagino estar em curso neste momento, não é para ganhar 20 ou 30 por cento. Isso é o que enxergamos de upside ex-ante. Mas o movimento é sempre maior do que somos capazes de antever.

12 de julho de 2019
10:40
Imagem: Shutterstock

Se você ainda não assistiu ao meu bate-papo com o Florian Bartunek, ainda há tempo de fazê-lo e dar sua contribuição para a Estudar. Estamos muito próximos de bater a meta de arrecadação de 100 mil reais, num dos maiores eventos de fundraising por YouTube do Brasil. Seria uma honra poder contar com a sua ajuda.

Florian, como lhe é de costume, falou coisas muito interessantes sobre obstinação, disciplina, liderança e, claro, sobre gestão de portfólio e algumas ações que lhe parecem interessantes agora. Mais importante até do que os papéis individualmente é sua combinação no portfólio, como funcionam harmonicamente numa única cesta. Entre as ações citadas, aparecem Eneva, Banco Inter, Mercado Livre, Lojas Renner, B3 e outras.

Agora, deixe-me dividir uma coisa que falamos nos bastidores — normalmente, são as melhores. A gente falava de musculação — aprendi que a longevidade está bastante associada ao percentual de massa magra no corpo; então, se precisar escolher (obviamente, o melhor é realizar tudo), faça agachamento, barra e supino — e ele confessou já ter treinado braço às 7h da matina. Questionei se ele, assim como eu, também treinava todo dia. Obtive de resposta: “Cara, você precisa ir todo dia. Se começa abrir exceção, aquele ‘só hoje’ começa acontecer três vezes por semana. No final, você vai ver sua frequência diminuir uns 50 por cento. Eu ouvi uma coisa do Abílio uma vez, de que você precisa montar sua agenda em torno da academia, tratando aquilo como prioridade; aí as coisas se encaixam”.

É uma lição de disciplina, sabe? Percebi que eu mesmo faço isso, de forma não tão deliberada e estruturada. Mas, além de uma questão particular ligada ao esporte, eu notei que, no fundo, tudo que é realmente importante (o que é bem diferente de urgente), precisa ser tratado como prioridade, sem tergiversar, sob disciplina espartana.

Construção patrimonial

O processo de construção patrimonial também precisa ser tocado assim. Poxa, isso é o seu futuro e da sua família. Não existe esse negócio de “não tive tempo para pensar minhas finanças hoje”. Como não teve tempo? Mentira. Você apenas não priorizou. Curiosamente, ainda ontem, horas depois, fui ler uma matéria no InfoMoney com o André Jakurski, para mim o grande trader do Brasil, possivelmente o maior da nossa história, dizendo assim: “A boa gestão não pode ser feita pela metade, precisa ser feita intensamente. Caso contrário, a eficiência diminui dramaticamente”. Breve parêntese, super-rapidinho: ele, assim como eu, está muito otimista com as ações da Oi. Para mim, é a maior e mais óbvia assimetria da Bolsa. Tem risco? Você está brincando, né? Tem risco? A empresa está em recuperação judicial. Mas o quanto você pode ganhar é muito mais do que você pode perder aqui. Uma aposta do tipo 4 para 1. Gosto de coisas assim.

Não confunda, evidentemente, pensar o seu dinheiro e sua evolução patrimonial com a necessidade de ficar operando em Bolsa. Ao contrário, quanto menos você operar, provavelmente mais bem-sucedido será. Num estudo da Fidelity, as melhores carteiras eram do segmento das pessoas que haviam morrido, justamente por, ao menos fora das mesas kardecistas ou dos terreiros de umbanda, elas não poderem ficar girando seu portfólio. Essa é também uma das razões para a superioridade feminina em Bolsa — elas negociam menos. Aqui me refiro a um processo de disciplina, diligência e priorização. Tome as rédeas do negócio e o trate como prioridade, entre outras que você tem, claro. Não é para ficar tradando, é para ficar pensando.

Leia Também

Voltando ao Florian, ele resumiu bem também os benefícios da inação, recorrendo a Warren Buffett: “Em um bull market, você não ganha dinheiro fazendo trade, você ganha dinheiro ficando sentado”.

Enfim, chegamos onde eu queria.

Filho do bull market

Quando eu comecei a trabalhar formalmente no mercado financeiro, na primeira década dos anos 2000, havia uma frase meio recorrente repetida de maneira pejorativa aos jovens, que era mais ou menos assim: “Você é filho do bull market; não sabe o que é uma tendência de queda”. Todos vivíamos aquela época de expansão vigorosa da economia mundial pós-bolha da Nasdaq, com juros muito baixos lá fora. Aqui dentro, estávamos naquele bom Lula 1, com a dupla Palocci/Meirelles garantindo a ortodoxia na gestão da política econômica, subsidiados por excepcionais secretários da estirpe de Marcos Lisboa, Murilo Portugal e Joaquim Levy. Depois desandou, claro. Mas o ciclo de 2003-07 na Bolsa brasileira foi estapafúrdio. Só tinha gênio por aí. No bull market, tudo que você compra sobe. E o sucesso é um péssimo professor. E a arrogância dos gestores? Jesus amado. Essa turma marca as avaliações das competências individuais conforme as cotas dos próprios fundos — bom, você já deve imaginar como têm sido agradáveis os meus almoços em plenos 105 mil pontos, né?

Para ser sincero, a expressão “filho do bull market” não era muito justa comigo. Eu vi meu pai perder uma bolada com a crise da Tequila em 1995. Depois, se estrepou de novo com a Tailândia em 97. Eu mesmo já fui ter um belo preju com a Rússia em 98-99. Depois veio a Nasdaq e a Argentina. Mas fazer o quê?

Questões pessoais à parte, a turma da época realmente não sabia muito bem o que era um bear market. Foi dar de cara no muro com aquele fatídico 15 de setembro de 2008, com a quebra do Lehman Brothers. Um show de horrores. Os geniais traders alavancados sucumbiram da noite para o dia. De heróis a vilões em 24 horas. De toalha felpuda a pano de chão num piscar de olhos. Aquilo marcou toda uma geração.

Só que agora é diferente. Se quem começou nos anos 2000 não sabia o que era um bear market, o oposto acontece neste momento. Há uma memória recente, com sulcos psíquicos muito bem formados, para onde caminham todas as novas tempestades eletroquímicas, ligada a um mercado e uma economia em queda ou de lado. O ciclo 2008-15 foi destruidor. E pouca gente pegou na veia a recuperação de 2016 até agora — principalmente porque a economia ainda não voltou. Há toda uma galera filha do bear market. E precisamos nos preparar para a antítese disso: o bull market, pois é exatamente o que estamos vivenciando, com espaço para uma construção de riqueza esplendorosa nos próximos anos.

Um bull market secular e estrutural, tal como eu imagino estar em curso neste momento, não é para ganhar 20 ou 30 por cento. Isso é o que enxergamos de upside ex-ante. Mas o movimento é sempre maior do que somos capazes de antever. Depois, vai ficar tudo óbvio. A posteriori, há previsores cirúrgicos do passado (embora até ele seja incerto no Brasil). Para ilustrar, pegue o quanto bancos médios e incorporadoras ruins costumam subir nos grandes ciclos de Bolsa. Se achar algo perto de 1.000 por cento, não se assuste. Sim, acontece. Não sou eu, mas, sim, a realidade que insiste em seu não comedimento.

Temos uma mente linear, incapaz de identificar dinâmicas exponenciais. Mas as variações em Bolsa são justamente do tipo exponenciais. Os lucros das empresas são alavancados na economia, e a própria economia vai andar agora. Note ainda que é uma questão meramente matemática, com juros sobre juros formando uma curva convexa.

Veja o que Luis Stuhlberger (acho que não preciso adjetivá-lo, né?) acaba de escrever (será que ele escreve ainda?) em sua carta mensal da Verde Asset: “Vemos uma clara não linearidade à vista em relação ao crescimento, com aceleração que certamente não está refletida no preço dos ativos”.

Reforma da Previdência

A reforma da Previdência é fundamental em si. Mas ela é muito mais do que isso. Ela marca o encerramento de uma primeira fase do governo Bolsonaro. Agora, iniciamos uma espécie de Segundo Mandato, com a entrada na agenda do crescimento. Bicho, 379 votos! Ninguém esperava isso. Volto à ideia proposta aqui há cerca de um ano e meio: a agenda se impõe. E a agenda agora é pró-negócios e pró-mercado. A adequação previdenciária é a primeira de uma séria e profunda agenda de reformas brasileiras. Não é o fim, mas o princípio. Vai passar tudo.

De imediato, iniciam-se os debates mais profundos sobre a reforma tributária. É iminente um pacote de medidas de estímulos ao crescimento, com foco em retomada do consumo e construção civil — só isso deve empurrar as ações do setor para cima em mais uns 5 por cento. Na sequência, mais flexibilização do mercado de trabalho, pacto federativo, reforma política, concessões, privatizações, acordos comerciais. Selic vai a 5 por cento — há gente séria falando em menos do que isso. Gringo vai vir porque Brasil é grande demais para ser ignorado e logo começam os upgrades do rating, já flertando com investment grade no final de 2020.

Quando, daqui a 12 meses, você olhar para sua evolução patrimonial e se achar um gênio, ou ler nessas linhas mal escritas supostos acertos de recomendações, por favor, volte ao planeta Terra. Calma, é só um bull market.

Mercados

Depois da pausa para correção na véspera, mercados brasileiros amanhecem na sexta-feira sob moderado otimismo. Acompanham futuros nos EUA e votação dos destaques da reforma da Previdência na Câmara — por um lado, desidratação não parece tão preocupante; por outro, possibilidade de adiamento da votação em segundo turno contém clima de euforia.

Há também ligeira dose de preocupação no exterior, com queda das importações chinesas maior do que o esperado e recuo importante do PIB de Singapura. Agenda doméstica traz dados do setor de serviços e indicadores regionais de produção industrial. Nos EUA, inflação ao produtor é o principal destaque.

Ibovespa abre em alta de 0,3 por cento, dólar e juros futuros estão perto da estabilidade.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SEXTOU COM O RUY

Multiplicação histórica: pequenas empresas da bolsa estão prestes a abrir janela de oportunidade

9 de maio de 2025 - 6:03

Os ativos brasileiros já têm se valorizado nas últimas semanas, ajudados pelo tarifaço de Trump e pelas perspectivas mais positivas envolvendo o ciclo eleitoral local — e a chance de queda da Selic aumenta ainda mais esse potencial de valorização

BALANÇO NAS ALTURAS

Itaú (ITUB4) tem lucro quase 14% maior, a R$ 11,1 bilhões, e mantém rentabilidade em alta no 1T25

8 de maio de 2025 - 18:51

Do lado da rentabilidade, o retorno sobre o patrimônio líquido médio atingiu a marca de 22,5% no primeiro trimestre; veja os destaques

CRIPTO NA BOLSA

Novidade na B3: CVM aprova lançamento dos contratos futuros de ethereum (ETH) e solana (SOL)

8 de maio de 2025 - 15:25

Os novos produtos devem chegar ao mercado em 16 de junho, junto com a redução em dez vezes do tamanho do contrato futuro de bitcoin

VOANDO LEVE

Último credor da Gol (GOLL4) aceita acordo e recuperação judicial nos EUA se aproxima do fim

8 de maio de 2025 - 12:17

Companhia aérea afirma que conseguirá uma redução significativa de seu endividamento com o plano que será apresentado

COM PÉ DIREITO

Bradesco (BBDC4) salta 15% na B3 com balanço mais forte que o esperado, mas CEO não vê “surpresas arrebatadoras” daqui para frente. Vale a pena comprar as ações do banco?

8 de maio de 2025 - 11:35

Além da surpresa com rentabilidade e lucro, o principal destaque positivo do balanço veio da margem líquida — em especial, o resultado com clientes. É hora de colocar BBDC4 na carteira?

DINHEIRO NO BOLSO

Muito acima da Selic: 6 empresas pagam dividendos maiores do que os juros de 14,75% — e uma delas bateu um rendimento de 76% no último ano 

8 de maio de 2025 - 11:21

É difícil competir com a renda fixa quando a Selic está pagando 14,75% ao ano, mas algumas empresas conseguem se diferenciar com suas distribuições de lucros

UM BRINDE!

Ambev (ABEV3) tem lucro estável no 1º trimestre e anuncia R$ 2 bilhões em dividendos; ações saltam na B3

8 de maio de 2025 - 10:36

Lucro no 1T25 foi de R$ 3,8 bilhões, praticamente estável na comparação anual e em linha com o consenso de mercado

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Não há escapatória: Ibovespa reage a balanços e Super Quarta enquanto espera detalhes de acordo propalado por Trump

8 de maio de 2025 - 8:30

Investidores reagem positivamente a anúncio feito por Trump de que vai anunciar hoje o primeiro acordo no âmbito de sua guerra comercial

ALTAS EXPECTATIVAS

Itaú Unibanco (ITUB4) será capaz de manter o fôlego no 1T25 ou os resultados fortes começarão a fraquejar? O que esperar do balanço do bancão 

8 de maio de 2025 - 7:04

O resultado do maior banco privado do país está marcado para sair nesta quinta-feira (8), após o fechamento dos mercados; confira as expectativas dos analistas

RESULTADO DO BANCÃO

Mesmo com apetite ao risco menor, Bradesco (BBDC4) supera expectativas e vê lucro crescer quase 40% no 1T25, a R$ 5,9 bilhões

7 de maio de 2025 - 18:49

Além do aumento na lucratividade, o banco também apresentou avanços na rentabilidade, com inadimplência e provisões contidas; veja os destaques

REJEIÇÃO À OPA

Conselho de administração da Mobly (MBLY3) recomenda que acionistas não aceitem OPA dos fundadores da Tok&Stok

7 de maio de 2025 - 12:25

Conselheiros dizem que oferta não atende aos melhores interesses da companhia; apesar de queda da ação no ano, ela ainda é negociada a um preço superior ao ofertado, o que de fato não justifica a adesão do acionista individual à OPA

COM PRESSÃO ALTA

Balanço fraco da RD Saúde (RADL3) derruba ações e aumenta pressão sobre rede de farmácias. Vale a pena comprar na queda? 

7 de maio de 2025 - 12:05

Apesar das expectativas mais baixas para o trimestre, os resultados fracos da RD Saúde decepcionaram o mercado, intensificando a pressão sobre as ações

CONTEÚDO EMPIRICUS

Analista revela 5 ações para buscar dividendos em maio diante de perspectiva de virada no mercado

7 de maio de 2025 - 12:01

Carteira gratuita de dividendos da Empiricus seleciona papéis com bom potencial de retorno em maio

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Bola de cristal monetária: Ibovespa busca um caminho em dia de Super Quarta, negociações EUA-China e mais balanços

7 de maio de 2025 - 8:16

Investidores estão em compasso de espera não só pelas decisões de juros, mas também pelas sinalizações do Copom e do Fed

DE CABEÇA NAS CRIPTOS

Méliuz (CASH3): assembleia não consegue quórum mínimo para aprovar investimento pesado em bitcoin (BTC)

6 de maio de 2025 - 19:11

Apesar do revés, a companhia fará uma segunda convocação, no dia 15 de maio, quando não há necessidade de quórum mínimo, apenas da aprovação das pautas de 50% + 1 dos acionistas.

BALDE DE ÁGUA FRIA?

Balanço da BB Seguridade (BBSE3) desagrada e ações caem forte na B3. O que frustrou o mercado no 1T25 (e o que fazer com os papéis agora)?

6 de maio de 2025 - 13:07

Avaliação dos analistas é que o resultado do trimestre foi negativo, pressionado pela lucratividade abaixo das expectativas; veja os destaques do balanço

OS DESTAQUES DO BALANÇO

Rafael Ferri vai virar o jogo para o Pão de Açúcar (PCAR3)? Ação desaba 21% após balanço do 1T25 e CEO coloca esperanças no novo conselho

6 de maio de 2025 - 11:58

Em conferência com os analistas após os resultados, o CEO Marcelo Pimentel disse confiar no conselho eleito na véspera para ajudar a empresa a se recuperar

DESTAQUES DA BOLSA

É recorde: Ações da Brava Energia (BRAV3) lideram altas do Ibovespa com novo salto de produção em abril. O que está por trás da performance?

6 de maio de 2025 - 10:49

A companhia informou na noite passada que atingiu um novo pico de produção em abril, com um aumento de 15% em relação ao volume visto em março

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Expectativa e realidade na bolsa: Ibovespa fica a reboque de Wall Street às vésperas da Super Quarta

6 de maio de 2025 - 8:22

Investidores acompanham o andamento da temporada de balanços enquanto se preparam para as decisões de juros dos bancos centrais de Brasil e EUA

“UM MIMO”

Em viagem à Califórnia, Haddad afirma que vai acelerar desoneração de data centers para aumentar investimentos no Brasil

5 de maio de 2025 - 20:43

O ministro da Fazenda ainda deve se encontrar com executivos da Nvidia e da Amazon em busca de capital estrangeiro para o País

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar