🔴 [NO AR] TOUROS E URSOS: QUEM FICOU EM BAIXA E QUAIS FORAM AS SURPRESAS DE 2025? – ASSISTA AGORA

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Subindo

Dois degraus para cima: noticiário local e exterior calmo levam o Ibovespa aos 101 mil pontos

A expectativa a respeito de novas privatizações a serem conduzidas pelo governo, somada à tranquilidade vista lá fora, deram impulso ao Ibovespa

Victor Aguiar
Victor Aguiar
21 de agosto de 2019
10:29 - atualizado às 10:58
Subindo a escada
Ibovespa subiu 2% hoje e saltou ao nível dos 101 mil pontosImagem: Shutterstock

O Ibovespa caiu num buraco na semana passada. Em meio às incertezas vistas no cenário político-econômico global, o principal índice da bolsa brasileira perdeu o nível dos 100 mil pontos no último dia 15 — e, desde então, tentava voltar à marca dos três dígitos, mas sem sucesso.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas, nesta quarta-feira (21), o mercado parecia determinado a deixar esse fosso. Desde o início do dia, as operações assumiram um tom positivo, auxiliadas pelo clima mais ameno visto nas principais bolsas globais. Como resultado, o Ibovespa conseguiu subir o primeiro degrau, sustentando-se acima da marca centenária durante a manhã.

Só que um segundo fator de influência deu força extra à bolsa brasileira: o noticiário doméstico, que andava meio esquecido desde a aprovação da reforma da Previdência pelo plenário da Câmara. E, com sinalizações por parte do governo que foram bem recebidas pelo mercado, o Ibovespa conseguiu subir mais um degrau.

Como resultado, o principal índice acionário do país não só conseguiu recuperar o nível dos três dígitos — ele foi além. Ao fim do dia, o Ibovespa teve ganho de 2,00%, aos 101.201,90 pontos, encerrando muito perto da máxima intradiária, aos 101.240,13 pontos (+2,03%).

O dólar à vista também teve uma sessão de alívio: a moeda americana manteve-se em terreno negativo ao longo de toda a quarta-feira, fechando em baixa de 0,52%, aos R$ 4,0301 — na mínima, bateu os R$ 4,0151 (-0,89%).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Escalada local

Desde o início do dia, analistas e operadores citavam que novidades no front doméstico poderiam contribuir para melhorar o humor dos mercados locais. Em destaque, aparecia o plano de inclusão de outras 17 estatais numa lista de ativos a serem privatizados pelo governo.

Leia Também

Embora o anúncio oficial não tenha sido feito antes do encerramento da sessão — um evento formal está previsto para ocorrer no fim desta tarde —, a sinalização dada pelo governo na noite passada serviu para injetar ânimo nas operações.

Mais cedo, o site Poder360 divulgou uma relação com as 17 companhias que estariam nesse plano, com destaque para a Eletrobras. Como consequência, as ações ON da estatal (ELET3) dispararam 12,39% e as PNBs (ELET6) tiveram alta de 11,80%, liderando os ganhos do Ibovespa.

Mas não foi só isso. No meio da tarde, o jornal Valor Econômico publicou uma matéria afirmando, via fontes, que a equipe econômica pretende privatizar a Petrobras até o fim da gestão Bolsonaro, mesmo que a companhia não esteja na lista a ser divulgada hoje.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa segunda notícia fez as ações da Petrobras, que apresentavam ganhos modestos nesta quarta-feira, passarem a subir forte: os papéis PN (PETR4) terminaram a sessão em alta de 5,95%, enquanto os ONs (PETR3) tiveram ganho de 5,32%. E, dado o peso relevante da Petrobras na composição do Ibovespa, o índice como um todo ganhou força.

Por fim, também chamou a atenção o bom desempenho das ações do setor de construção civil, com MRV ON (MRVE3) e Cyrela ON (CYRE3) subindo 6,01% e 8,15%, respectivamente. Os ativos desse segmento reagem positivamente ao anúncio de uma nova modalidade de financiamento imobiliário pela Caixa.

Escada rolante

Mas o noticiário local só teve espaço para repercutir positivamente porque o clima lá fora está menos turbulento nesta quarta-feira. Embora as preocupações dos agentes financeiros em relação ao cenário político-econômico global permaneçam elevadas, o mercado encontrou espaço para se recuperar após as perdas recentes.

E, com o humor menos pesado, também aumentou a confiança de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) irá cortar juros na próxima reunião de política monetária, em setembro, de modo a blindar a economia do país de eventuais impactos negativos da guerra comercial com a China.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por mais que a ata da última reunião do Fed, divulgada nesta tarde, não tenha dado sinais evidentes de que um novo corte está a caminho — o documento voltou a bater na tecla de que não há um caminho predeterminado para a política monetária —, os mercados apostam que, na próxima sexta-feira (23), o presidente da instituição tende a assumir uma postura mais favorável ao alívio.

Jerome Powell fará um aguardado discurso no simpósio de Jackson Hole, uma espécie de encontro anual dos principais bancos centrais do mundo. E, considerando o acirramento nas tensões entre Washington e Pequim e as pressões cada vez maiores do presidente americano, Donald Trump — fatores que não estavam tao em evidência na última reunião, no fim de julho —, é esperada alguma atualização na postura do Fed.

"O clima lá fora está mais ameno, o mercado espera que comecem a surgir sinais de que o Fed ira mesmo cortar juros [em setembro]", diz Ari Santos, gerente da mesa de operações da H. Commcor. Ele lembra, contudo, que o Ibovespa segue com desempenho negativo no mês: mesmo com a alta de hoje, o índice ainda cai cerca de 0,6% em agosto.

Dólar despressurizado

Esse clima mais ameno visto no Ibovespa foi sentido no câmbio. E, assim como no caso do principal índice da bolsa brasileira, dois fatores atuaram em conjunto para trazer alívio à moeda americana

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por um lado, o dólar perdeu força em escala global, especialmente em relação às divisas de países emergentes, que foram castigadas nos últimos dias por causa da maior aversão ao risco. Assim, o peso mexicano, o rublo russo, o peso colombiano, o rand sul-africano e o peso chileno — além do real — ganharam força em conjunto nesta quarta-feira.

E, em termos locais, também exerceu influência sobre o mercado de câmbio o início dos leilões de dólar promovidos pelo Banco Central (BC) no mercado à vista — a autoridade aceitou propostas por US$ 200 milhões, de um lote total que poderia ir até US$ 550 milhões. Os leilões ocorrerão até o dia 29.

Juros em baixa

Em meio à expectativa em relação ao Fed e à tranquilidade no dólar à vista, as curvas de juros fecharam em baixa nesta quarta-feira, tanto na ponta curta quanto na longa.

Os DIs com vencimento em janeiro de 2021 recuaram de 5,43% para 5,36%, e os para janeiro de 2023 caíram de 6,44% para 6,34%. No vértice longo, as curvas com vencimento em janeiro de 2025 foram de 6,95% para 6,85%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
AINDA MAIS PRECIOSOS

Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?

22 de dezembro de 2025 - 12:48

No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%

BOMBOU NO SD

LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro

21 de dezembro de 2025 - 17:10

Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana

B DE BILHÃO

R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista

21 de dezembro de 2025 - 16:01

Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias

APÓS UMA DECISÃO JUDICIAL

Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana

21 de dezembro de 2025 - 11:30

O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo

DESTAQUES DA SEMANA

Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques

20 de dezembro de 2025 - 16:34

Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas

OS MAIORES DO ANO

Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking

19 de dezembro de 2025 - 14:28

Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel

MEXENDO NO PORTFÓLIO

De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação

19 de dezembro de 2025 - 11:17

Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar

MERCADOS

“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237

18 de dezembro de 2025 - 19:21

Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)

ENTREVISTA

‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus

18 de dezembro de 2025 - 19:00

CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.

OTIMISMO NO RADAR

Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem

18 de dezembro de 2025 - 17:41

Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário

PROVENTOS E MAIS PROVENTOS

Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025

18 de dezembro de 2025 - 16:30

Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira

ONDA DE PROVENTOS

Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall

18 de dezembro de 2025 - 9:29

A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão

HORA DE COMPRAR

Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo

17 de dezembro de 2025 - 17:22

Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic

TOUROS E URSOS #252

Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade

17 de dezembro de 2025 - 12:35

Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva

ESTRATÉGIA DO GESTOR

‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú

16 de dezembro de 2025 - 15:07

Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros

RECUPERAÇÃO RÁPIDA

Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander

16 de dezembro de 2025 - 10:50

Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores

RANKING

Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI

15 de dezembro de 2025 - 19:05

Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno

SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar