🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Apesar dos riscos, mercado tem dia de alívio

Decisão de Hong Kong de retirar projeto que desencadeou protestos alimenta esperanças entre os investidores, resgatando o apetite por risco

Olivia Bulla
Olivia Bulla
4 de setembro de 2019
5:40 - atualizado às 9:42
Ainda assim, sinais crescentes de desaceleração - quiçá recessão - mundial persistem

O alívio do mercado financeiro nesta quarta-feira vem da Ásia, onde dados encorajadores sobre o setor de serviços chinês e a decisão de Hong Kong de retirar o projeto de extradição que desencadeou os protestos sustentam ganhos firmes entre as bolsas. E esse sinal positivo se espalha pelo Ocidente, sinalizando um dia de recuperação dos ativos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O índice Hang Seng sobe mais de 4%, na maior alta em cerca de um ano, após a líder da ex-colônia britânica, Carrie Lam, anunciar que irá retirar formalmente o projeto de extradição que provocou quase três meses de protestos. A proposta estava apenas suspensa e a retirada era uma das reivindicações dos manifestantes, alimentando esperanças de que um retorno à calma em Hong Kong.

Ainda na região, o avanço do índice dos gerentes de compras (PMI) do setor de serviços na China, calculado pelo Caixin, para 52,1 em agosto, de 51,6 em julho, sugere que a demanda doméstica no país é mais forte do que a demanda externa. Além disso, o salto no subíndice de emprego aponta a capacidade do setor em absorver trabalhadores.

Em reação, a Bolsa de Xangai subiu 0,9%, enquanto o índice Shenzhen teve alta de 0,7%. Tóquio, por sua vez, oscilou em alta de 0,1%, penalizada pela queda das bolsas de Nova York na véspera. Nesta manhã, porém, os índices futuro em Wall Street exibem ganhos acelerados, garantindo uma abertura positiva na Europa.

Contudo, o velho continente amanheceu tenso, em meio à votação no Parlamento britânico de uma lei que, se passar, poderá impedir uma saída do Reino Unido da União Europeia (UE) em 31 de outubro se não houver um acordo entre as partes. O primeiro-ministro, Boris Johnson, ameaçou antecipar as eleições gerais, se a proposta for aprovada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

À espera de um desfecho, a libra esterlina recupera terreno e volta a ser negociada acima de US$ 1,20, ao passo que o euro segue abaixo de U$ 1,10. Aliás, o dólar se enfraquece em relação às moedas rivais, inclusive de países emergentes, o que abre espaço para uma recuperação das commodities. O petróleo avança e o minério de ferro subiu mais de 2%.

Leia Também

Esse movimento dos ativos aponta para uma melhora do sentimento em relação ao risco, um dia após o acúmulo de incertezas fragilizar o mercado financeiro. De um lado, estão as tensões comerciais entre Estados Unidos e China; de outro, os investidores tentam se escorar na perspectiva de mais estímulos dos bancos centrais espalhados pelo mundo.

No centro do debate, estão os sinais crescentes de desaceleração - quiçá recessão - mundial.

Entre a atividade real...

A queda de um importante indicador sobre a manufatura nos EUA para o território que indica contração da atividade, abaixo da linha divisória de 50, pela primeira vez desde 2016, mostrou ontem que a disputa tarifária com a China começa a afetar a maior economia do mundo. Tanto que as novas encomendas de exportação tiveram a leitura mais baixa desde 2009, enquanto o subíndice de produção atingiu o menor nível desde o fim de 2015.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Esse desempenho apenas reforça que o comércio está tendo um impacto negativo na atividade produtiva - e não apenas na cadeia de suprimentos da China, como ventilou ontem o presidente norte-americano, Donald Trump. Segundo ele, as empresas, o emprego e o dinheiro no país asiático vão desaparecer, ainda mais se Pequim demorar para firmar um acordo com Washington, esperando pelo desfecho da eleição presidencial nos EUA.

O problema é que Trump parece desconhecer os recentes progressos na economia chinesa, que transformaram o país, até então intensivo em mão de obra barata, em direção aos avanços que só a tecnologia pode proporcionar. Isso significa que a cadeia produtiva mudou e a origem de muitas mercadorias - como roupas e calçados - já não tem mais o selo “Made in China”, vindo agora de países do sudeste asiático, como Vietnã e Indonésia.

O que Pequim quer é que os produtos manufaturados da quarta revolução industrial - que se baseiam na inovação tecnológica a partir da confluência da geração 5G com a inteligência artificial, o Big Data e a internet das coisas (IoT) - sejam “Manufactured in China”, transformando a cadeia de suprimentos. Esse objetivo visa transformar o país em uma superpotência industrial a partir de 2025.

...e os estímulos monetários

Mas enquanto EUA e China não chegam a um acordo, que seja capaz de não comprometer nem os objetivos de reeleição de Trump nem de poderio industrial chinês, as ramificações da guerra comercial começam a espalhar. E se a deterioração do cenário continuar, logo o impacto da disputa sai do campo produtivo e entra no mercado de trabalho em geral, ajudando a levar o mundo à recessão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Aliás, tal cenário já é realidade na Alemanha e em vários outros países que já vivem em um mundo de taxa de juros negativa, com poucos efeitos significativos na economia real. Mas Trump tem pressionado o Federal Reserve para agir de modo mais agressivo e os investidores também elevaram as apostas em relação aos próximos passos do Fed. Após promover o primeiro corte na taxa de juros dos EUA desde 2008, de 0,25 ponto percentual, o mercado espera agora uma queda maior, de meio ponto.

No Brasil, a terceira queda consecutiva da indústria brasileira em julho mostra que a atividade do setor segue fraca e com uma recuperação lenta, o que praticamente dá como certo um corte na Selic neste mês, ainda mais diante do cenário confortável da inflação. O Banco Central deve manter o ritmo, reduzindo o juro básico em 0,50 pp, o que tende a manter o dólar sob pressão, sustentando o nível de R$ 4,00 como “novo normal”.

Como já dito aqui, as sucessivas retiradas de recursos estrangeiros dos ativos brasileiros - em especial da Bolsa, que registrou a saída recorde de quase R$ 11 bilhões apenas em agosto - e a indicação do BC de que a Selic deve renovar o piso histórico até dezembro, indo a 5%, entre outros fatores, ajudam a explicar porque o dólar rompeu a barreira dos R$ 4,00 e tem mostrado dificuldade em abandonar esse patamar.

Fluxo cambial é destaque

Aliás, a agenda econômica do dia traz como destaque os números de agosto do Banco Central sobre a entrada e saída de dólares do país (14h30). Nos dados parciais do mês passado, o fluxo cambial estava negativo em US$ 3,4 bilhões, com as retiradas de quase US$ 6,5 bilhões da conta financeira apagando o saldo positivo pela via comercial no período.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No acumulado do ano, as saídas pelo canal financeiro até 23 de agosto somam US$ 18,2 bilhões. Esse segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações. Com isso, o fluxo cambial em 2019 até a penúltima semana do mês passado estava negativo em US$ 5,6 bilhões.

Trata-se do único indicador doméstico previsto para essa quarta-feira. No front político, o Senado pode votar hoje na CCJ a inclusão de estados e municípios na reforma da Previdência. A chamada “PEC paralela” deve ser analisada depois da votação da proposta principal, já aprovada na Câmara.

Se forem aprovadas, as duas propostas serão encaminhadas ao plenário do Senado e a previsão é de que o texto principal seja votado, em dois turnos, até 10 de outubro. No exterior, dados de atividade no setor de serviços em países europeus e na zona do euro como um todo recheiam a agenda, logo cedo. Nos EUA, saem, pela manhã, o resultado da balança comercial em julho (9h30) e o Livro Bege do Federal Reserve, à tarde (15h).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ESQUECERAM DE MIM?

Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde

24 de outubro de 2025 - 15:02

Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva

MERCADOS HOJE

Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?

24 de outubro de 2025 - 12:39

O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui

VEJA DETALHES

Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas

23 de outubro de 2025 - 13:40

O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio

FII EXPERIENCE 2025

Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta

23 de outubro de 2025 - 11:00

Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras

FII EXPERIENCE 2025

FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator

23 de outubro de 2025 - 7:02

Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado

HORA DE VENDER

JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa

22 de outubro de 2025 - 17:31

Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)

FII EXPERIENCE 2025

“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners

22 de outubro de 2025 - 16:55

Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam

CHEGOU AO TOPO?

Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso

21 de outubro de 2025 - 18:30

É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA

VAMOS...PULAR!

Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%

21 de outubro de 2025 - 15:04

Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas

MUDANÇAS NO ALTO ESCALÃO

Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa

21 de outubro de 2025 - 12:10

Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP

BOLSA DOURADA

Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano

21 de outubro de 2025 - 9:03

Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3

FIIS HOJES

FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso

20 de outubro de 2025 - 18:01

O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato

PRÉVIA OPERACIONAL 3T35

Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25

20 de outubro de 2025 - 11:55

BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida

BALANÇO SEMANAL

Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana

18 de outubro de 2025 - 15:40

Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA

ESTRATÉGIA

Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos

18 de outubro de 2025 - 14:25

Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos

DAY TRADE

De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”

18 de outubro de 2025 - 13:29

Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica

FORTALEZA SEGURA

Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008

17 de outubro de 2025 - 19:11

O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.

COPA BTG TRADER

Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”

17 de outubro de 2025 - 18:40

No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados

VAI COMEÇAR O BARATA-VOA?

Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro

17 de outubro de 2025 - 17:25

Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas

AUMENTOU O RISCO BRASIL?

Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras

17 de outubro de 2025 - 13:03

Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar