Mercado mantém radar no exterior, em dia de payroll
Dados de emprego nos EUA em abril devem calibrar apostas em relação aos juros norte-americanos neste ano, após o Fed afastar a chance de corte
Com a reforma da Previdência só voltando ao radar do mercado financeiro doméstico na semana que vem, as atenções dos investidores seguem concentradas no cenário externo. Ainda mais porque hoje é dia de divulgação do relatório oficial de emprego nos Estados Unidos (payroll), às 9h30.
Os dados de abril sobre a geração de vagas e a renda do trabalhador devem calibrar as apostas em relação a um corte nos juros norte-americanos neste ano, após o Federal Reserve ter afastado essa possibilidade. A postura do Fed evitou a euforia dos investidores e trouxe uma correção nos preços dos ativos.
Os comentários não tão amenos (dovish) do presidente do Fed, Jerome Powell, nesta semana, dizendo que a autoridade monetária está “confortável” com a política atual, recalibrou o mercado de juros futuros, empurrando as apostas de um corte de 0,25 ponto na taxa norte-americano no fim deste ano para meados de 2020.
A previsão para o payroll é de abertura de 210 mil postos de trabalho, com a taxa de desemprego seguindo em 3,8%. Mas o foco estará mesmo no ganho médio salarial do trabalhador, que podem indicar pressões inflacionárias à frente. A estimativa é de aumento de 0,3% em relação a março, ganhando ritmo na comparação com a alta de 0,1% no período anterior, mas desacelerando-se a 3,2% no confronto com um ano antes.
Até então, os payrolls já divulgados têm mantido a tônica de sólido crescimento de emprego, sem preocupação com a inflação. Porém, à medida que o cenário de pleno emprego nos EUA se consolida, as dificuldades de contratações tendem a elevar os salários ofertados, permitindo às famílias gastarem mais e pressionando os preços ao consumidor.
Por ora, o Fed não vê nenhuma necessidade de ação, em termos de política monetária. Ao que tudo indica, o momento é de esperar para ver como irá se definir o atual fenômeno nos EUA de inflação baixa, atividade econômica aquecida, liquidez abundante e melhora constante do mercado de trabalho.
Leia Também
Nos mercados
À espera dos dados mais recentes de emprego no país, os índices futuros das bolsas de Nova York estão em alta, influenciados também pela temporada de balanços norte-americana. Mas os ganhos são limitados, em meio aos ajustes pós-Fed e à preocupação de que um acordo comercial entre EUA e China permanece elusivo.
Na Ásia, a Bolsa de Xangai permaneceu fechada hoje, devido a um feriado, assim como a de Tóquio, que celebra a nova era imperial ao longo de dez dias, o que enfraqueceu o volume financeiro na região. Hong Kong subiu e Seul caiu, enquanto, na Oceania, Sydney também fechou em queda. Na Europa, as principais bolsas estão à deriva.
Nos demais mercados, os juros projetados pelos títulos norte-americanos (Treasuries) estão de lado, após a alta das taxas ontem, ao passo que o dólar segue firme, ganhando terreno das moedas rivais. Entre as commodities, o petróleo continua em queda, após as fortes perdas nos últimos dias, e o cobre também está mais fraco.
De um modo geral, os investidores estão buscando um novo catalisador para engatar um rali entre os ativos de risco, apesar dos sinais de que o crescimento econômico global segue frágil.
Agenda também tem dados de atividade e inflação
Além do payroll, a agenda econômica desta sexta-feira tem outros destaques. No Brasil, as atenções se voltam para o desempenho da indústria em março (9h). A previsão é de que a produção tenha recuado 0,8%, anulando a alta registrada em fevereiro. No confronto anual, a atividade deve ter voltado a cair, em -2,5%, após interromper três quedas seguidas.
Se confirmados os números, o setor industrial deve acumular um desempenho negativo no acumulado dos três primeiros meses deste ano, elevando as chances de uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) no período. Essa contração realça a perda de dinamismo da economia brasileira na virada de 2018 para 2019.
A agenda política está esvaziada nesta semana. A capital federal segue em clima de feriado, o que mantém o ambiente mais calmo em Brasília, com poucos ruídos no ar. A reforma da Previdência só volta à pauta dos deputados na terça-feira que vem, quando a comissão especial inicia os trabalhos.
A questão mais sensível ao mercado é o tamanho dos cortes na proposta original. Já no exterior também serão conhecidos dados de atividade, mas referentes ao setor de serviços nos EUA e no Reino Unido em abril. Já na zona do euro, merecem atenção os índices de preços ao produtor (PPI) e ao consumidor (CPI) no mês passado, logo cedo.
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
