Lucro do Bradesco supera projeções e atinge R$ 6,462 bilhões, alta de 25,2%
A rentabilidade do segundo maior banco privado brasileiro atingiu os 20,6%, maior patamar em 16 trimestres, mas crédito desacelera em relação aos três primeiros meses do ano
Com um forte desempenho da seguradora e inadimplência sob controle, o Bradesco registrou lucro líquido de R$ 6,462 bilhões no segundo trimestre. Trata-se de um crescimento de 25,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
O resultado superou as projeções dos analistas, que já eram bem otimistas. A média das estimativas apontava para um lucro de R$ 6,224 bilhões, de acordo com dados da Bloomberg.
A rentabilidade do segundo maior banco privado brasileiro atingiu os 20,6%, alta de 0,1 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre e de 2,2 pontos na comparação com o mesmo período de 2018.
Trata-se do maior patamar em 16 trimestres e que mantém o Bradesco na cola do Santander pelo segundo lugar em rentabilidade na disputa entre os grandes bancos de varejo.
Crédito desacelera
Quem olha apenas para o resultado pode pensar que o Bradesco passou ileso pelo fraco desempenho da economia. Mas o ritmo de crescimento da carteira de crédito mostrou desaceleração entre abril e junho deste ano.
A margem financeira, que contabiliza as receitas com crédito e as operações de tesouraria, avançou 7,1% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
Leia Também
O saldo de financiamentos do banco atingiu R$ 560,5 bilhões em junho deste ano, um avanço de 2,2% no trimestre e de 8,7% em relação ao segundo trimestre do ano passado. Em março, o crescimento do crédito em 12 meses era de 12,7%.
Apesar do ritmo mais lento em relação ao começo do ano, ainda se trata de um ótimo resultado se levarmos em conta a conjuntura econômica. A expectativa do banco é de uma expansão entre 9% e 13% neste ano.
As linhas que mais crescem no banco são as voltadas para pessoas físicas, como o crédito pessoal, consignado, imobiliário e de veículos.
Assim como o Santander, a tesouraria do Bradesco mostrou que pode conseguir bons resultados mesmo em um ambiente de taxas de juros baixas. O resultado com as operações no mercado feitas com clientes e com o capital próprio do banco apresentou uma forte alta de 25,9%, para R$ 2,283 bilhões.
É seguro
A seguradora mais uma vez contribuiu para o aumento do lucro do Bradesco, com um resultado de R$ 3,594 bilhões, alta de 11,6% em relação ao mesmo período de 2018. Na comparação trimestral, porém, houve queda de 6,1%.
O avanço nos ganhos da seguradora em relação ao ano passado se deu principalmente do lado financeiro, com o maior ganho com a aplicação das reservas da companhia.
No primeiro semestre, o resultado com a área de seguros apresenta um aumento de 16,9%, bem acima da projeção divulgada pelo banco para este ano, que varia de 5% a 9%.
Inadimplência controlada
O fantasma da inadimplência, que levou os grandes bancos a registrarem uma rara queda nos lucros durante a crise, parece definitivamente controlado no Bradesco.
O índice de atraso acima de 90 dias na carteira do banco encerrou junho em 3,2%, queda de 0,1 ponto percentual no trimestre e de 0,7 ponto em 12 meses.
Os temores de que a recuperação judicial do Grupo Odebrecht poderia provocar algum estrago no balanço do Bradesco também não se confirmaram. As despesas do banco com provisões para calotes também estão comportadas e recuaram 0,1% em relação ao segundo trimestre do ano passado, para R$ 3,487 bilhões. No trimestre, houve uma redução de 3,2% na chamada PDD.
Tarifas e despesas
Talvez a linha do balanço sob maior pressão neste momento seja a de receitas com prestação de serviços, na qual o banco contabiliza os ganhos com a cobrança de tarifas dos clientes.
No segundo trimestre, as receitas foram de R$ 8,280 bilhões, uma alta de apenas 1,3% na comparação com igual período do ano passado. Ou seja, abaixo do piso da estimativa do banco para o ano, que varia de 3% a 7%.
As despesas operacionais também estão fora da meta estipulada pelo Bradesco. No segundo trimestre, elas somaram R$ 10,591 bilhões, um avanço de 6,8%, acima do crescimento de até 4% previsto para 2019.
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
