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Bruna Furlani
Bruna Furlani
Jornalista formada pela Universidade de Brasília (UnB). Fez curso de jornalismo econômico oferecido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Tem passagem pelas editorias de economia, política e negócios de veículos como O Estado de S.Paulo, SBT e Correio Braziliense.
DESVIO DAS TURBULÊNCIAS

A fórmula da Azul para fechar 2018 com lucro recorde: voos mais cheios e econômicos

Companhia conseguiu aumentar receita e reduzir custos de cada assento oferecido nos seus aviões. Uma das chaves do processo é a troca de aviões por modelos mais econômicos da Embraer e Airbus.

Bruna Furlani
Bruna Furlani
14 de março de 2019
11:50 - atualizado às 12:33
CEO da Azul, John Rodgerson
John Rodgerson, CEO da Azul - Imagem: Raphael Lopes/Seu Dinheiro

O céu não foi de brigadeiro em 2018, mas a Azul conseguiu desviar das turbulências e alcançar um bom resultado no ano. A companhia terminou o ano passado com lucro líquido ajustado recorde de R$ 704 milhões, ante R$ 516,3 milhões no ano anterior. O valor superou até mesmo as expectativas dos analistas ouvidos pela Bloomberg que esperavam um lucro líquido ajustado anual de R$ 552,5 milhões. Sem os ajustes, a empresa fechou o ano com lucro de R$ 420,3 milhões.

A razão para o sucesso está relacionada ao aumento de 7,6% da receita por assento para cada quilômetro voado, um indicador conhecido como Rask, e diminuição em 8,1% do custo por assento (Cask) excluindo despesas com combustível no mesmo período. Resumindo: os voos trouxeram mais receitas e menos custos, uma combinação que aumenta a margem e os lucros da empresa.

Isso foi possível por conta da transformação da frota com a substituição de aeronaves menores por maiores e que são mais eficientes no consumo de combustível. Com isso, mesmo com o aumento de 30% no preço do combustível e o fortalecimento do dólar em 15% em relação ao período anterior, a companhia conseguiu entregar um lucro líquido ajustado recorde.

Os preços tiveram uma leve alta no ano passado: a Azul cobrou em média 36,10 centavos por quilômetro voado em 2018 (yield), uma variação de 1,3% em relação ao ano anterior. .

A receita líquida anual, por sua vez, fechou o período com alta de 18,4% em R$ 9.204,6 bilhões. Já o Ebitdar (lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e custos com leasing de aeronaves) e que é usado para medir a geração de caixa terminou com valorização de 13,5% em R$ 2.643,6 bilhões, com uma margem de 28,7% no ano. Em 2018, a margem operacional (Ebit) excluindo itens não recorrentes foi de 8,8%.

A frota operacional da companhia fechou o ano de 2018 com 125 aeronaves, incluindo 20 aviões da nova geração do Airbus A320neo, o que representa 30% da sua capacidade total.

Olha o quarto trimestre aí gente!

Já no último trimestre de 2018, o lucro líquido ajustado fechou em R$ 138,2 milhões, ante os R$ 297,4 milhões do mesmo período em 2017, o que representa uma queda de 53,5%. A receita líquida, por sua vez, fechou o ano com alta de 13,5% em R$ 2.480,40 bilhões.

O Ebitdar também obteve valorização e terminou o último trimestre de 2018 em R$ 762,7 milhões, ou seja, um crescimento de 14,5%. Tal fato, torna a Azul uma das empresas áreas mais rentáveis das Américas.

O resultado operacional seguiu a linha e terminou em R$ 282,9 milhões, com margem de 11,4%. No quesito receita operacional dividida pelo total de assentos por quilômetro (Rask), o valor aumentou 2,7% e a tarifa média subiu 12,2% e alcançou o valor de R$ 377. No mesmo período, o Cask ex-combustível também teve redução de reduziu 8,1%.

Além do aumento da receita, o número de passageiros pagantes por quilômetros voados (RPK) cresceu 14,5%, ante um aumento de capacidade de 14,1%. Tudo isso resultou em uma taxa de ocupação de 83,0%, percentual que é 0,3% maior do que obtido no último trimestre de 2017.

Segredo do sucesso

Na opinião do presidente da companhia, John Rodgerson, o principal propulsor do plano de expansão de margem foi a redução do custo unitário por conta da transformação da frota com aeronaves da nova geração, que possuem mais assentos e menor consumo de combustível. "Os Airbus A320neos e os Embraer E2s têm um Cask que é aproximadamente 29% e 26% inferior ao da atual geração de aeronaves que operamos", destacou John Rodgerson, CEO da empresa.

Ele ainda disse que essa é a principal razão de acelerar o plano de renovação de frota neste ano. Segundo ele, a expectativa é de adicionar 21 aeronaves de nova geração, o que representaria um aumento de oito unidades em relação ao plano anterior, e substituição de 15 jatos mais antigos. Com isso, "estimamos que ao final deste ano aproximadamente 50% da nossa capacidade será proveniente de aeronaves de nova geração, uma referência no setor".

Além disso, o presidente enfatizou que a Azul Cargo Express obteve o melhor desempenho entre as unidades de negócio ao se beneficiar da expansão da malha e da frota e apresentou crescimento de 56,5% da receita no ano passado.

Outro ponto de destaque foi o programa de fidelidade TudoAzul, que alcançou 10,8 milhões de membros até dezembro do ano passado. Isso representa um aumento de quase dois milhões de membros ano. Com isso, o faturamento bruto ex-Azul cresceu 29,3% em 2018 comparado a 2017, por conta do crescimento de vendas para bancos parceiros e vendas diretas para membros.

Azul e Avianca

Depois de alguns burburinhos sobre o tema, a Azul fez uma proposta de compra da Avianca na última segunda-feira (11). A intenção da Azul é ficar com o registro de companhia área da Avianca, 30 aviões Aibus A320 e 70 pares de slots (horários para pouso ou decolagem). Tudo isso pela bagatela de US$ 105 milhões.

A tentativa da Azul é comprar a companhia por meio de uma Unidade Produtiva Isolada (UPI), um recurso que foi usado pela Gol na aquisição da Varig. É uma forma de ficar com a "parte boa" de uma empresa quebrada, sem ter que assumir os passivos financeiros e trabalhistas.

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