RD Saúde (RADL3), dona da Raia e Drogasil, é vítima do próprio sucesso: ação chegou a ser a maior queda do Ibovespa e agora se recupera do tombo
Receita com medicamentos como Ozempic e Mounjaro engordou os resultados da rede de farmácias, mas essas vendas podem emagrecer quando genéricos chegarem ao mercado
A RD Saúde (RADL3), dona das redes de farmácias Raia e Drogasil, reportou um trimestre de forte crescimento, com alta de 12% no Ebitda ajustado em relação ao ano passado e lucro 12% maior, 2 p.p. acima das expectativas.
Os números vieram fortes; por que, então, a ação da companhia abriu o dia em queda, chegando a ser a maior queda do Ibovespa? A ação chegou a despencar mais de 5%, embora por volta das 13h já esteja em leve alta de 1,10%.
O próprio sucesso da empresa pode ser um dos motivos para a movimentação. "Embora os resultados tenham sido mais fortes do que o inicialmente esperado há alguns meses, acreditamos que as expectativas do mercado já haviam se ajustado antes do terceiro trimestre", disse o BTG em relatório.
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Agora, a companhia vai precisar mostrar que tem fôlego para continuar crescendo de maneira acelerada, apesar da concorrência e de um mix de produtos mais desafiador.
Como foi o resultado da RD Saúde (RADL3)
A rede mostrou crescimento das vendas nas mesmas lojas (SSS) de 9,7% acima das expectativas de 8% do BTG e bem acima da inflação dos medicamentos.
A receita bruta consolidada avançou 13% ano contra ano, para R$ 12,2 bilhões, 2% abaixo da estimativa do banco, ou alta de 15% excluindo operações não varejistas.
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A dona das redes de farmácia registrou alta das receitas acima de dois digitos em todos os segmentos: os medicamentos de marca cresceram 21% ano contra ano, 19,5% de alta para os genéricos, 10,5% em medicamentos sem prescrição médica e alta de 11% nos produtos de higiene/beleza.
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Um ponto negativo foi a margem bruta, que ficou em 27,4%, uma queda de 0,20 p.p. em relação ao ano passado.
Segundo o BTG, a empresa acelerou ainda mais em relação ao último trimestre, apesar da forte concorrência.
Os medicamentos GLP-1, conhecidos como canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, são um dos motores para o crescimento da líder de mercado.
"O aumento da participação dos medicamentos GLP-1, cujas vendas possuem intensa concentração nos canais digitais, contribuiu de forma relevante para o forte crescimento no trimestre", descreveu a RD Saúde em seu balanço.
O que pode afetar a empresa daqui para frente
No entanto, o benefício das canetas emagrecedoras pode ter data para acabar. A partir de 2026, genéricos desses medicamentos estarão disponíveis, o que derrubaria os preços. No entanto, esses produtos podem ficar mais acessíveis a um público maior, o que poderia compensar a queda do tíquete.
Lá fora, a Novo Nordisk, fabricante do Ozempic, reduziu seu guidance de lucros com aumento da concorrência e pressão de versões genéricas sobre suas vendas.
Farmácias de manipulação nos EUA têm produzido versões de menor custo dos medicamentos, uma prática que a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) permite enquanto os suprimentos dos tratamentos autênticos estão em falta.
Por isso, analistas brasileiros estão de olho em como a RD Saúde vai continuar mantendo esse crescimento acelerado sem esse motor forte.
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