Fraco, mas esperado: balanço da Usiminas (USIM5) desagrada e ações ficam entre as maiores quedas do Ibovespa
A siderúrgica teve um prejuízo líquido de R$ 117 milhões, abaixo das estimativas e revertendo o lucro de R$ 975 milhões visto no 4T23; veja os destaques do balanço
Diversos tons de vermelho tingem a Usiminas (USIM5) nesta sexta-feira (14) — não só pelas ações figurarem entre as maiores quedas do Ibovespa, mas também pelas perdas significativas nas principais linhas do balanço do quarto trimestre de 2024.
Por volta das 12h10, as ações caíam 1,02%, negociadas a R$ 5,81. No acumulado de 12 meses, a desvalorização da companhia chega a 36%.
Apesar de fracos, grande parte dos números do trimestre já era amplamente esperada pelos analistas.
A divulgação do resultado acontece poucos dias após o mercado especular sobre possíveis impactos da taxação de 25% das importações dos Estados Unidos de aço e alumínio, confirmada pelo presidente Donald Trump nesta semana. Os norte-americanos compram 60% da produção siderúrgica brasileira.
O balanço da Usiminas (USIM5) no 4T24
No último trimestre, a siderúrgica teve um prejuízo líquido de R$ 117 milhões, abaixo das estimativas de analistas e revertendo o lucro de R$ 185 milhões registrado nos três meses anteriores e de R$ 975 milhões no mesmo intervalo de 2023.
Segundo a empresa, a causa do desempenho foi a perda cambial líquida no trimestre, que mais do que ofuscou a melhoria do lucro operacional no período.
Leia Também
Em 2024 como um todo, a Usiminas registrou lucro líquido de R$ 3 milhões, ante montante de R$ 1,6 bilhão no ano anterior.
Veja os destaques do balanço:
- Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado: R$ 518 milhões (-17% a/a);
- Margem ebitda ajustada: 8% (-1,2 ponto percentual a/a);
- Receita líquida: R$ 6,4 bilhões (-4% a/a);
- Volume de vendas de aço: 1,05 milhão de toneladas (+2% a/a);
- Volume de venda de minério: 2,20 milhões de toneladas (-8% a/a).
Para o BTG Pactual, a Usiminas conseguiu entregar um “conjunto de resultados amplamente alinhados com as expectativas do mercado, ainda que em uma base de comparação muito fraca”.
No entanto, a sinalização de melhores resultados para o primeiro trimestre de 2025, reflexo de uma demanda doméstica resiliente, melhor receita por tonelada e custos mais baixos, animam os analistas.
Além dos resultados do quarto trimestre de 2024, a Usiminas também atualizou as projeções (guidance) de investimentos totais para este ano, agora em um intervalo de R$ 1,4 bilhão a 1,6 bilhão.
O que dizem os analistas?
A avaliação do BTG é que a visibilidade sobre o próximo salto nos lucros permanece tênue, embora esteja melhorando.
Isso porque a empresa já capturou a maioria dos ganhos de produtividade do novo forno, segundo os analistas, mas há “tantas variáveis na história que a recuperação da lucratividade foi manchada por outros problemas”.
Além disso, por ser uma siderúrgica de custo mais elevado, a Usiminas pode ser severamente impactada por um futuro cenário de queda de preços do minério de ferro abaixo de US$ 100 por tonelada.
Quanto à pressão das taxações norte-americanas, o BTG destaca que as exportações diretas para os Estados Unidos são muito pequenas.
Na visão dos analistas, embora a alavancagem esteja contida, os consecutivos anos de “subinvestimento” devem justificar um maior desembolso de capital daqui para frente, o que limitaria quaisquer retornos em dinheiro relevantes para os acionistas.
“Vemos a ação negociando a um múltiplo de cerca de 3,5 vezes o valor de firma sobre o Ebitda esperados para 2025, o que consideramos decente, mas não suficiente, dados os riscos.”
O BTG manteve recomendação neutra para as ações USIM5, com preço-alvo de R$ 8,00 para os próximos 12 meses, o que implica uma valorização potencial de 36% em relação ao último fechamento.
*Com informações do Money Times.
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário
A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital
Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?
Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano