A montanha-russa da bolsa: Ibovespa sob pressão, dólar em alta e Treasury na máxima — tudo o que mexeu com os mercados hoje
Aqui, o Ibovespa chegou a ter apenas seis dos 87 componentes da carteira teórica em alta; lá fora, o yield (rendimento) dos títulos do Tesouro norte-americano de 20 anos passaram de 5% pela primeira vez desde 2023
A volta que os investidores deram na montanha-russa da bolsa nesta quarta-feira (8) foi um oferecimento de Donald Trump. O republicano toma posse no próximo dia 20, mas já está ditando o ritmo do sobe e desce dos mercados aqui e lá fora.
O Ibovespa se manteve pressionado durante todo o dia, em uma sequência de renovação de mínimas perto do fechamento da sessão, chegando a ter apenas seis dos 87 componentes da carteira teórica em alta e com ações de peso como Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) no piso do dia.
Os destaques negativos do dia ficaram por conta de Carrefour (CRFB3), cujas ações entraram em leilão e fecharam em queda de 12,20%, e CSN (CSNA3) que recuou 7,18%. Do lado positivo, Pão de Açúcar (PCAR3) subiu 1,06% e São Martinho (SMTO3) avançou 0,93%.
Diante do fraco desempenho desta quarta-feira, o principal índice da bolsa brasileira acabou encerrando o pregão com queda de 1,27%, aos 119.624,51 pontos. Já o dólar à vista terminou em alta de 0,08%, cotado a R$ 6,1090.
De acordo com a Capital Economics, embora o Brasil esteja em posição relativamente favorável em relação aos efeitos de uma guinada protecionista nos EUA sob o comando de Trump, a dinâmica fiscal e as taxas de juros mais elevadas indicam que o período recente de forte crescimento econômico do país provavelmente chegará ao fim.
A consultoria britânica projeta crescimento de 2,3% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025.
Leia Também
A bolsa lá fora e o recorde no mercado de dívida
Em Wall Street, o dia foi marcado pela divulgação da ata da reunião de dezembro do Federal Reserve (Fed) — e você pode conferir todos os detalhes aqui.
O documento mostrou a preocupação dos membros do comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) com as medidas que Trump pretende adotar quando retornar à Casa Branca.
As tarifas sobre México, Canadá e China, a política de imigração mais dura e os cortes de impostos têm potencial para acelerar a inflação na maior economia do mundo, comprometendo os esforços do banco central norte-americano em cumprir a meta de 2% para os preços.
"Ao discutir a perspectiva para a política monetária, os membros indicaram que o comitê estava no ponto ou perto do ponto em que seria apropriado desacelerar o ritmo de flexibilização da política", diz a ata.
Depois do sobe e desce do sessão, o Dow Jones fechou o dia com alta de 0,25%, aos 42.635,20 pontos; o S&P 500 avançou 0,16%, aos 5.918,25 pontos e o Nasdaq ficou estável em 19.478,88 pontos.
TRUMP, Bitcoin, Embraer, Rebeca Andrade… O MELHOR do Seu Dinheiro em 2024
E não é só com o ritmo de corte de juros nos EUA que Trump está mexendo. O mercado de dívida norte-americano viveu um verdadeiro alvoroço nesta quarta-feira.
Os yields (rendimentos) dos títulos do Tesouro dos EUA — que têm subido embalado pelas apostas de que os planos de tarifas e impostos de Trump podem levar a um pico na inflação — renovaram máximas hoje.
Os T-notes de 10 anos, usados como referência do mercado, subiram um ponto e chegaram a 4,7%, aproximando-se dos níveis vistos pela última vez no final de abril. Os T-notes de 20 anos passaram dos 5% pela primeira vez desde novembro de 2023 em meio aos sinais de conservadorismo do Fed com o corte de juros.
Na Europa, que fechou antes da divulgação da ata do Fed, a maioria das bolsas fechou em queda, com os setores de saúde, serviços financeiros e mídia entre os poucos que terminaram a sessão no azul.
Na Ásia, os mercados terminaram o dia sem uma direção comum, com destaque para China, onde a moeda local atingiu o menor nível em 16 anos contra o dólar, ao tocar os 7.3316 yuans.
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição