Trump é uma pedra no sapato: o alerta do maior banco central do mundo sobre os juros antes do novo chefe na Casa Branca
A ata da reunião de dezembro do Federal Reserve mostra preocupação dos membros do comitê de política monetária com relação às medidas que o republicano pode adotar a partir de 20 de janeiro e sinalizam como isso pode mexer com a economia dos EUA
Donald Trump nem chegou à Casa Branca ainda — a posse está marcada para o próximo dia 20 — mas tal como acontece quando uma pedra entra no sapato, já provoca um andar desconfortável para o Federal Reserve (Fed) na trajetória dos juros nos EUA.
Os membros do comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) do banco central norte-americano expressaram preocupação com a inflação e o impacto que as políticas do republicano poderiam ter durante a reunião de dezembro, segundo mostra a ata do encontro divulgada nesta quarta-feira (8).
E assim como é difícil correr com uma pedra no sapato, os participantes do Fomc sinalizaram que caminhariam mais lentamente nos cortes de juros a partir de agora por causa da incerteza ligada ao novo governo.
Sem citar Trump pelo nome, a ata da última reunião de política monetária do Fed apresenta pelo menos quatro menções sobre o impacto que as mudanças na política de imigração e comércio poderiam ter na economia dos EUA — e que podem dificultar a vida do BC dos EUA no controle da inflação e na redução dos juros.
Trump no horizonte, cautela no percurso
Trump já disse que uma das primeiras medidas que adotará ao voltar ao Salão Oval da Casa Branca é aumentar tarifas para bens e produtos de países como China, México e Canadá. O Seu Dinheiro contou essa história e você pode conferir aqui.
E nem o Brasil deve escapar dessa: o republicano ameaçou o Brics — grupo de países em desenvolvimento do qual o Brasil faz parte — de taxação caso resolva adotar uma moeda própria, diferente do dólar, para transações comerciais. Também contamos essa história e, para conferir, basta acessar aqui.
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O problema é que as políticas prometidas por Trump — que também incluem o corte de impostos — devem fazer a inflação acelerar com mais força nos EUA, complicando a vida dos membros do Fomc.
"Quase todos os membros [do Fomc] julgaram que os riscos de aceleração para a perspectiva de inflação aumentaram", diz a ata da reunião de dezembro.
“Como razões para esse julgamento, os membros citaram leituras recentes mais fortes do que o esperado sobre a inflação e os prováveis efeitos de potenciais mudanças na política comercial e de imigração”, acrescenta o documento divulgado hoje (8).
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Sem sprint no corte de juros
Na última reunião de 2024, os membros do Fomc votaram para cortar os juros em 0,25 ponto percentual (pp), colocando a taxa na faixa atual de 4,25% a 4,50% ao ano.
No entanto, naquela reunião — que você pode conferir os detalhes aqui — , o comitê também reduziu a perspectiva para cortes de juros esperados em 2025 de quatro para dois, assumindo afrouxamentos do mesmo calibre de dezembro.
A ata de hoje indicou que o ritmo das diminuições da taxa provavelmente será mais lento.
“Ao discutir a perspectiva para a política monetária, os membros indicaram que o Comitê estava no ponto ou perto do ponto em que seria apropriado desacelerar o ritmo de flexibilização da política”, diz o documento.
O Fed cortou os juros um ponto desde setembro e, logo depois da ata, o mercado pouco alterou as perspectivas de afrouxamento monetário daqui para frente.
De acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, as chances de um corte de juros de 0,25 pp no acumulado deste ano seguia em 35%. Já a possibilidade de redução de 0,50 pp no aparecia com 30,6%, enquanto a de manutenção tinha 16,1%.
Talvez, por isso, o mercado pouco se mexeu com a divulgação da ata. Em Wall Street, o Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq lutavam para reverter as perdas do dia rumo ao fechamento.
No mercado de dívida, no entanto, o yield (rendimento) dos títulos do Tesouro norte-americano alcançavam uma série de máximas. O yield dos papéis de 20 anos alcançaram 5% pela primeira vez desde 2023, enquanto os dos de 10 anos — referência para o mercado — subiram ao maior patamar desde abril.
Por aqui, o Ibovespa seguiu operando em queda de mais de 1% rumo ao fechamento, abaixo dos 120 mil pontos, enquanto o dólar à vista operava na casa dos R$ 6,10.
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