🔴 AÇÕES PARA INVESTIR EM JULHO: CONFIRA CARTEIRA COM 10 RECOMENDAÇÕES – ACESSE GRATUITAMENTE

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

RECALIBRANDO APOSTAS

A Selic vai a 14%? Pacote de corte de gastos considerado insuficiente leva mercado a apostar em juros ainda mais altos

Mercado já começa a reajustar as estimativas para a taxa básica de juros e agora espera uma alta de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Copom

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
29 de novembro de 2024
12:13 - atualizado às 13:58
Homem puxa juros para cima
Imagem: Shutterstock

O anúncio do pacote de corte de gastos pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entre a noite de quarta (27) e a manhã de quinta (28), motivou uma forte reação negativa do mercado, derrubando o Ibovespa de volta para o patamar dos 124 mil pontos e levando o dólar a ultrapassar o patamar dos R$ 6 pela primeira vez. O pessimismo continua nesta sexta-feira (29).

Já os contratos de juros futuros (DIs), que cristalizam as expectativas dos investidores para a taxa básica de juros em datas futuras e baliza o rendimento dos ativos de renda fixa, dispararam em todos os vencimentos.

A alta dos juros de prazos mais longos significa que o mercado está considerando o Brasil um país mais arriscado para se investir, enquanto o avanço dos juros de prazos mais curtos representa as expectativas para política monetária, isto é, para onde o Banco Central deve levar a Selic nas próximas reuniões do seu Comitê de Política Monetária (Copom).

Embora algumas medidas de cortes de gastos tenham sido bem avaliadas por economistas de mercado, que veem o governo indo na direção correta, ainda assim o pacote foi considerado insuficiente para atingir a economia necessária para o reequilíbrio das contas públicas.

Além disso, a decisão de conjugar o anúncio do pacote com o da isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês foi considerada populista e passou a impressão, aos agentes de mercado, de que o governo Lula não está se mostrando realmente compromissado com o ajuste fiscal.

Selic mais alta na próxima reunião do Copom

Assim, de cara o mercado passou a projetar que o BC terá que aumentar a Selic com mais intensidade para conter o efeito inflacionário advindo da disparada do dólar e do estímulo à demanda que a futura isenção de IR deve provocar.

Leia Também

Para a próxima reunião do Copom, a ser realizada em 10 e 11 de dezembro, as expectativas majoritárias de alta para a taxa Selic passaram de 0,50 ponto percentual para 0,75 ponto percentual, elevando a taxa de 11,25% diretamente para 12,00% ao ano.

Estimativas de alta de 1,00 ponto percentual também já começam a ganhar relevância, de acordo com as opções de Copom negociadas na B3, o que levaria a taxa básica para 12,25% ao ano.

Para as duas primeiras reuniões de 2025, realizadas em janeiro e março, as estimativas predominantes são de altas de mais 0,75 e 0,50 ponto, respectivamente, o que elevaria a Selic para 13,25% já ao final do primeiro trimestre do ano, mas também já aparece uma probabilidade relevante de alta de 1,00 ponto na reunião de janeiro.

Economistas estimam economia entre R$ 40 bi e R$ 50 bi em dois anos

Economistas de mercado contestam a economia de R$ 71,9 bilhões nos próximos dois anos anunciada por Haddad na divulgação das medidas de corte de gastos.

Para Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos, a economia do pacote deve ser de 62% do valor anunciado, ou cerca de R$ 45 bilhões.

O Itaú Unibanco calcula um potencial de economia de R$ 53 bilhões nos próximos dois anos, 2025 e 2026, enquanto nas contas da Monte Bravo, as medidas resultarão numa contenção de despesas em torno de R$ 40 bilhões a R$ 45 bilhões.

Na estimativa mais otimista de José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos, a economia seria de R$ 48,9 bilhões nos próximos dois anos.

Já na visão de Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual e ex-secretário do Tesouro Nacional, a estimativa é de um impacto de R$ 46 bilhões em dois anos e R$ 242 bilhões até 2030, ante uma estimativa do governo de R$ 327 bilhões nesse período.

Selic pode chegar a 14% ao ano?

Dados o ruído comunicacional do governo e as estimativas de economia consideradas insuficientes, as instituições financeiras já começam a recalcular a rota das suas projeções para a Selic não apenas no curtíssimo prazo, como também a taxa do fim do atual ciclo de altas nos juros.

Se antes as projeções mais pessimistas de Selic terminal (ao fim do ciclo) se situavam pouco acima dos 13,00%, agora este patamar parece comedido.

Ontem, o JP Morgan elevou sua projeção de Selic terminal para 14,25% no meio do ano que vem. Mas os investidores já estão de fato colocando dinheiro em um cenário de Selic neste patamar no fim do ano que vem.

Os DIs que vencem a partir de janeiro de 2026 já vem sendo negociados no patamar de 14%, o qual se estende até janeiro de 2029.

Com isso, os títulos de renda fixa prefixados e indexados à inflação, os quais têm uma parte da remuneração prefixada, vêm sofrendo forte desvalorização nos últimos dias, uma vez que, quando as taxas sobem, seus preços caem.

Os títulos públicos, que caminhavam para terminar novembro em leve alta, agora devem fechar o mês em queda mais uma vez. Veja aqui o ranking do Tesouro Direto de novembro.

Em compensação, as remunerações oferecidas para quem comprar esses papéis agora e levá-los até o vencimento deram um salto, com os títulos Tesouro IPCA+ com vencimento em 2029 passando a oferecer uma rentabilidade de mais de 7% ao ano acima da inflação. Os demais vencimentos também já se aproximam da marca, digna de momentos de crise no Brasil..

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
VALE A PENA?

CDB ou LCA: títulos mais rentáveis de junho diminuem taxas, mas valores máximos chegam a 105% do CDI com imposto e 13,2% ao ano isento de IR

8 de julho de 2025 - 16:00

Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a maio

ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE

“Uma pena o Brasil ter entrado nessa indústria de isento”: por que Reinaldo Le Grazie, ex-BC, vê a taxação de títulos de renda fixa com bons olhos?

3 de julho de 2025 - 8:00

MP 1.303 reacende uma discussão positiva para a indústria, segundo o sócio da Panamby, que pode melhorar a alocação de capital no Brasil

ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE

Nem toda renda fixa, mas sempre a renda fixa: estas são as escolhas dos especialistas para investir no segundo semestre

3 de julho de 2025 - 6:00

Laís Costa, da Empiricus, Mariana Dreux, da Itaú Asset, e Reinaldo Le Grazie, da Panamby, indicam o caminho das pedras para garantir os maiores retornos na renda fixa em evento exclusivo do Seu Dinheiro

FICOU POP

Crédito privado conquistou os investidores com promessas de alto retorno e menos volatilidade; saiba o que esperar daqui para frente

26 de junho de 2025 - 18:38

Ativos de crédito privado, como FIDCs e debêntures, passaram a ocupar lugar de destaque na carteira dos investidores; especialistas revelam oportunidades e previsões para o setor

PRÊMIOS NEGATIVOS?

Petrobras (PETR4) emite R$ 3 bilhões em debêntures, com taxas que pagam menos que os títulos públicos — mas são consideradas atrativas 

25 de junho de 2025 - 12:13

A renda fixa da Petrobras, com isenção de imposto de renda, tem apelo significativo neste momento, segundo avaliação da Empiricus

TEVE CHORINHO

Subiu mais um pouquinho: quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI com a Selic em 15%

18 de junho de 2025 - 19:15

Copom aumentou a taxa básica em mais 0,25 ponto percentual nesta quarta (18), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas; ajuste deve ser o último do ciclo de alta

NOVA ERA NOS INVESTIMENTOS

Acabou a isenção: como as mudanças propostas no imposto de renda dos investimentos podem mexer com os mercados

12 de junho de 2025 - 19:33

Investidores podem esperar mudanças nas taxas, nos prazos e nos retornos se propostas da MP 1.303/25, que estabelece imposto de 5% para isentos e alíquota única de 17,5% para demais investimentos, forem aprovadas

O FIM DE UMA ERA

LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures incentivadas devem perder isenção de IR e passar a ser tributadas; veja regras completas

12 de junho de 2025 - 11:14

Governo publicou texto da Medida Provisória com novas regras de tributação para investimentos que inclui tributação de 5% para títulos de renda fixa antes isentos

AJUSTANDO O PORTFÓLIO

Estratégia dos gestores: títulos AAA e agro ficam em segundo plano; pitada de risco é bem-vinda para melhorar retornos

10 de junho de 2025 - 16:22

Enquanto investidores colocam cada vez mais fichas no crédito privado, gestores enfrentam cenário mais difícil para retornos acima da curva

TOUROS E URSOS #226

O que esperar da renda fixa com o fim das altas na Selic e a possível tributação de isentos, como LCI e LCA?

10 de junho de 2025 - 12:47

No Touros e Ursos desta semana, Ulisses Nehmi, CEO da gestora de renda fixa Sparta, fala sobre estratégias e riscos diante de um juro tão alto e ameaças de tributação

CARTEIRA RECOMENDADA

Renda fixa em junho: Tesouro IPCA+ e debênture da Sabesp são destaques; indicações incluem títulos isentos como CRIs, LCAs e a nova LCD

10 de junho de 2025 - 7:00

Veja o que BB Investimentos, BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam comprar na renda fixa em junho

TAXAÇÃO GERAL

Não são só as LCIs e LCAs! CRI, CRA e debêntures incentivadas também devem perder isenção; demais investimentos terão alíquota única

9 de junho de 2025 - 11:59

Pacote de medidas para substituir o aumento do IOF propõe tributação de 5% em todos os títulos de renda fixa hoje isentos, além de alíquota única de 17,5% nas demais aplicações

COMPENSAÇÃO DO IOF

Ainda vale a pena investir em LCI e LCA com o imposto de 5% proposto por Haddad? Fizemos as contas

9 de junho de 2025 - 10:36

Taxação mexe com um dos investimentos preferidos do investidor pessoa física; LCI e LCA hoje são isentas de imposto de renda

RENDA FIXA

Neon lança CDB que rende até 150% do CDI, de olho em novos clientes; veja como investir

4 de junho de 2025 - 15:49

Os Certificados de Depósito Bancário tem aporte mínimo de R$ 100; promoção será válida por dois meses

MAIS UMA

Petrobras (PETR4) está considerando emitir R$ 3 bilhões em debêntures incentivadas, isentas de imposto de renda

26 de maio de 2025 - 19:41

Oferta da estatal seguiria outra oferta bilionária de dívida anunciada na semana passada, a da Vale

EMISSÃO BILIONÁRIA

Vale (VALE3) anuncia emissão de R$ 6 bilhões em debêntures isentas de imposto de renda com retorno inferior ao dos títulos públicos

22 de maio de 2025 - 20:31

Com isenção, porém, papel deve se manter atrativo em relação aos títulos Tesouro IPCA+; oferta será restrita a investidores profissionais

COLHER DE CHÁ

CMN reduz prazo de carência de LCIs e LCAs de nove para seis meses, mas fecha um pouco mais o cerco a CRIs, CRAs e CDCAs

22 de maio de 2025 - 19:22

Órgão afrouxa restrição imposta em fevereiro de 2024 a LCIs e LCAs, mas aperta um pouco mais as regras para outros títulos isentos de imposto de renda

SIMULAÇÃO

Vencimento de Tesouro IPCA+ paga R$ 153 bilhões nesta semana; quanto rende essa bolada se for reinvestida?

15 de maio de 2025 - 7:30

O Seu Dinheiro simulou o retorno do reinvestimento em novos títulos Tesouro IPCA+ e em outros papéis de renda fixa; confira

CRÉDITO PRIVADO

Retorno recorde nos títulos IPCA+ de um lado, spreads baixos e RJs do outro: o que é de fato risco e oportunidade na renda fixa privada hoje?

12 de maio de 2025 - 15:17

Em carta a investidores, gestora de renda fixa Sparta elenca os pontos positivos e negativos do mercado de crédito privado hoje

NOVO AUMENTO

Retorno da renda fixa chegou ao topo? Quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI com a Selic em 14,75%

7 de maio de 2025 - 19:15

Copom aumentou a taxa básica em mais 0,50 ponto percentual nesta quarta (7), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas; mas ajuste pode ser o último do ciclo de alta

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar