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Camille Lima
Camille Lima
Repórter no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.
SEM CARTÃO VERMELHO

Inepar escapa do cancelamento da listagem na B3; INEP4 dispara na bolsa brasileira

A empresa conseguiu reverter o cancelamento da listagem na B3 e opera em forte alta no pregão de “retomada” das negociações dos papéis

Camille Lima
Camille Lima
4 de janeiro de 2024
14:19 - atualizado às 14:17
Inepar (INEP4)
Inepar (INEP4) - Imagem: Reprodução

Se o mercado de capitais brasileiro estivesse em uma partida de futebol, a Inepar (INEP4) teria escapado do cartão vermelho pouco antes do fim do segundo tempo. 

Sob o chapéu de juiz do campo financeiro, a B3 estava prestes a expulsar a companhia da bolsa brasileira por falta de pagamento de anuidades.

Mas a empresa — em recuperação judicial desde 2015 — anunciou nesta quinta-feira (4) que conseguiu reverter o cancelamento da listagem na B3.

De acordo com o fato relevante enviado à CVM, a B3 atendeu o pedido da empresa e considerou que a empresa cumpriu o requisito do “Regulamento para Listagem de Emissores e Admissão à Negociação de Valores Mobiliários”.

Desse modo, a partir do pregão de hoje, os papéis da empresa voltam à negociação normal na bolsa brasileira. 

As ações da companhia dispararam nesta quinta-feira na “retomada” dos negócios, mas arrefeceram a alta ao longo do pregão. Por volta das 14h, os papéis INEP3 subiam 2,82%, cotados a R$ 4,01. No mesmo horário, as ações INEP4 avançavam 2,70%, a R$ 3,04.

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No começo desta semana, a B3 informou que iria punir a Inepar (INEP4) após a companhia ter deixado de pagar as anuidades de 2022 e 2023. 

Por isso, a dona da bolsa brasileira decidiu que as ações da companhia teriam negociação exclusivamente por meio de leilão, com fechamento apenas ao final da sessão de negociação, a partir do pregão da última terça-feira (2).

Os papéis deixariam de ser negociados na bolsa a partir de 30 de janeiro.

Logo após o comunicado da B3, a companhia afirmou que iria tomar medidas para reverter a decisão.

Vale lembrar que esse não é o primeiro “contratempo” da Inepar com a dona da bolsa brasileira. Aliás, há pouco tempo, a companhia enfrentou outros problemas com os regulamentos da B3.

Em 2022, a bolsa chegou a suspender as negociações com as ações da companhia devido ao descumprimento das regras para inibir a existência de penny stocks — isto é, as ações negociadas abaixo de do patamar de R$ 1.

A Inepar vale hoje pouco mais de R$ 175 milhões na bolsa. Entre os acionistas da empresa estão a empresa de resseguros IRB (IRBR3), com 17% das ações com direito a voto, e a CSN (CSNA3), com pouco mais de 4%.

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